30.11.07

A nova Madrid

E brevemente, numa avenida perto de si...

Eu tenho quatro amores, passo por eles todos os dias, e a cada dia que passa, mais imponentes, mais bonitos e mais perfeitos me parecem. São deslumbrantes. Eu amo Cidades. A minha Madrid está cada vez mais bonita, e eu cada vez mais apaixonada.

EFE/EMILIO NARANDO

29.11.07

Homens?

Estava aqui pelo Linked In a ver as minhas novas ligações quando, de repente, se fez luz. Neste ponto da minha vida, há 4 pessoas a quem eu jamais enviaria um convite ou aceitaria um. São os quatro homens, cínicos até mais não e sem tomates (do estilo "sou todo sorrizinhos porque me mijo de medo só de pensar em dizer-te o que realmente penso de ti na cara, sua cabra feminista"). Ah, e apesar de não serem especialmente trabalhadores, aparecem sempre que farejam possibilidades de protagonismo. Visto lo visto, aposto que são maus na cama. Quando uma pessoa não pode mesmo estar ligada a outra (nem no Linked In), a isso se chama alergia. E eu sou alérgica a filhos da puta.

26.11.07

O post seguinte

Depois do post anterior não sei muito bem o que escrever a seguir. Estou no You Tube a ver os vídeos de algumas recém descobertas artistas espanholas. Até nisto se nota: consigo apreciar o pop espanhol como nunca antes nada português. Não me sinto mais espanhola por isso, mas por muitas outras coisas dificeis de traduzir em palavras, estou cada vez mais convencida que Portugal me pariu por engano.

22.11.07

Os gatos da minha vida #3 - Cascarita

As pessoas que gostamos de gatos somos as mais egoístas de todas. Compreendemos que este mundo não se divide entre nós e eles, que este nosso mundo é infinitamente melhor com eles. Podemos depois disfarçar e aconchegar a nossa consciência dizendo-nos que os salvamos ou que somos excelentes donos, mas um pouco de honestidade faz-nos concluir o óbvio, que temos gatos porque não podemos viver sem eles.

Hoje de manhã, a Cascarita faleceu. A Cascarita tinha 8 meses e era leucémica, o que é meio caminho andado em direcção a uma morte prematura. Ainda assim, foi repentino e inesperado, num momento estava bem e no dia seguinte hipotérmica, eu a correr para as urgências com ela a miar desesperadamente. A Cascarita não era gata de grandes miados e portanto deu para perceber a gravidade da situação.

Acolher um gato leucémico é nobre. Ninguém os quer, são hiper-sensiveis, uma carga de trabalhos, um gasto importante e além de tudo isto, deixam-nos demasiado cedo e normalmente têm uma morte sofrida. Por tudo isto, acolher um gato leucémico é, além de nobre, masoquista.

A minha Cascarita era a pequerrucha mais terna e indefesa que conheci. Foi mais uma que me partiu o coração. Foi mais uma que alimentou esta minha necessidade quase obsessiva de os ter na minha vida. É mais um dos gatos da minha vida. Única, linda e para sempre, para sempre a minha pequena Cascarita.

Cascarita, numa tarde de domingo bem passada, em Agosto de 2007

18.11.07

Bom dia!

Em determinadas coisas, são todos iguais... Animação de Simon Tofield, da Tandem Films.)

17.11.07

Depois da gripe em Agosto, da anemia em Setembro, das anginas em Outubro e da gastroenterite em Novembro, decidi que se há algo na minha vida a necessitar de uma revolução, é essa tão importante área chamada "Saúde". Tenho que comer menos e melhor, dormir oito horas por noite e praticar exercício físico.

Hoje decidi voltar ao ginásio e começar bem o fim de semana. Aulas de Body Tonic e Ars Corpore (não perguntem...) e estou aqui renascida qual jovem de 15 anos acabadinhos de cumprir.

Além do mais, ir ao ginásio nesta terra é, além de tudo o resto, uma prova de fogo para a auto-estima de qualquer mulher. Sim, porque as únicas mais gordas que eu têm mais de 60 anos, e isto que não sou nenhuma baleia assassina, tenho uns quilinhos a mais, pois claro, mas nada que ofenda a vista.

Mas estas espanholas do demo são todas umas escanzeladas mete nojo e ainda por cima aldrabonas, nunca admitem que vivem permanentemente em dieta, quando EU SEI que a maioria almoça ervilhas cinco dias por semana.

Mas enfim, soube bem a ida ao ginásio. Do meu plano extreme makeover para a saúde tenho de ir 3x por semana, vamos lá ver em que ponto se encontra a minha força de vontade e a minha disciplina.

15.11.07

Que te calles, coño!

