31.3.10

Alice

Depois de os desenhos animados terem sido os preferidos da minha infância. Depois de ter lido os dois livros quando tinha 9 anos. Depois de ter crescido e de me ter esquecido. Depois de ter feito um trabalho na universidade que me obrigou a ler sobre a vida da verdadeira Alice (a Liddell) e do verdadeiro Carroll (o Charles). Depois de ter percebido todas as conotações científicas. Depois de ter descoberto porque é que o chapeleiro era louco. Depois de me ter esquecido outra vez. Depois de quase me ter dado um fanico ao descobrir que o meu realizador preferido ia adaptar a obra ao cinema. Depois de me ter enganado na data de estreia em Espanha (que afinal é só 16 de Abril). Depois de ter aturado resmas de gente a dizer que já tinham ido ver. Depois de tudo isto, e só depois de tudo isto, fui finalmente ver a Alice ao cinema, versão Tim Burton, que será sempre a melhor das versões possíveis no melhor dos mundos possíveis. E como todos os anteriores Burton, adorei. Só que este é a Alice, alterada e inovada, mas suficientemente genuína para me transportar de novo à minha infância e aos livros e a um mundo maravilhoso impossível (só) para os outros.
The Queen / Why so serious, by Sylvia Lizarraga

30.3.10


Como hoje não saiu o How I Met Your Mother e eu não tive a minha dose semanal de awesomeness, preciso de inspiração extra. Embora tenha que dizer a bem da verdade que, sem o Barney, não é a mesma coisa.

Elefantes

Lembram-se da petição dos elefantes? Parece que, para já, surtiu efeito. E sabe tãoooo bem ter podido contribuir.

The UN's wildlife trade organisation has turned down Tanzania's and Zambia's requests to sell ivory, amid concern about elephant poaching.

Ler a notícia inteira na BBC news.

The Daisy, Tine Wiggens

29.3.10

A Playsation é a mulher da vida deles (todos)

Não há homem que resista a uma Playstation. Exemplo perfeito disso é o gato Suances, que não desgruda da televisão sempre que jogamos Prince of Persia. Esses são os únicos momentos em que parece saber que a televisão existe. No resto do tempo prefere dormir, comer, dormir, salivar pelas pombas à janela, dormir, lamber-se, dormir. Mas se a PS está ligada, lá vem o Suances instalar-se na primeira plateia. E aí, nada mais importa. Nem uma boa soneca (para variar!).



28.3.10

Ai que lindas

E depois chega uma pessoa a Lisboa, estafada mas contente, e tem uma surpresinha à espera no quarto.

(ver foto)
(analisar foto)
(chorar a rir com a foto)

Estas são algumas das coisas lindas, autênticas instalações deconstrutivas modernistas dignas de exibição na colecção Berardo, que a Dona Emília faz lá em casa.

Há um momento na vida de todas as empregadas em que já se sentem confortáveis, e de repente, pim pam pum, começam a deixar a casa "mais" bonita. Chegou esse momento para a D. Emília. As almofadas são o seu alvo preferido. Ela acha que aquela maneira organizada de deixar as almofadas, direitas, juntas, umas à frente das outras, é de uma total falta de gosto.
E como a menina Margarida não está cá e o menino Ricardo nunca refila com nada, toca a mudar tudo de sítio: a começar, lá está, pelas almofadas. Lindas.

26.3.10

A caminho do Verão

Apesar do São Pedro ser um bandido que, ainda não contente com os cinco nevões que se abateram este ano sobre Madrid, resolveu enviar mais chuva-vento-frio - o trinómio da depressão aguda por excelência - há coisas que não se podem evitar.

O Verão vem aí, se não fisicamente, pelo menos na cabeça de todos nós, gatos* nascidos ou adoptados por esta Madrid das terrazas fulgurantes. Por isso, por muito que o São Pedro nos queira lixar a vida, hoje venho à janela e vejo, timidamente começando a ganhar forma, a minha terraza, aquelas das claras con limón e das bravas e do calor abrasador mesmo à uma da manhã de um domingo sendo que todos trabalhamos no dia seguinte.

