26.2.08
Férias!
Estou em Andorra até ao final da semana! Muito giro e tal, mas o bem principal escasseia. Ainda só houve quatro nevões dignos de registo esta temporada... ai esse aquecimento global...
24.2.08
Adeus Chisca!
A minha Chisquinha, finalmente, emigrou para a Suiça. Aqui fica a carta que escrevemos, este senhor e eu, para a sua nova família.
Dear Chisca’s Family,
It is with great happiness (and a bit of sadness) that I greet you all, the new Chisca’s family. My name is Margarida, and since July 2007, I’ve been hosting Chisca in my home. I am a 27 year old Portuguese Chemical Engineer working in Madrid.
Chisca is a lovely, lovable cat, very sociable and very easy going. She easily gets attached to people, as do people to her. And, as you might suspect, I was no different. She is great company; she loves to play with her toys and, like any other cat, she loves when people play with her.
But due to her condition, there are some details I think you should know about and keep attention to. Chisca had some fungus on her nose some months ago, so her nose skin is a little too dry. So please keep an eye on her nose. I usually use high quality sunscreen, which provides good moisture and has little grease. I apply it once a day.
Another thing I urge you to pay attention to is her right ear. When her immune system is debilitated, it tends to accumulate large amounts of dirt. So it must be regularly cleaned and watched out for. And, if it looks with an unusual amount of dirt, please consider taking her to a veterinary doctor.
Until recently, she’s has been taking immunity enhancer shots to strengthen her immunity system. Right now, she is just fine and isn’t taking any kind of medication. Regarding her food, she’s still on a kitten diet. Nevertheless, she prefers dry cat food. I’ve been feeding her dry cat food (chicken and fish flavored, her favorites) from Dr. Hill’s and Royal Canin. I don’t know if you can find these brands there, but I usually find them in good pet houses or veterinaries. She should be ready soon for adult cat food.
Being a very sociable and happy cat, Chisca likes, a lot, to interact with people. She sometimes likes to climb up people’s legs, all the way up to their shoulders. So watch out for her nails length. She also likes to watch people bathe or take showers, which is common in cats. But she also likes to drop into the bathtub afterwards. So watch out for wet cold feet.
I took the liberty to send you a CD full of Chisca’s pictures and videos. She is a very happy and photogenic cat. I also take this opportunity to leave you all my contacts, which you will find at the end of this letter. I beg you to send me pictures of her. And please, feel free to contact me if you have any question or doubt about any subject regarding her.
I believe Chisca is moving to a loving family, and I sincerely thank you for that. I hope she lives a long full life, granting you the happiness she has granted me these last few months. I will miss her terribly, so please keep me updated with news and photos (lots of them, please!).
Sincerely yours,
Margarida Constantino
Dear Chisca’s Family,
It is with great happiness (and a bit of sadness) that I greet you all, the new Chisca’s family. My name is Margarida, and since July 2007, I’ve been hosting Chisca in my home. I am a 27 year old Portuguese Chemical Engineer working in Madrid.
Chisca is a lovely, lovable cat, very sociable and very easy going. She easily gets attached to people, as do people to her. And, as you might suspect, I was no different. She is great company; she loves to play with her toys and, like any other cat, she loves when people play with her.
But due to her condition, there are some details I think you should know about and keep attention to. Chisca had some fungus on her nose some months ago, so her nose skin is a little too dry. So please keep an eye on her nose. I usually use high quality sunscreen, which provides good moisture and has little grease. I apply it once a day.
Another thing I urge you to pay attention to is her right ear. When her immune system is debilitated, it tends to accumulate large amounts of dirt. So it must be regularly cleaned and watched out for. And, if it looks with an unusual amount of dirt, please consider taking her to a veterinary doctor.
Until recently, she’s has been taking immunity enhancer shots to strengthen her immunity system. Right now, she is just fine and isn’t taking any kind of medication. Regarding her food, she’s still on a kitten diet. Nevertheless, she prefers dry cat food. I’ve been feeding her dry cat food (chicken and fish flavored, her favorites) from Dr. Hill’s and Royal Canin. I don’t know if you can find these brands there, but I usually find them in good pet houses or veterinaries. She should be ready soon for adult cat food.
Being a very sociable and happy cat, Chisca likes, a lot, to interact with people. She sometimes likes to climb up people’s legs, all the way up to their shoulders. So watch out for her nails length. She also likes to watch people bathe or take showers, which is common in cats. But she also likes to drop into the bathtub afterwards. So watch out for wet cold feet.
I took the liberty to send you a CD full of Chisca’s pictures and videos. She is a very happy and photogenic cat. I also take this opportunity to leave you all my contacts, which you will find at the end of this letter. I beg you to send me pictures of her. And please, feel free to contact me if you have any question or doubt about any subject regarding her.
