30.3.08

Seis insignificâncias sobre mim

Esta ideia é contraditória. Se realmente fossem coisas insignificantes, não nos lembrariamos delas, não é? Assim, prefiro dizer que são aparentemente insignificâncias, deixando em aberto a importância que cada uma tem na definição daquilo que realmente somos. E o que somos é isso mesmo, pequenas gotas de existência que na sua soma são mais que as partes. Ao invês de definições grandes e completas e cheias de sentido. Ora aqui vai. Estive a muito pouco de chamar-me "Anelise", o nome da protagonista do livro que a minha mãe estava a ler naquelas semanas anteriores ao meu nascimento. Felizmente, ela fez uma análise acertada das consequências traumáticas que tal nome teria sobre mim. Chamo-me Ana Margarida. Com três anos "lia" livros (normalmente ao contrário), deitada ao lado da minha mãe, enquanto ela lia os seus. Tinha o cuidado de virar a página exactamente no momento em que ela o fazia. Li os livros todos da colecção "Uma aventura..." entre os sete e os oito anos. Costumava ler um livro inteiro numa tarde de domingo. Sempre os achei um bocado curtos, mas gostava das gémeas e sonhava ter uma. O livro que mais me marcou e seguramente um dos que mais intensamente me influenciou foi "Medo de Voar" de Erica Jong. Li-o no Verão do meu 14º aniversário. Mantive um diário entre os 11 e os 16 anos. A minha sede de escrever esgotava-me e preenchia-me permanentemente. Era como se realmente não tivesse vivido as coisas antes de as passar para o papel. Nesses anos escrevi coisas com uma profundidade que nunca mais consegui voltar a alcançar. Estou a ler (finalmente) "O Amante de Lady Chatterley", e continua a surpreender-me que D.H. Lawrence fosse um homem. Afinal, eles não são todos iguais. Muito obrigada à CS por me ter enviado esta corrente tão interessante, e um milhão de desculpas pelo atraso de um mês (!!!). Não há nada a fazer, sou uma incorrigível bloguista desnaturada. Passo a corrente a todos os que gostem de um pouco de psicanálise, que estas correntes dão sempre para isso!

5 comentários:

Anónimo disse...

À pala dessa o meu avô e o irmão tiveram os nomes de duas personagens d' O conde de Monte Cristo : Edmundo e Morel.. A minha 'Biza' era muito à frente ! Ontem vi um filme e lembrei-me de ti. Chama-se a Residência Espanhola ( "L'Auberge espagnole")


( SINOPSE
Xavier, um jovem estudante francês no programa Erasmus, aluga um apartamento na baixa de Barcelona. Com ele, partilham esta casa outros estudantes, provenientes de vários países Europeus: um rapaz italiano, uma inglesa, um jovem dinamarquês, uma jovem mulher belga, um alemão e uma rapariga da Andaluzia. Apesar das suas diferenças aparentes, os jovens começam a conhecer-se melhor com o tempo e, juntos, vão embarcar numa série de aventuras que vão mudar o rumo das suas vidas. )


Tens que ver, está mto bom.


Bjs

Joana

cs disse...

gostei. a mala está a disposição!!!

bjinhos e boa estada por terras de Don Juan Carlos

Unknown disse...

Joana,
já me falaram imenso desse filme e ainda não o vi!!! A ver se o saco...
Beijinhos! :)

CS,
isto tarda mas não falha! ;)
Fica bem!

Margarida

R. disse...

não são "6 insignificâncias". São "6 pequenas coisas" que fazem parte de ti e que, a bem ou a mal, definem (em parte) a pessoa que és. :)

Unknown disse...

Eu acho que é "a bem" (que humilde, lol). :)