É que ainda que nos roubem o calor, a expectativa ninguém nos tira. Chegará o dia.


* Aos naturais de Madrid chamam-se gatos, como aos de Lisboa alfacinhas.

25.3.10

Ainda a crise (é preciso aprender qq coisinha, para variar)

If Spain, Portugal, Italy and Greece want a lesson in how to take hard decisions, they should look eastward.

Parece que por aqueles lados sabem fazer reformas à séria (o que inclui, entre outras coisas, fazê-las até ao fim).

(Do Economist, where else?)

24.3.10

Ainda a crise (e não vai ficar por aqui)


Do you remember?


Hoje cumprem-se 5 anos de um dos maiores e mais comentados acidentes ocorridos em refinerias do mundo dito desenvolvido, na refinaria da BP em Texas City. Além das mortes e dos feridos e do trauma colectivo e do prejuízo financeiro, este acidente foi uma machadada valente no prestígio da empresa.

Infelizmente, o que não faltam são pessoas a trabalhar em áreas industriais (seja construção civil, indústria química ou nuclear) a passar ao lado das mais elementares regras de segurança, a agir com uma irresponsabilidade total perante a sua vida e a dos outros, como se a "segurança" fosse um monstro com duas cabeças que é melhor nem lembrar e como se regressar do trabalho ao fim do dia, vivo e com os dedos todos, ou mesmo os membros todos, fosse assim uma coisa mais ou menos assegurada independentemente das idiotices que se cometam. Mas a verdade é que a filosofia do "só acontece aos outros" neste campo (também) não aplica, e as estatísticas dos acidentes no trabalho assim o provam.

No caso particular do acidente da BP a questão é bastante mais densa e deriva de uma série de erros de gestão a todos os níveis e que, mais que aos operadores que sofreram as consequências imediatas, são directamente imputáveis àqueles que, desde os seus escritórios de Houston ou de Londres, aprovam contas e cortam nos orçamentos da manutenção como se de pacotinhos de açúcar para o café se tratassem.

Mais aqui.

23.3.10

Estilo e personalidade


Pronto, pronto, como tenho aqui o mail a rebentar de tantos pedidos sentidos e verdadeiramente comoventes, aqui vai uma foto minha. Claro, tem de ser de costas e com fraca qualidade, que se a "Hola" quer, tem de pagar. E vocês sabem que os bandidos bem tentam enganar mas não pode ser.

Só mais uma coisa, eu estava *mesmo* a correr, OK???? Pode não parecer, mas deve ser um efeito de óptica idiota, só pode.

Quem corre por gosto não cansa

 Toda uma lição de vida para os dorminhocos que não apareceram. Na meta havia uma piscina olímpica cheia de pastéis de Belém quentinhos, e os primeiros 9999 a chegar tinham direito a chafurdar à vontade e à bruta. Coitadinhos, afinal perdemos resmas de preciosas calorias nesta esforçadíssima travessia. Merecíamos, tá?

(Ó senhor da foto, por favor não me processe, eu estou só a brincar...)

A ponte é linda

Se eu fosse ponte queria ser assim. Seriously.

Mais que as mães

Olhasse para onde olhasse, havia gente, muita gente.

A gloriosa chegada à partida

Chegar à partida foi toda uma aventura, uma mini-maratona da margem sul por chamar-lhe algo. Ficou claramente provado que as saídas da estação do Pragal são demasiado estreitas, mas para compensar das pisadelas, cotoveladas e profícuo cheiro a axila sem desodorizante (como é que é possível às 9 da manhã?) pelo menos tinhamos banda a tocar para nós, que fino.

As provas

Então, não acreditaram quando eu disse aqui que ia "correr" na ponte? Claro que só foram os malucos do costume, porque os outros ai e é tão cedo, ai e tenho um casamento no sábado, ai e este ano está tanto frio, ai e dói-me a unha do pé, ai e oh maggie podias ter avisado antes (esta foi de uma amiga desnaturada que não visita o blog). Enfim, tudo desculpas esfarrapadas, já se sabe, cambada de preguiçosos é o que é.

Tenho montes de fotos - aqui vai disto!