I believe Chisca is moving to a loving family, and I sincerely thank you for that. I hope she lives a long full life, granting you the happiness she has granted me these last few months. I will miss her terribly, so please keep me updated with news and photos (lots of them, please!).
Sincerely yours,
Margarida Constantino
22.2.08
Superstars
Da última vez que estive em Lisboa ouvi esta música na rádio e fiquei absolutamente fascinada. Não sei se está a bombar em Portugal ou não, mas tenho andado com ela a matutar e hoje devo-a ter ouvido umas vinte vezes. Adoro.
12 palavras
Ora bem, a Rititi sugere-me que escolha as minhas 12 palavras preferidas. Como é habitual quando tenho muito por onde escolher, fiquei sem saber por onde começar. Afinal, tentei esvaziar a minha cabeça e deixar os neurónios à solta. Sairam estas doze, não exactamente por esta ordem. Depois psicanalisei-me um poco sobre cada uma delas. Se do que vão ver em seguida descobrirem apenas ideias feitas, é uma pena, mas seja como for são as minhas ideias feitas.
Chegar – Porque se tem de começar por algum lado. E quando se chega, a acção começa.
Fantasia – as nossas vidas serão sempre pobres sem um toque de fantasia. A fantasia é a cor dos dias. Relativamente a isto, lembro-me sempre do meu filme preferido do Tim Burton, o Big Fish.
Gostar – ou não gostar, eis a questão. E tantas guerras se têm feito â custa do desrespeito pelos gostos dos outros. Principalmente, por aquilo em que cada um gosta de acreditar.
Livre Arbítrio - até pode ser mentira, até pode ser que isto esteja tudo previsto, que os planetas a moverem-se a milhões de anos luz decidam tudo por nós, que não mais não somos que poeira cósmica. Ainda assim, decidir é bom, principalmente se é difícil. A mim, sabe-me bem.
Sentir – Seja o que for, mas sentir alguma coisa, que senão mais valia estar morto.
Rir – Mas claro, é melhor sentir coisas boas. Muito boas. E rir muito. Rir a bandeiras despregadas. As rugas que se lixem.
Sinceridade – o que todos dizemos que somos mas ninguém realmente o é. A conceito de sinceridade existe para não ser seguido. Ser sincero é, no nosso mundo, quase sempre sinómino de arrogância, falta de educação ou insensibilidade. Ninguém realmente deseja escutar a verdade.
Tempo – A quarta dimensão que procuramos por cojones compreender, sem grandes resultados. Com ele não podemos fazer nenhuma das coisas que estamos habituados a fazer com tudo o resto. É fodido, mas é o tempo que nos manipula a nós.
Sol – É-me indiferente o seu significado físico. Eu amo o sol. As minhas sardas também, saltam assim que ele dá de si. Oh, longas tardes passadas ao Sol, a dormitar... que prazer imenso e único. Serei gato?
Gatos – A materialização da paixão que sinto por quase todos os animais. Eu sei que é um cliché. Mas cada vez me sinto menos orgulhosa por ser parte de grupo dos “racionais”. Ter capacidade de raciocionar não significa necessariamente fazê-lo, quanto mais fazê-lo bem.
Palavras – Poder escrevê-las, dizê-las ou gesticular-las é a coisa mais fabulosa do mundo, mas como todas as outras tecnologias, em geral não lhe damos o melhor dos usos possiveis.
Partir - Tal como um dia chegamos, chega um dia em que temos de partir. Para onde quer que seja, ou mesmo para lado nenhum. The End.
A cadeia segue para: CS, Hyaat, Maçãs, Restelo, RP e Vicks.
20.2.08
A BOLA
Mundial 2018 de organização conjunta de Portugal e Espanha? Hummmm... isto cheira-me a esturro... como é que se vão por de acordo sobre onde seria a final? Estas ideias de juntar Portugal e Espanha a mim deixam-se sempre desconfiada...
18.2.08
“Si j'étais restée”
A Rita, minha amigalhaça do peito com quem dividi além de casa, as aventuras e desventuras no meu primeiro ano em Madrid, em 2005-2006, ganhou um concurso de textos de amor com um texto lindo, que eu tive a grande honra de ser a primeira pessoa a conhecer. Como apesar de todos os meus esforços a Rita ainda não tem blog, nem nunca quis associar-se ao meu (espertalhona, prefere ganhar concursos! :)), resolvi publicar aqui o seu texto. Na verdade morro de inveja de não o ter escrito eu, mas é assim a vida, para os temas do coração nunca tive muito jeito, quanto mais escrever sobre eles!