Por estes dias, a expressão recorrente lá no emprego é, como não?, a já famosa frase "Porque no te callas?", eternizada por esse grande fofinho Sua Majestade El Rey Juan Carlos de España. A coisa teria mais piada se o baixote popularucho de serviço não fosse tão louco, e se fosse certo que do histórico incidente não decorressem consequências de maior, mas ao que parece e como seria de esperar a coisa não vai ficar por aqui.

O que me pasma é a diferença abismal entre o povo e os seus líderes. Tenho vários colegas de trabalho venezuelanos, alguns até são descendentes de emigrantes portugueses de 2ª e 3ª geração. Entre eles e elas, nem um mas. São espectaculares, amáveis, divertidos. Note-se que alguns nem sequer podem voltar à Venezuela, já que seriam imediatamente presos, ao abrigo de uma decisão do tribunal que decidiu considerar-los culpados de "prejudicar" a nação, por terem decidido fazer uma greve numa refinaria. Isto vem do mesmo estado governado pelo tal baixote que enche a boca para falar de democracia. O desprezo destes meus colegas pelo que é, para todos os efeitos, o seu presidente, veste-se de alegria e ironia, e são eles os mais contentes por, finalmente, alguém ter decidido tratar aquele senhor como ele merece, ou seja, como uma criança que bate nos colegas sem razão e chora por tudo e por nada.

Chávez e a sua pandilha são incorrigíveis e a culpa é nossa, que sempre ficamos calados para manter a compostura. Uma vez assisti a uma conferência em que participou um big boss da PDVSA (a companhia petrolífera estatal da Venezuela), no que só pode ser descrito como uma clara tentativa de amaciar alguns egos muito inchados. Aquilo foi um fartote. De um lado, aquele grandessíssimo descarado que não dizia mais que "o petróleo da Venezuela é do povo da Venezuela" enquanto atirava ofensas a torto e a direito para todo e qualquer governo ocidental dito "liberal" (o que a eles lhes soa a "fascista"). Do outro, a professora coordenadora a pedir-me que me controlasse e ficasse calada, não fosse provocar algum potencial corte de relações entre a PDVSA e a Repsol. Quer dizer, o homem só dizia barbaridades e eu é que tive que ficar calada. O problema de Chávez &Co. é precisamente esse. Estão habituados a dizer o que lhes apetece e ninguém lhes faz frente. E o povo é que paga. Não que eu defenda a Chevron, a Exxon Mobil ou qualquer uma das irmãs, mas irrita-me que estes tipos, que são na sua grande maioria uns corruptos que vivem descaradamente bem enquanto o resto da população definha, estejam sempre com o argumento do bem estar do povo, enquanto desviam mais algum para o seu próprio bolso.

No final, comunas ou fascistas, são todos iguais. É por isso que eu gostei daquele "Porque no te callas!" do rei. Em português também teria ficado bem: "Tá mazé calado, pah!". Devíamos todos fazer um movimento global no qual, em vez de um minuto de silêncio, as pessoas repetiriam para todos os Chavéz deste nosso mundo, em uníssono, as mesmíssmas palavras, em todos os idiomas conhecidos. Aposto, o povo da Venezuela agradeceria.

13.11.07

Saudinha é o que nós precisamos

Não ter saúde é uma trampa. Eu este ano devo estar a pagar por todas as vezes que pensava "que seca" quando as minhas tias-primas velhotas iam lá no Natal com notas de 500 escudos e se punham a beijocar-me e a repetir até à exaustão "Saudinha, minha filha, que tenhas muita saudinha c'agente não precisa de mai nada". De certa forma, ter muita saúde é o mesmo que ter muito dinheiro. O que é ter muito dinheiro? É não ter de pensar nele. O que é ter muita saúde? É o mesmo. Por isso, nos Natáis dos anos 80 eu andava mais preocupada em contabilizar quantas Barbies (e complementos) tinha recebido. Resumindo e concluindo: o fim de semana em Lisboa teria sido perfeito, se, no domingo à tarde, eu não tivesse perdido o avião para ir para o hospital a vomitar as entranhas e sem sequer conseguir andar sozinha de tão baixa que estava a minha tensão arterial. Aparentemente, foi uma gastroentrite ligeira. Ligeira. Bom, pelo menos fiquei doente em Lisboa. Não há nada mais horrível que ficar doente e estar sozinho. Pelo menos em Lisboa tenho quem me mime e faça canjinha. De resto, o balanço do fim de semana foi bastante bom, com destaque para a noite de sexta-feira, com janta na Casa México, copos em Santos e finalmente ida ao Lux, já era tempo de voltar. A todos os meus queridos amigos que foram, e também à querida Joana que desta vez não se juntou à festa, um grande beijinho. As minhas idas a Lisboa são sempre melhores quando estou com vocês.

9.11.07

É Verão em Lisboa

Sinto-me profundamente invejosa.