22.3.10

Estou tão cansada do fds

Pois é, conversa de velho e tal, mas a idade não perdoa! Aqui andei o dia todo a arrastar-me porque tive um fim-de-semana daqueles que aos 19 fazemos três seguidos e nem um ai. Mas pronto, pelo menos ainda tenho o espírito de fazer maluqueiras, e ainda o masoquismo de o fazer sabendo as consequências.

Felizmente tenho spa agora, já nem me lembrava, por isso lá vou eu pôr-me de molho e relaxar. A ver se não me esqueço de intercalar frequentemente com a piscina de contraste (aquela que está a -20ºC) ou ainda me têm que ir arrancar ao jacuzzi ou às cadeirinhas aquecidas, com subsequente humilhação por ser apanhada a ressonar em público e com um fiozinho de baba a escorrer pelo canto da boca.

Gostei mesmo do fim-de-semana

Nada como uma boa desculpa

Para recuperar, sem complexos, antigos hábitos dos tempos de estudante. Mnham mnham.

21.3.10

Desde que se veja a ponte

Desde que se veja a ponte, os hermanos são felizes. Ainda bem que eles me vêm visitar e me recordam que a minha cidade é ainda mais bonita do que eu me lembrava. Porque há mais mundos, mas Lisboa é o primeiro deles todos.

19.3.10

Lisboa

Hermanos de visita à grande alface, dias loucos pelas ruas de Lisboa.

Bom fim-de-semana!

Todo o santo dia


Então e o novo anúncio da Nike com o Cristiano?  1 minuto inteirinho de português de Portugal - e não é que ele tem mesmo sotaque de Lisboa? - directamente da boca do Ronaldo para o mundo inteiro, que assim se faz mais pelo idioma que cinquenta mil e quinze petições contra o acordo ortográfico.

E aquela frase "Se achas que já és perfeito, nunca vais ser." que me faz lembrar a minha mãe que sempre me disse que para eu ser "boa" aluna tinha que trabalhar para ser "muito boa", e assim sucessivamente, em tudo o que fizesse na vida. A ele não sei quem lhe incutiu esse espírito de optimização constante que o homem transpira por todos os poros, mas se assim fosse 1% de Portugal e onde é que nós estaríamos, é melhor nem sonhar.

E aquele sorriso no final, que dizer, dentes preciosos.

17.3.10

Próxima estação

Adoro esta série Voronoi do Leonel Moura, aliás, assim juntas as quatro estações fazem todo o sentido. Mas é que nem quatro nem uma, porque pela módica quantia de 500€ cada serigrafia, acho que vai ter que ficar para uma próxima oportunidade, que os quadros baratinhos que tenho em casa (por agora) contentam-me a vista. Não haverá disto em outlet? Era bem bom.
                  Outono                                             Inverno                        

Primavera                                               Verão

(No entanto, se me perguntassem as estações para cada uma das olbras, eu teria trocado a Primavera com o Verão e o Outono com o Inverno. Assim não quadra lá muito bem com as minhas expectativas sensoriais.)

16.3.10

É que não vinha mesmo nada a calhar

Fui recambiada para casa mais cedo porque não há internet no trabalho e ninguém consegue resolver o problema. Tudo começou no fim-de-semana quando uns informáticos ingleses - medo - resolveram fazer uns ajustes nuns servidores do UK. Resultado: Madrid ficou sem net. Por algum motivo há algo que tem a ver com a configuração dos nossos IP que está em Itália, mas, imagine-se que com esta coisa da globalização, quem presta o apoio técnico via telefone são uns tipos em Kuala Lumpur. A sério, não estou a brincar, e sinceramente tendo em conta o inglês deles mais valia comunicarem-se por linguagem gestual. Por fim e como se não bastasse, a única pessoa do escritório que olha para um bastidor e percebe o que são e para que servem todas aquelas luzes e cabos viajou para Houston.

Eu só sei fazer start/run/cmd/ipconfig/ e ver que continua tudo na mesma. Portanto, aqui estou eu em casinha. Que chatice pá, uma pessoa já não faz nada sem a tecnologia. Ora bolas para a tecnologia. Malandrona.