"Procuro-te. Busco-te. Abro ficheiros e pastas no computador, de fotos, de vídeos. Mas tu não estás em nenhum. Procuro por ti. Escrevo o teu nome no rectângulo de busca, no site do Google. Com o teu nome, existem muitas pessoas. Mas não és tu. Nunca és tu.
Como se nunca tivesses existido. Como se só na minha cabeça fosses real. Que estranho é. Num momento da minha vida, só existias tu, para mim. Eu, estava sozinha. E procurava-te. Quantas vezes te telefonei. Pedia-te se podia ir a tua casa. Estava sozinha e precisava de ti. Ficávamos horas a falar, lanchávamos lentamente, entre as 17h e as 20h. Três horas de lanche!
Três horas em que partilhávamos segredos. Três horas em que me olhavas nos olhos e sabias todas as minhas mágoas, sem que eu movesse os lábios. A luz do dia desaparecia, lentamente. E nós continuávamos ali, sentados, os dois, um em frente ao outro, até anoitecer. Agarrávamos uma caneca, cada um, e olhávamo-nos discretamente, entre goles de chá. Mas logo desviávamos o olhar, dirigindo-o para as canecas, que fumegavam e arrefeciam nas nossas mãos.
Às vezes, tocavas piano. Eu escutava-te. Sei que não tocavas por mim, nem para mim. Mas aquele momento era nosso. Ainda que tu estivesses sozinho, absorvido pelo piano, absorvido pela música, com os teus dedos tocando freneticamente uma sucessão de teclas, que se articulava numa harmonia perfeita. E eu ali, somente escutando. Sentada, numa cadeira distante, com uma caneca de chá na mão. Observando-te. Ouvindo-te. Apreciando-te.
Quando passeávamos à noite, olhávamos o Rhône, desde a ponte. O Rhône reflectia as luzes da universidade. Já era Verão. Eu adorava entrelaçar o meu braço no teu. E sentir que naquele momento só existíamos os dois, o rio, as luzes. Desejei que me beijasses, que te esquecesses de tudo, que me desculpasses. Desejei que me agarrasses e que não me desses alternativa. Como se eu não tivesse culpa de te beijar também. Como se a decisão fosse tua, somente tua, e eu pudesse ser ilibada de qualquer culpa, porque na realidade não me tinhas dado outra alternativa a não ser entregar-me, nessebeijo, a ti.
Nunca o fizeste. Nunca te demonstrei o meu desejo de que o fizesses. Mas tu sabes que eu o queria. Por isso naquele dia, quando me agarraste sobre aponte e eu me voltei de repente e ficámos frente a frente, a uma distância tão curta que nos permitia sentir a respiração um do outro e os nossos olhares se cruzaram; por isso, nesse momento, ou no instante seguinte, numa fracção curta de lucidez, desviámos tão rapidamente o olhar e ficamos os dois, um ao lado do outro, a olhar fixamente o rio, de cima da ponte, sem ousar tocarmo-nos outra vez com o olhar, sentindo o rubor da culpa e da intensidade do momento aflorando à pele. Sentindo a brisa do Rhône, e vendo a agua correr, correr sempre sem parar. Sabendo que a agua segue a corrente e nunca se desvia.
Contigo esqueci o meu passado. Contigo lembrei-me da vida. Quis estar ao teu lado. Só existias tu naquele momento. Mas agora, quase um ano depois da primeira vez que te vi, também o tempo passou. Como a água do Rhône, também o tempo avançou. E já não estamos juntos.É por isso que hoje te procuro e já não te encontro. Busco-te e não te vejo em nada mais que na minha memória. E se tivéssemos ficado juntos? E se eu tivesse conseguido doutoramento em Lyon? E se em vez de me ter esquecido de ti, me tivesse afinal esquecido de mim?
Pensavas partir. Mas sei que ainda aí estás. Afinal não partiste. Por essa altura, perguntei-te se pensarias em ficar; se não pensarias em partir se eu aí pretendesse ficar. Respondeste-me resolutamente que nada teria mudado; que pensarias partir da mesma forma. Mas naquela altura pensavas partir. E não partiste.
Deixa-me então repetir a pergunta: Si j'étais restée, qu'est-ce qui aurait changé? Não me respondas."
17.2.08
Um saco de batatas
Mas não um saco de batatas qualquer. "Así es como algunos hombres aman a su mujer hasta que la muerte los separa. Compra patatas naturales y ayudarás a evitarlo." Uma campanha interessante, ainda para mais se tivermos em conta que na esmagadora maioria dos lares, quem compra as batatas são elas. Quantas dessas se revêm nesta foto? Em Espanha são muitas. Em Portugal também, com a diferença de que faltam dados, interesse e mais protecção para as vítimas de violência doméstica. Talvez daqui a 15 anos em compre um saco de batatas assim em Portugal...
