27.8.08

Portugal, Portugal...

Hoje mandaram-me por correio um artigo de Mario de Queiroz publicado há mais de quatro anos em ipsnoticias.net, que pode ser consultado na íntegra, por exemplo, aqui. As coisas não mudaram muito, e é interessante verificar que sim, é mais fácil fazer análises frias quando se vê a coisa de fora. Cada frase é uma punhalada no coração de qualquer patriota, principalmente porque é tudo verdade, bate tudo certo, não há por onde fugir da evidência (neste caso não da ciência, mas das estatísticas). Transcrevo o fim, com o qual concordo em absoluto. E pergunto-me: porque é que ainda não se fez nada relativamente a isto? Nem vou pensar na resposta, porque me magoa ainda mais admitir que o maior cancro de Portugal, são, nem mais... os portugueses. Os que nada fazem para que as coisas mudem, os que reclamam mas nada fazem para que as coisas mudem e os que permitem que nada se faça para que as coisas mudem. Bonito mas triste jardim à beira-mar plantado, o meu Portugal! "Si un país permite que un profesional liberal con dos casas y dos automóviles de lujo declare ingresos de 600 euros por mes, año tras año, sin ser cuestionado en lo más mínimo por el fisco, y encima recibe un subsidio del Estado para ayudar a pagar el colegio privado de sus hijos, significa que el sistema no tiene ninguna moralidad."

2 comentários:

Lilith disse...

Portugal, Portugal
Tiveste gente de muita coragem
E acreditaste na tua mensagem
Foste ganhando terreno
E foste perdendo a memória

Já tinhas meio mundo na mão
Quiseste impor a tua religião
E acabaste por perder a liberdade
A caminho da glória

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Tiveste muita carta para bater
Quem joga deve aprender a perder
Que a sorte nunca vem só
Quando bate à nossa porta

Esbanjaste muita vida nas apostas
E agora trazes o desgosto às costas
Não se pode estar direito
Quando se tem a espinha torta

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Fizeste cegos de quem olhos tinha
Quiseste pôr toda a gente na linha
Trocaste a alma e o coração
Pela ponta das tuas lanças

Difamaste quem verdades dizia
Confundiste amor com pornografia
E depois perdeste o gosto
De brincar com as tuas crianças

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Lilith disse...

Jorge Palma rules, Margarida! ;)