Esta gente dá cabo de mim

Acabei de descobrir um tipo que é conhecido como "Nino" (ler com pronúncia espanhola). Até aqui tudo bem, em castelhano há coisa bem piores (em basco então nem se fala...). A questão é, de onde vem o aparentemente inofensivo "Nino"? (Volto a reafirmar a necessidade de se ler em espanhol - Ninó - que em português - Ninu - não é a mesma coisa.)

Não é um diminutivo de Menino, ou de António ou até mesmo de Valentino. Nem de nada do que possam estar a pensar. Desistam, eu explico. Basicamente, o rapazinho.... CONDUZ UMA AMBULÂNCIA!!!! Perceberam?????

E chamam isto ao rapaz todo o santo dia. Este sentido de humor (negro) dos hermanos ainda continua a surpreender-me, depois de tanto tempo.

(Se isto fosse uma piadola era muito seca, mas é mesmo muito verdadinha.)

15.3.10

E de vez em quando

Nos intervalos da excitação de ter um episódio novinho todas as semanas, lembro-me que está quase quase a acabar, e nem sei o que vai ser de mim depois do fim. Aposto que esta vai ser daquelas que, um dia, quando eu tiver filhos em idade de a verem, continuará a ser considerada uma das melhores séries de todos os tempos.

(ver à vontade, não tem spoilers)

Ok, e agora sem ironias

Estou aqui, estou tão contente que só falta dar pulinhos idiotas. Apesar do frio danado que fazia à hora pornográfica em que eu sai de casa, há pouco fui à rua sem casaco! E também sem luvas e sem chacecol. E soube bem e senti quentinho.

Eu que já estava a começar a compreender o porquê das taxas de depressão nórdicas, com tanto dia seguido sem ver o sol. Até pode voltar a chover, que eu já recarrei as milhas pilhas de felicidade solar.

Hoje acordei às 5 da manhã

E sobre isto tenho a dizer que não foi apenas fantástico. Foi mesmo espectacular. Nem sei explicar o que foi melhor: aquele momento maravilhoso em que o despertador tocou e eu pensei "Finalmente, estava tão farta de dormir, estava a ver que não!" ou aquele outro em que desci e o café ainda estava fechado e eu "Ai que bom é ser a primeira da rua a começar a semana!" ou ainda o conduzir de noite por Madrid, celebrando com alegria que estava a ir trabalhar, em vez de a voltar de trabalhar. Ahhh, sou uma mulher de sorte!!!

(Inspirada pela Luna, ou como transformar cenas mais ou menos, ou mesmo menos menos, num acontecimento cheio de glamour.)

14.3.10

Elephants or ivory?

Dear friends,

Within days, 2 African governments will try to pry open the worldwide ban on ivory trading -- a decision that could wipe out whole elephant populations and bring these magnificent animals closer to extinction.

Tanzania and Zambia are lobbying the UN for special exemptions from the ban, but this would send a clear signal to the ivory crime syndicates that international protection is weakening and it's open-season on elephants. Another group of African states have countered by calling to extend the trade ban for 20 years.

Our best chance to save the continent's remaining elephants is to support African conservationists. We only have days left and the UN Endangered Species body only meets every 3 years. Click below to sign our urgent petition to protect elephants, and forward this email widely so we can deliver hundreds of thousands of signatures to the UN meeting in Doha:
http://www.avaaz.org/en/protect_the_elephants/98.php?CLICK_TF_TRACK

Over 20 years ago, the Convention on International Trade in Endangered Species (CITES) passed a worldwide ban on ivory trading. Poaching fell, and ivory prices slumped. But poor enforcement coupled with 'experimental one-off sales', like the one Tanzania and Zambia are seeking, drove poaching up and turned illegal trade into a lucrative business -- poachers can launder their illegal ivory with the legal stockpiles.

Now, despite the worldwide ban, each year over 30,000 elephants are gunned down and their tusks hacked off by poachers with axes and chainsaws. If Tanzania and Zambia are successful in exploiting the loophole, this awful trade could get much worse.