16.2.08
E por falar em eleições
Respondendo ao interessante desafio proposto pelo Hyaat no seu blog, fiz este pequeno teste para confirmar que, caso eu tivesse direito de voto nos states, votaria obviamente na Hillary. E não, não é "só porque ela é mulher" (comentário de gente ignorante quando vêm mulheres que apoiam outras mulheres). As ideias, os projectos, a experiência e o estilo moderado de Hillary Clinton são mesmo aquilo que eu acho que o mundo precisa para acalmar um pouco. Neste momento estão todos em ebulição com as questões religiosas e económicas, é preciso alguém que conheça bem a coisa (e ela já esteve na Casa Branca depois do primeiro Bush) e que possa trabalhar desde o primeiro dia.
Passo o desafio a mais dos blogs: A Minha Vida Dava um Filme e ...E Vinho Verde. Aproveitem!
Mas como os americanos são uns panascas e agora estão todos muito Peace and Love, a vida é linda, tra-lá-lá-passarinhos-a-cantar, meteu-se-lhes na cabeça que a salvação é o Obama. É incrível como as estratégias popularuchas a puxar ao sentimento continuam a funcionar tão bem. Enfim, eu ainda acredito que a Hillary vai ser a primeira presidente mulher dos Estados Unidos da América. Let's wait and see, já que votar não posso.
Passo o desafio a mais dos blogs: A Minha Vida Dava um Filme e ...E Vinho Verde. Aproveitem!
15.2.08
Eleições no país da siesta
Como toda a gente está cansadinha de saber vai haver eleições em Espanha no dia 9 de Março. Digo "toda a gente" porque o Rajoy e o Zapatero encarregam-se que toda a mais pequena futilidade sobre a campanha, incluindo a negociação que como, quando e onde serão os debates eleitorais esteja constantemente a ser bombardeada nos meios de comunicação. Aposto que até Portugal, que adora publicidade dos hermanos anda mais excitado nestes dias de pré-campanha.
Eu não posso votar em Espanha, porque ainda não estou "empadronada" aqui há tempo suficiente para pedir a nacionalidade (se bem que isso de ser português e espanhol parece-me uma coisa um bocado anti-natura). Mas enfim, faço de conta que sim, que tenho alguma coisa a dizer, que a minha opinião também conta!!! Mas chego à conclusão que seria mesmo muito difícil escolher entre o PSOE e o PP. O PSOE anda um bocadinho no mundo da lua no que respeita a temas económicos sérios, mas o PP e o seu líder estão mesmo a abusar. O seu discurso tipo divide o mundo em homossexuais (bani-los a todos), os emigrantes (fechar-lhes a porta e deixá-los morrer afogados no Estreito) e finalmente, as Pessoas (heterossexuais nascidos em Espanha). Não há paciência para tanto provencialismo.
Para animar a malta indecisa existem milhares de mini-partidos. Alguns desses conseguiram saltar para as páginas dos jornais e são bem variados. Um deles é o Libertades Civiles (não sei mais o que podem querer, as leis de Espanha são quase as mais avançadas do mundo nesta área). Vejam a capa do Calendário 2008:
Outro é o Ciudadanos en Blanco, que pelos vistos se compromete a votar sempre tudo em branco (não percebi muito bem aquilo). É para os descontentes com a democracia, está claro. A mim, cheira-me os Gato Fedorento vão aproveitar a deixa.
Ainda há um outro bastante interessante, seguramente composto por espanhóis heterossexuais que não dão uma queca há mais de 5 anos (ou são virgens). Pessoas honradas, portanto. E com um péssimo sentido de estética (olhem o logo, por favor!).
Eu não posso votar em Espanha, porque ainda não estou "empadronada" aqui há tempo suficiente para pedir a nacionalidade (se bem que isso de ser português e espanhol parece-me uma coisa um bocado anti-natura). Mas enfim, faço de conta que sim, que tenho alguma coisa a dizer, que a minha opinião também conta!!! Mas chego à conclusão que seria mesmo muito difícil escolher entre o PSOE e o PP. O PSOE anda um bocadinho no mundo da lua no que respeita a temas económicos sérios, mas o PP e o seu líder estão mesmo a abusar. O seu discurso tipo divide o mundo em homossexuais (bani-los a todos), os emigrantes (fechar-lhes a porta e deixá-los morrer afogados no Estreito) e finalmente, as Pessoas (heterossexuais nascidos em Espanha). Não há paciência para tanto provencialismo.
