Hoje cumprem-se 5 anos de um dos maiores e mais comentados acidentes ocorridos em refinerias do mundo dito desenvolvido, na refinaria da BP em Texas City. Além das mortes e dos feridos e do trauma colectivo e do prejuízo financeiro, este acidente foi uma machadada valente no prestígio da empresa.
Infelizmente, o que não faltam são pessoas a trabalhar em áreas industriais (seja construção civil, indústria química ou nuclear) a passar ao lado das mais elementares regras de segurança, a agir com uma irresponsabilidade total perante a sua vida e a dos outros, como se a "segurança" fosse um monstro com duas cabeças que é melhor nem lembrar e como se regressar do trabalho ao fim do dia, vivo e com os dedos todos, ou mesmo os membros todos, fosse assim uma coisa mais ou menos assegurada independentemente das idiotices que se cometam. Mas a verdade é que a filosofia do "só acontece aos outros" neste campo (também) não aplica, e as estatísticas dos acidentes no trabalho assim o provam.
No caso particular do acidente da BP a questão é bastante mais densa e deriva de uma série de erros de gestão a todos os níveis e que, mais que aos operadores que sofreram as consequências imediatas, são directamente imputáveis àqueles que, desde os seus escritórios de Houston ou de Londres, aprovam contas e cortam nos orçamentos da manutenção como se de pacotinhos de açúcar para o café se tratassem.
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