We have a one off chance this week to extend the worldwide ban and repress poaching and trade prices before we lose even more elephant populations -- sign the petition now and forward this message to everyone:

http://www.avaaz.org/en/protect_the_elephants/98.php?CLICK_TF_TRACK

Across the world's cultures and throughout our history elephants have been revered in religions and have captured our imagination -- Babar, Dumbo, Ganesh, Airavata, Erawan. But today these beautiful and highly intelligent creatures are being annihilated.

As long as there is demand for ivory, elephants are at risk from poaching and smuggling -- but this week we have a chance to protect them and crush the ivory criminals' profits -- sign the petition now:

http://www.avaaz.org/en/protect_the_elephants/98.php?CLICK_TF_TRACK

With hope,
Paul, Alice, Iain, Raluca, Graziela, Ricken, Luis, Paula Benjamin, David, Ben and the rest of the Avaaz team
More information:
Partners at Bloody Ivory and Born Free:
http://www.bloodyivory.org/
http://www.bornfree.org.uk/
The Convention on International Trade in Endangered Species:
http://www.cites.org

12.3.10

Não apenas uma questão de estilo

Mas também.

Muitos dos senhores deste meu mundo do óleo de pedra têm um incontrolável instinto de nos verem como filhas ou pior, como secretárias, ou pior, tendem a confundir-nos com a "menina-do-café" ou com a senhora que vai fazer limpeza ao fim da tarde (todas coisas muito respeitáveis mas que não é o que eu sou). Esperam que não tenhamos ambições iguais às suas, ou acham que termos ambições iguais às suas não são assim tão legitimas porque afinal, depois, eventualmente, todas vamos ter filhos (crime hediondo).

O estilo "não-admito-um-não-como-resposta" é ainda, infelizmente, muito mais efectivo que a demonstração continuada de um trabalho de qualidade, consistente e bem desempenhado. Assim, este estilo que não deixa lugar a dúvidas, que lhes mostra que podemos nós ser tão cabras como eles cabrões, ainda é imprescindível em muitas ocasiões. Por mais que se fale de aceitar que as mulheres têm um estilo de liderança diferente e como isso é bom e bla bla bla, para homens que só trabalharam com homens a vida toda, ultra-conservadores e todos com esposas em casa a parir ninhadas de seis, ainda tem de ser assim.
 
É mais ou menos aquela cena do não basta ser, também parecer. Não parecer um homem, mas ainda assim aparentar que os temos no sítio, bem colocados e prontos para responder a qualquer desafio. Mesmo que, em boa verdade, detestemos esses idiotas confrontos de testosterona. Assim é (e creio não falar apenas por mim).

11.3.10

E depois lembrei-me desta

Que era a minha preferida da cassete inteira (dos dois lados). Aquilo da roda da fortuna parecia-me muito arriscado e sexy e excitante,  e além disso a letra que dizia "I'´m in love with you, I like you stile", oh, good old times em que um rapaz com estilo nos deixava a suspirar e não havia ânsias de mais nada, nem romantismo, eloquência verbal, sentido de humor, fidelidade e trinta por uma linha. Nessa altura, o prince charming tinha estilo (ponto). Era isso, era simples e era bom. E daí a um Margarida + Puto Estúpido com coraçãozinho à volta na casa de banho das raparigas era um passo mais ou menos óbvio. Que maravilha.

A Rita viu o sinal

Ai não, afinal foi a luz! Whatever, o importante é que me pôs a cantarolar este grande "ite" da nossa pré-adolescência. E também a fazer coreografias rídiculas (felizmente sem ninguém a ver). Uma maluqueira o que para aqui vai em casa.

Uma questão de estilo

Não, não são sapatos. Mas são uns óculos Guess fabulosos que me dão um ar daqueles estilo não-admite-um-não-como-resposta, que isto de se ser mulher no mundo do petróleo têm que se lhe diga e se há sector onde nos contratam com ânsias de bonitas estatísticas de igualdade e pouco mais, é este. Mas, como em tudo o resto, até o petróleo já vai tendo uns reflexos cor-de-rosa. E ficam-lhe a matar.

Muito Rock'n'Roll

ontem, no Matadero de Madrid!  Adorei, amei, chorei!!! Mas lá está, eu choramingo por tudo e por nada, já sabem).