Para animar a malta indecisa existem milhares de mini-partidos. Alguns desses conseguiram saltar para as páginas dos jornais e são bem variados. Um deles é o Libertades Civiles (não sei mais o que podem querer, as leis de Espanha são quase as mais avançadas do mundo nesta área). Vejam a capa do Calendário 2008:
Outro é o Ciudadanos en Blanco, que pelos vistos se compromete a votar sempre tudo em branco (não percebi muito bem aquilo). É para os descontentes com a democracia, está claro. A mim, cheira-me os Gato Fedorento vão aproveitar a deixa.
Ainda há um outro bastante interessante, seguramente composto por espanhóis heterossexuais que não dão uma queca há mais de 5 anos (ou são virgens). Pessoas honradas, portanto. E com um péssimo sentido de estética (olhem o logo, por favor!).
Eu estou a pensar numa próxima oportunidade criar o Partido dos Felinos, que defenderia a recuperação das leis do antigo Egipto que protegiam e veneravam os gatos. Ainda era capaz de acrescentar umas penalizações originais, tipo considerar os alérgicos a gatos seres inferiores da sociedade, e mandar cortar o dedo grande da mão direita a todos os que alguma vez na sua vida tivessem sido ouvidos a dizer mal dos pobrezinhos. E como os cartazes iam ter gatinhos fofinhos e pequerruchos, o partido teria imensos apoiantes (principalmente se descerem a idade de voto).
Porque em política vale tudo. É preciso é ter muitas cruzinhas.
14.2.08
Já me esquecia...
É verdade, hoje foi dia dos namorados!
As minhas colegas de trabalho passaram o dia a perguntar o que é que eu ia fazer hoje e quando eu respondia "para casa dormir" ficavam a olhar para mim feitas parvas e caladas (sim, porque aqui dizer o que se pensa is way ahead, mesmo nas cenas mais básicas). Eu bem estranhei a mesma pergunta repetida até à exaustão, mas só há bocado é que me lembrei (as vantagens de não ver televisão...)! A esta altura já andam todas a conspirar que eu as enganei e que afinal não tenho namorado nenhum. Lindo!
No sofá
Fazendo um bocadinho de psicanálise barata: tendo em conta os meus blogs favoritos (postados aqui) eu gosto de mulheres com tomates e de homens com sentido de humor, isso está claro.
Mas será que o Freud me classificaria como uma heterossexual dominante ou como uma lésbica permissiva? Ou será que concluiria que sou ambas as coisas? (isto era bem jogado, assim tinha a certeza eu não largava as consultas até ao fim dos meus dias...)
12.2.08
You make my day (again)
E agora "Give the award to 10 people whose blogs bring you happiness and inspiration and make you feel happy about blogland. Let them know by posting a comment on their blog so they can pass it on. Beware you may get the award several times!"
Então a minhas escolhas são (ordem alfabética):
* A maçã de Eva - elas são cinco mas aqui entre nós a "maçã-matter" do blog é a Poisoned Apple. Porque sente tudo o que diz, porque se partilha tanto com todos nós, porque é uma gaja com eles no sítio, e eu gosto disso.
* A minha vida dava um filme - sim, foi daqui que veio o prémio mas a verdade é que se nota que a Restelo lhe tem tomado o gosto. Um blog simples e despretencioso, na minha opinião melhor agora em Londres (coisas de emigras). É o único blog que actualmente visito diariamente.
* As minhas receitas - um blog temático indispensável para jóias que, como eu, vivem sozinhas e não trazem a comidinha feita da casa dos papás. Eu odeio cozinhar e aqui sozinha em Madrid não demorou a ficar anémica (estive assim entre Setembro e Dezembro de 2007). Quando chegou o momento de ter *mesmo* que começar a cozinhar, este blog entrou imediatament nos meus favoritos. Literalmente, salvou-me a vida.
* A vaca tem seis lados - se não tivesse ido para engenharia electrotecnica, o Barras tinha virado gato fedorento. Eu acho que ele ainda está a tempo, e que a troca não era nada má. Peca sobretudo porque raramente há posts novos, outra consequência inevitável para quem está em electrotécnica (e quer acabar o curso).
* Bomba inteligente - foi o meu primeiro blog-vício, é um dos incontornáveis da blogosfera portuguesa e além disso é da responsável pelo lançamento do livro do Pipi, esse(s) grande(s) artista(s). E como se não bastasse ser gira, boa e culta, a Carla gosta de gatos! Ai ai, fosse eu lésbica...
* Ervilhas albinas -o Ervi é gajo e como tal, só pensa em sexo. Mas capitaliza essa sua obsessão de uma forma extremamente divertida. Além disso, quando o número de visitas baixa faz posts de gatinhos fofinhos. Ou seja, de parvo não tem nada!!!