10.3.10

Ah, eu também fui colega do tipo de Telheiras

notícia aqui

Não percebo como é que toda a gente diz que parece um tipo normal. Sempre o achei um baboso.

(Agora fenomenal era que se descobrisse que ele tinha sido abusado desde pequenino. Assim ficavam todos mais descansados, principalmente os engenheiros sempre tão lógicos e consequentes, ah coitadinhoafinal foi por isso. Embora para as que o tiveram de fazer à força isso deva ser verdadeiramente indiferente.)

!Porque me sale de los cojones¡

Tanta aula de espanhol avançado e nunca nenhuma das profs se lembrou de me mostrar este texto sobre a palavras "cojones" e os seus mil e muitos significados. Eu própria utilizo várias destas expressões, mas nunca tinha visto uma sistematização deste calibre. Brilhante!

COJONES (por Arturo Pérez-Reverte)
Ahora me explico las quejas de los extranjeros por sus dificultades con nuestras acepciones. Un ejemplo de la riqueza del lenguaje castellano es el número y acepciones de una simple palabra, como puede ser la muy conocida y frecuentemente utilizada referencia a los atributos masculinos, "cojones".

Si va acompañada de un numeral, tiene significados distintos según el número utilizado. Así,
"uno" significa "caro o costoso" (valía un cojón),
"dos" significa "valentía" (tiene dos cojones),
"tres" significa "desprecio" (me importa tres cojones),
un número muy grande, más "par" significa dificultad" (lograrlo me costó mil pares de cojones).

El verbo cambia el significado.
"Tener" indica "valentía" (aquella persona tiene cojones),
aunque con signos exclamativos puede significa "sorpresa" (¡tiene cojones!);
"poner" expresa un reto, especialmente si se pone en algunos lugares (puso los cojones encima de la mesa).

También se los utiliza para apostar (me corto los cojones),
o para amenazar (te corto los cojones).

El tiempo del verbo utilizado cambia el significado de la frase. Así,
el presente indica "molestia o hastio" (me toca los cojones),
el reflexivo significa "vagancia" (se tocaba los cojones),
pero el imperativo significa "sorpresa" (¡tócate los cojones!).

Los prefijos y sufijos modulan su significado:
"a-" expresa "miedo" (acojonado),
"des-" significa cansancio" (descojonado),
-udo" indica "perfección" (cojonudo), y
"-azo" se refiere a la indolencia o abulia".

Las preposiciones matizan la expresión.
"De" significa "éxito": (me salió de cojones) o "cantidad" (hacía un frío de cojones),
"por" expresa "voluntariedad" (lo haré por cojones),
"hasta" expresa "límite de aguante" (estoy hasta los cojones),
"con" indica "valor" (era un hombre con cojones) y
"sin", "cobardía" (era un hombre sin cojones).

Es distinto el color, la forma, la simple tersura o el tamaño.
El color violeta expresa "frio" (se me quedaron los cojones morados),
la forma, "cansancio" (tenía los cojones cuadrados),
pero el desgaste implica "experiencia" (tenía los cojones pelados de tanto repetirlo).

Es importante el tamaño y la posición (tiene dos cojones grandes y bien plantados);
sin embargo hay un tamaño máximo (tiene los cojones como los del caballo de Espartero) que no puede superarse,
porque entonces indica "torpeza o vagancia" (le cuelgan, se los pisa, se sienta sobre ellos, e incluso necesita una carretilla para llevarlos).

La interjección "¡cojones!" significa "sorpresa",
y cuando uno se halla perplejo los solicita (manda cojones!).
En ese lugar reside la voluntad y de allí surgen las órdenes (me sale de los cojones).

En resumen, será difícil encontrar una palabra, en castellano en otros idiomas, con mayor número de acepciones.

8.3.10

E por falar no dia da mulher

Tenho sentimentos contraditórios em relação a este dia. A sua existência tem implícita uma desigualdade que lamento ainda existir. Por outro lado, as muitas mulheres que antes de nós lutaram para fazer possíveis coisas que hoje nem reparamos, merecem ser celebradas e no mínimo, recordadas.