* E vinho verde - nunca se sabe se este blog está vivo ou morto, dado que o RP tanto pode estar seis meses sem postar como passar um mês a fazer non-stop-posting. Mas dadas as verdadeiras pérolas ali apresentadas, vale a pena esperar.
* Lost Portugal - mais um blog temático. O blog é muito bom, e para isso contribuem os seus vários colaboradores. Para nós, verdadeiros LOST-dependentes, é um blog que "faz" os nossos dias, todos os dias!
* Mini-saia - o blog temático das tipas modernas e fashion. Gaja que é gaja não deixa passar uma semana sem ir dar uma espreitadela ao estaminé da Mónica. Elles, Glamours e afins que se cuidem!
* Rititi - Last but never the least, a Rititi é "A" gaja com tomates por excelência. Além disso, é mais uma tuga em Madrid, e sem dúvida, a que melhor opina sobre nuestros hermanos. Um clássico da blogosfera que se renova continuamente.
E pronto, é isto.
You Make My Day
Olha, e não é que ganhei um destes prémios giros que circulam pela blogosfera? :) Estou mesmo comovida, (agora discurso tipo Oscares), principalmente porque sou extremamente preguiçosa, quase nunca blog, estou há meses para pôr links de outros blogs, raramente comento, etc., etc. Mas prometo que agora é que é! Agora vou tornar-me uma verdadeira blogger com B grande (ou V, aqui por estas bandas é quase a mesma coisa)!
Muito obrigada querida Restelo, é um prazer saber que alguém vem cá e vai-se embora feliz!
11.2.08
Coisas que não há em Espanha (#3)
Atonement
Ontem fui ver este filme, finalmente. Já sabia pela crítica que era bom, e que tinha uma surpresa no final. Estava ansiosa porque a maioria dos filmes que vejo têm finais pobres ou desfechos previsiveis. Gostei do "Atonement" e recomendo. Para amantes do cinema clássico. Porque a vida não é feita de finais felizes.
Mais um...
... eu já alguma vez tinha contado que me assombra uma maldição? Não? Pois é, é verdade. É uma maldição bastante aborrecida: eu não posso ter telemóveis bons. Qualquer telemóvel decente dura nas minhas mãos uma média de três meses. É impossível ultrapassar essa barreira. Todos os telemóveis fixes que tive até hoje foram roubados em menos de nada, e todos os podres ranhosos continuam vivos na gaveta do hall. É que não vale a pena. Eu já tinha aprendido a lição, mas em Outubro não resisti a uma espectacular promoção e comprei um N70. Qual quê! Já foi! É que nem deu para descobrir metade do que fazia. Só eu, mesmo.
9.2.08
7.2.08
É oficial
Chisca, a super-gata, está com o cio. Coitadinha, tenho tanta pena dela. Longe vão as tardes pachorrentas passadas à janela, a Chisca agora anda absolutamente desesperada.
A Chisca fez-se adulta e quer homem (leia-se gato), mas aqui em casa somos só nós as duas, o que não lhe serve de muito. Ainda assim, está tão chatinha tão chatinha que até tenho mais vontade de ir ao ginásio para não a ter de aturar. Ai, sou um monstro. A minha Chisca prestes a ir para a Suiça para sempre e eu a queixar-me...
5.2.08
Desabafo
A perspectiva de mudar de vida assusta sempre. Numa relação, entre os bons e os maus momentos, há sempre uma infinidade de coisas associadas que baralham as contas ao melhor matemático, fazendo com que nunca seja apenas uma questão de sim ou não, de demasiado amor ou falta dele.
O problema é que o amor nunca é puro. Existem pequenas coisas (às vezes não tão pequenas assim) que simplesmente não se podem ignorar. Essas coisas vão andando pelo meio das relações, de mansinho, como uma gripe que não mata, mas mói. No final, das duas uma, ou as aceitamos, ou prescindimos delas. Se as aceitamos, temos realmente que seguir em frente, é um ponto final e não pode servir mais tarde de desculpa para, numa discussão encalorada, atirar tudo à cara da outra pessoa. Se não as aceitamos, prescindimos delas e portanto do seu "portador" - e a relação acaba.
Devia ser só isto, mas - e tem de haver sempre um mas que retira exactidão à equação - quando o "das duas uma" se transforma numa terceira via que tenta misturar o melhor dos dois mundos, está o caldo entornado. Ou seja, como não se quere prescindir do "portador", tenta-se aceitar algo que não se quer aceitar, mas tenta-se. E tenta-se, e tenta-se. E tenta-se mais um bocadinho. E quanto mais se tenta, mais cresce aquilo que dentro de nós nos diz que aceitar isso é prescindir da pessoa que somos.