Como por exemplo (e isto é um exemplo tão pequenino, mas representativo) a liberdade de usar calças. A notícia é de 1969. Foi antes de ontem, mas não assim há tanto tempo.

A mulher da noite

Agora que já fiz a ronda diária dos blogs - com consequente overdose de vestidos de noite - já decidi quem foi a mulher da noite. Foi, obviamente, a Kathryn Bigelow, e finalmente temos uma mulher a ganhar o Oscar da melhor realização. À grande, porque além desse a sua modesta obra ainda levou mais uma catrafada de douradinhos para casa. Pouco a pouco, vamos lá.

(Ah, e gosto do vestido.)

Kamasutra decorativo

Para quando me fartar do papel da cabeceira da cama, estes são fabulosos!



Daqui

"Aquele" post sobre os vestidos dos Óscares








(espaço para imensas fotos e comentários maldosos)









¿Who cares?

(Aparentemente, toda a gente.)

7.3.10

Agora já posso escrever mais de cinco palavras por linha

Nova foto de cabeçalho, mais espaço para escrever... não sei onde isto vai parar, mas qualquer dia ainda arranjo um sitemeter...

Horror dos 30?

Eu não. Já fui convidada por uma meia dúzia de amigos (bom, amigas) para pertencer ao Grupo das pessoas nascidas em 1980 e que se recusam a fazer 30 anos em 2010.

Eu não me recuso a fazer 30 anos (mas lá mais para meados de Agosto, por favor, para quê apressar as coisas?). Gostava de me recusar a eventualmente vir a ter cabelos brancos, e rugas, e flacidez, e ficar senil no fim da minha vida, se a isso chegar.

Mas os 30? Venham eles! Aposto que vão ser o máximo. Se nós passámos os nossos vintes a ver o Sexo e a Cidade e delirávamos... e que idade tinham elas no episódio zero? Lá está, no mínimo, trinta.

Assim como assim, como ainda vou tendo acne, pelo menos as preocupações são dignas de uma autêntica adolescente.

6.3.10

Hoje é um bom dia para um SPA

E é lá que estamos a passar a tarde, os dois, até ficarmos com a pele engelhada de tanto jacuzzi. Adoro o meu ginásio. :)

Não sei se já tinha dito

Tenho uma cena por papéis de parede. Era capaz de mudar a casa todos os meses com tanto papel giro que existe no mundo. Taras e manias, cada um com as suas.

5.3.10

Porque hoy es viernes


Faça chuva ou faça sol, um bom finde para todos!

(A sério, carreguem lá no triangulozinho que isto é de partir o côco a rir. Foi roubadíssiomo do feisbuk do meu namorado e ele é um bocado parvo o que significa, pelo menos, risota garantida.)

Custa-me a acreditar

Vivi mais de metade da minha vida sem google. O que fazia eu nesses dias do antigamente, quando não podia dar-me ao luxo de googlar tudo e mais alguma coisa?

4.3.10

Estou a ser injusta

Eu gosto muito da minha mala de cabine, é linda de morrer, espectacularmente bem terminada e resistente com'ó raio,  e tem aguentado de tudo a desgraçada. Esta mala é a minha cara e cada viagem é um prazer acrescentado, só de ver os olhares gulosos das outras tipas no aeroporto. Pronto, cenas de gaja, já sei.

Samsonite Black Label Vintage Spinner

Não há malas que me sirvam

Só tenho pena de não poder enfiar na mala as pessoas que contam (e nas pessoas que contam incluem-se obviamente os meus gatarrões). Já inventavam algo para me ajudar, esses os que tudo inventam.

(Ou como diz a minha avó, "Cruzes credo, não há nada que eles não se lembrem!")

Saudades de onde afinal?

Quanto maiores as minhas saudades de Portugal, maior também é em seguida a vontade de voltar. Eu não entendo, mas logo começam a acontecer coisas que me irritam e irritam e irritam, e não sei que faça, mas esta relação de amor-ódio com o meu país está a dar cabo de mim.

É que já não sei se volto a Lisboa, ou se volto a Madrid. Um dia parti de Lisboa, mas depois de tantas malas (re)feitas, onde é que fica a casa da partida?

3.3.10

Quem diria, até já tem grupo no Facebook


Havannet, o demónio feito doce

Queridas gulosas deste mundo e dos outros também:

especialmente para aquelas que matam por chocolate e que têm orgasmos múltiplos com leite condensado e seus derivados, aqui fica uma conselho deveras pertinente: nunca jamais aceitem comer um doce argentino chamado Havannet - eu chamo-o carinhosamente piramidita - e nem sequer vos passe pela cabeça ser só "provar".

É que na vida há um marco perigoso: o  a.H e  o d.H. Depois de Havannet, não haverá orgulho que vos salve, não vos restará amor próprio e nem tão pouco uns pozinhos de auto-controlo. Farão tudo o que faça falta por uma piramidita e muitas figuras tristes à frente de toda a gente, quando derem por vocês a gemer enquanto a mordiscam (devagariiiiinho, que é para durar mais). Ficarão absolutamente dependentes. Vulneráveis. E mesmo assim, só vão pensar no que fazer para poder comer mais. A sério, este
doce é o diabo encarnado em chocolate e doce de leite.

(Ajuda não terem amigos argentinos gulosos como vocês, mas não ajuda saber que há lojas de produtos argentinos que os vendem - e quem sabe El Corte Inglés - e que até se podem mandar vir de Cádiz (wtf?) pela internet.)

Este é que deu cabo de mim

Já não sentia tanta ansiedade ao ver um filme desde que vi a Paixão de Cristo. Mas este assusta-me mais, porque vejo absolutamente realista esta interpretação do fim dos dias. E mete medo. Muito.

2.3.10

Sobre uns poucos dias que passei em Portugal (# 4 e último, acho)

Mas o mais importante é que, não obstante estas desilusões todas que as minhas conterrâneas me dão, a portuguesa mais importante de todas, a minha mamã, foi operada - e correu bem! :) Obviamente há uma longa recuperação pela frente, muita fisioterapia e muita paciência, mas está tudo bem, e isso vale tudo.

Sobre uns poucos dias que passei em Portugal (# 3)

A minha desilusão com as mulheres portuguesas continuou com a descoberta da Nereida, esse ser que tem mais celulite que a minha avó e que, lá está, é espanhola, na capa daquela revista. Mas já não tinha saído o Ricardo Araújo Pereira aqui há uns tempos?

Então deixa cá ver se eu percebo: num aninho apenas já tivemos um homem e uma espanhola na capa. Ah que giro, eu cá se fosse estrangeira e assim casualmente visitasse esse belo jardim à beira-mar provavelmente pensaria que devem ser mesmo monstrengas as pessoas desta terra para terem de fazer capas de homens e espanholas.

Mas pelo menos se eu fosse estrangeira não saberia que a triste realidade, que são todas tão pseudo-púdicas e pseudo-sérias que não se vendem para tamanhas ordinarices. Deus as livre, coitadas, deixai-as em paz, que as moças já têm muito trabalho de cascanço em seres pérfidos e que comem criancinhas ao pequeno almoço, como essa outra capa criticada até à exautão, a Malhoa. Tudo em nome dos bons costumes.

Sobre uns poucos dias que passei em Portugal (# 2)

Ainda sobre os Ídolos, abençoada frescura da Roberta no meio daquele juri bolorento. E sinceramente, muito melhor ela que quase qualquer uma das VIPs nacionais, que não se suportam com tanto snobismo e tanta mania nos cotovelos. E eu que por acaso até a conheço, confirmo: ela é mesmo assim, sem armalhices e naturalmente bem-disposta. Não sei se é dos genes brasileiros, mas agradece-se.

Sobre uns poucos dias que passei em Portugal (# 1)

Não acompanhei os Ídolos mas vi um bocado da final em casa dos meus pais. Havia uma rapariga e um rapaz, ela era 500 milhões de vezes melhor em todos os aspectos. Logo ali vaticinei: ganha o gajo. E não é que ganhou? Quem diria, as pitas portuguesas da actualidade continuam iguais às do meu tempo. Com tanto machismo, nem com cotas vamos lá.