Mas se a soma de tudo ainda assim for positiva... foge-se para a frente? Tenta-se não pensar no assunto?
Eu já vivi uma relação que chegou a um ponto que se podia descrever genericamente como o que acabo de escrever. E da minha experiência, a conclusão que tirei é esta: eu demoro a encher, mas um dia, a casa vem abaixo.
Foi uma merda do caraças, posso garantir, mas ainda deu para aprender outra coisa: não há nada que o tempo não cure. Demora - e dói, muito - mas um dia, voa com o vento.
4.2.08
Coisas que não há em Espanha (#2)
3.2.08
Coisas que não há em Espanha (#1)
Observe-se a foto. Aparentemente, é uma bica. Mas não, não é uma simples bica. É uma bica em Espanha. Além do facto do café saber a água de lavar os pés, o que há de muuuuuuuuuito errado nesta foto? Será a chávena? O pratinho? O pacote de açúcar (que por acaso tem em média menos 1 grama de açúcar que os nossos)? Será....
... a colher??? Sim, é a colher!!!!!!! Em Espanha, não há colherzinhas pequeninas de mexer a bica. Por isso, caros senhores, se querem torturar-se e beber este líquido repugnante a que eles chamam café, e se além do mais são dos que usam açúcar, terão de amanhar com uma colher gigante (que quase não toca no fundo da chávena do grande que é).
Como experiência cultural, é hilariante. Eu, ao fim de duas semanas, comecei a beber chá.
... a colher??? Sim, é a colher!!!!!!! Em Espanha, não há colherzinhas pequeninas de mexer a bica. Por isso, caros senhores, se querem torturar-se e beber este líquido repugnante a que eles chamam café, e se além do mais são dos que usam açúcar, terão de amanhar com uma colher gigante (que quase não toca no fundo da chávena do grande que é).
Como experiência cultural, é hilariante. Eu, ao fim de duas semanas, comecei a beber chá.
2.2.08
É só fazer as contas...
Tive aqui a fazer umas continhas (desculpem lá, mas a malta de processos é assim). A minha média diária de posts em 2007 (tendo em conta que só comecei a 5 de Maio), foi de 0,32. Ora, sendo eu uma pessoa ambiciosa q.b., decidi em 2008 aumentar a média cerca de 30%, o que dá uma valor aproximados de 0,42 posts/dia. Ora, como estamos a 2 de Fevereiro é fazer as contas e dá logo para ver que a coisa vai mal. Ai vai, vai.
Ocorreu-me fazer mais posts parvos, assim como este, sei lá. Assim devo conseguir superar o meu ambicioso q.b. objectivo. Isso em números, porque se falamos qualitativamente, ai ai... desgraça. Afinal, não vai dar para ter um blog profundo e life altering. O meu mundo não chega para tanto. É melhor dedicar-me apenas a ter um blog. Que chatisse.
Inside Maggie's Week
Semana Grande, foi o que foi. Aqui vai uma reportagem ao melhor estilo do “Inside Middle East” da CNN, mas muito mais fixe (e na minha vida também há árabes, por isso não há nada para reclamar...).
* Fim-de-semana: ora pois claro, se fico muito tempo sem escrever, é mais ou menos óbvio que fui a Lisboa. É sempre um prazer estar em Lisboa, nas minhas sete colinas (e quintas), mas fico sempre com a semana seguinte desorganizada, porque deixo Madrid em stand-by.
* Reservei a viagem à neve, finalmente. No Corte Inglês, por supuesto, mas em Lisboa. A guita vai para os hermanos na mesma, mas pelo menos os números das vendas são para Portugal.
*Segunda-feira, fui buscar a Chisca à sede da Madrid Felina, onde passou o fim-de-semana. E as boas notícias são: Chisca, a super-gata, está finalmente bem de saúde e vai viajar o mais depressa possível para a Suiça, onde a espera há mais de três meses a sua nova e espectacular família. (Nem quero pensar, vou chorar baba e ranho).
*Terça-feira: a Martinha, mais uma das minhas novas amigas tugas “made in Spain”, volta a Portugal depois de seis meses de Erasmus. Jantar no Lateral da Velazquéz, que dia de despedida tem de ser à espanhola, com tapas e muito barulho. Para ela Madrid terminou, pelo menos por agora. É que seis meses passam num instante. E 19 anos também. A minha maninha Dabaus, além de linda e esquelética e simpática, festejou os seus 19 anos, a melhor idade do mundo.
* Quarta-feira: aniversário do meu vizinho português, que aqui no Palácio de Almansa o 4º B e C pertencem ao universo lusitano. Muito divertido e tal, mas mais uma noite a dormir pouco e porcamente (não tirei a maquilhagem).
* Quinta-feira: fui buscar o Getzinho do meu coração, dois meses depois. Não tinha contado, pois não? Tive um acidente PARADA, um puto parvo que entrou pelo meu Getzinho adentro sem pedir licença. À noite, para comemorar, SPA com as amigas, corpo tonificado e vale dos lençóis às dez da noite (aaaahhhhh, prazer)!
* Sexta-feira: depois desta semana girissima, a cereja em cima do bolo foi ter terminado a revisão de P&IDs a tempo de não ter que trabalhar na sexta à tarde (mais outra maravilha espanhola, podemos sair às 13h30 à sexta-feira). Recompensa: LOST season 4 – episode 1, pois claro, o regresso desta maravilha do mundo ABC!
* A semana ainda chegou para episódios de choque cultural com muita piadinha: o Jehad lá do trabalho (o árabe), disse-me, com o maior dos descaramentos, que eu estava almost naked – tinha saia tubo por baixo do joelho – e que tinha a certeza que as mulheres em Espanha, da maneira que se vestiam, passavam frio de certeza. Eu por acaso também acho que sim, mas mantive a postura e disse-lhe que não se preocupasse connosco, que nós, mulheres europeias, nos vestimos como nos apetece e não passamos frio nenhum. Sublinhando o “europeias” (assim ao estilo “comparação”) e “apetece” (assim ao estilo “liberdade”).
* Fim-de-semana: ora pois claro, se fico muito tempo sem escrever, é mais ou menos óbvio que fui a Lisboa. É sempre um prazer estar em Lisboa, nas minhas sete colinas (e quintas), mas fico sempre com a semana seguinte desorganizada, porque deixo Madrid em stand-by.
* Reservei a viagem à neve, finalmente. No Corte Inglês, por supuesto, mas em Lisboa. A guita vai para os hermanos na mesma, mas pelo menos os números das vendas são para Portugal.
*Segunda-feira, fui buscar a Chisca à sede da Madrid Felina, onde passou o fim-de-semana. E as boas notícias são: Chisca, a super-gata, está finalmente bem de saúde e vai viajar o mais depressa possível para a Suiça, onde a espera há mais de três meses a sua nova e espectacular família. (Nem quero pensar, vou chorar baba e ranho).
*Terça-feira: a Martinha, mais uma das minhas novas amigas tugas “made in Spain”, volta a Portugal depois de seis meses de Erasmus. Jantar no Lateral da Velazquéz, que dia de despedida tem de ser à espanhola, com tapas e muito barulho. Para ela Madrid terminou, pelo menos por agora. É que seis meses passam num instante. E 19 anos também. A minha maninha Dabaus, além de linda e esquelética e simpática, festejou os seus 19 anos, a melhor idade do mundo.
* Quarta-feira: aniversário do meu vizinho português, que aqui no Palácio de Almansa o 4º B e C pertencem ao universo lusitano. Muito divertido e tal, mas mais uma noite a dormir pouco e porcamente (não tirei a maquilhagem).
* Quinta-feira: fui buscar o Getzinho do meu coração, dois meses depois. Não tinha contado, pois não? Tive um acidente PARADA, um puto parvo que entrou pelo meu Getzinho adentro sem pedir licença. À noite, para comemorar, SPA com as amigas, corpo tonificado e vale dos lençóis às dez da noite (aaaahhhhh, prazer)!
* Sexta-feira: depois desta semana girissima, a cereja em cima do bolo foi ter terminado a revisão de P&IDs a tempo de não ter que trabalhar na sexta à tarde (mais outra maravilha espanhola, podemos sair às 13h30 à sexta-feira). Recompensa: LOST season 4 – episode 1, pois claro, o regresso desta maravilha do mundo ABC!
* A semana ainda chegou para episódios de choque cultural com muita piadinha: o Jehad lá do trabalho (o árabe), disse-me, com o maior dos descaramentos, que eu estava almost naked – tinha saia tubo por baixo do joelho – e que tinha a certeza que as mulheres em Espanha, da maneira que se vestiam, passavam frio de certeza. Eu por acaso também acho que sim, mas mantive a postura e disse-lhe que não se preocupasse connosco, que nós, mulheres europeias, nos vestimos como nos apetece e não passamos frio nenhum. Sublinhando o “europeias” (assim ao estilo “comparação”) e “apetece” (assim ao estilo “liberdade”).
* Acho que já não estou doente de gripe, nem com anginas, nem anémica, em conclusão, estoy de puta madre! Acabaram as boas desculpas para não fazer dieta... hum... Et voilá, assim voou a última semana de Janeiro. Já aconteceu 8% do ano 2008. Que os próximos 92% sejam (ainda) melhores.
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