29.5.09

'Cause Madrid only happens in Madrid

Porque Madrid no es nada especial, no tiene un gran río ni apenas rascacielos. No tiene ruínas, ni playa, ni mar. Pero tiene la gente, el rincón inesperado, la animación constante, la variedad. Vale la pena llevantarse temprano por una vez para vivir un día la vida de Madrid.

28.5.09

Cuando me vaya

Nunca pensé que llegaria, nunca creí en ese momento, te cambia la vida sin que tengas nada para seguirla, te cambia y no piensas en lo que te olvidas... ...y te despiertas un buen dia, lo ves todo al revés. Miras atrás, ves tu camino, el que hicieros tus pies, y mandas besos para todos los que volveras a ver, tantos recuerdos enlatados en fotos de carnet, en lagrimas de ayer, en todos los momentos que a tu lado yo esperé... Que cuando me vaya no caiga una lagrima por mi, que solo quede la amistad, tantos sueños que recordar... Que cuando me vaya y coja ese tren una vez mas y ya no entre por mi ventana ese dulce olor a sal... Que cuando me vaya de aquí, de mi tierra, de mi gente, de mi tierra la que me vio nacer la que me vio crescer la que me vió ganar y me enseño a perder...
Melocos y Quinta Estación

27.5.09

Baaaar-ça!

O jogo começa. O Manchester entra melhor, mas aos 10 minutos leva na pá e a partir daí a coisa fica aborrecida. A comprová-lo, Eva Longoria na plateia a ver uma revista. Cristi não marca, nem tira a camisola, embora a câmara o filme a cada 0,2 segundos. Despois do intervalo Barça rules, é golo outra vez, o Cristi passa-se, leva amarelo (mas que mau perder, sinceramente)... e continua sem tirar a camisola. Barça ganha, Messi vai levar a bota de ouro, óbvio, os hermanos rejubilam, e os bifes nem vê-los, nem ouvi-los. O Barça acaba a temporada com a liga, a taça do rei e a champions, e amanhã o El País proclamará Espanha o país com a melhor equipa do mundo. No entanto, no campo e nas bancadas, são as bandeiras da Catalunha que se ostentam. After all, isn't Catalonia Spain? E pronto, para o ano há mais.

Temos final!

Ui ui ui, já não se via este alvoroço desde a final do Euro (sim, aqui em Espanha, como é compreensível, a final do euro foi assim uma coisa GRAAAAANDE). Descobri que 90% dos galegos são do Barça (by the way, ando por La Coruña). Também descobri uma rádio galega que diz "Buenas tardes, son las 7 en Galicia, las 6 en Portugal. Sim, não diz "las 6 en Canarias". Diz "las 6 en Portugal". Ainda não decidi se isto é uma coisa boa ou má.
Entretanto, vou tomar um banho quente para me preparar para o jogo, que tenho um stress dentro de mim que não se compreende... nem sequer vou torcer por nenhuma das equipas em particular, embora confesso que gostava que o Cristizinho tirasse a camisola muitas vezes, fosse lá porque motivo fosse (aquele peito, mmmm, aqueles braços, aaaaah, aquela ausência paradisíaca de pêlos... ai ai)!

25.5.09

Here I go again

É verdade, a estas horas escandalosas já despachei a minha bagagem e já estou a tomar o pequeno-almoço en Barajas. Ocorre-me agora que os dois sítios mais abarrotados às 6 da manhã são muito possivelmente, as discotecas e os aeroportos. A música é que outra, mas pronto. Mais uns três cafés e acordei.

24.5.09

Tom Sawyer

Eu continuo a saber, de cor e salteado, os genéricos dos desenhos animados da minha infância. Este em particular, é um dos meus favoritos. :)

23.5.09

Ainda a mudança

Isto de mudar de casa tem o seu quê. Permite-nos, por exemplo, fazer umas quantas análises sociais interessantes. Homens das mudanças: carregadores brasileiros, com uns corpos invejavéis (coitados, tb pudera), humildes, a trabalhar a mil à hora. Chefe português, gordo, assim a dar para o xico-esperto, a ver se se escapava de passar recibo. Homens que entregaram o frigorifico (lindo de morrer, já agora): brasileiros, educados, rápidos, eficientes, bem dispostos. Homens que entregaram a máquina de lavar roupa (não tão bonita como o frigorifico, mas toca uma musiquinha muito panasca qdo acaba de lavar): portugueses, brutos, queixosos, que eu tinha tido muita sorte pois por contrato só têm de entregar até ao terceiro andar em prédios sem elevador (isto por acaso dá-me vontade de ir à Worten fazer uma reclamação, são mesmo exploradores). Homens do Continente: portugueses, queixosos, que nunca na vida deles tinham carregado com tantos sacos de areia de gato. Pois, por algum motivo eu pago para me levarem as compras a casa. Senhor da TV Cabo: brasileiro, educado, eficiente. Senhor do Gas Natural: português, pintas, armado em bom. Posto isto: brasileiros 1 - portugueses 0.

22.5.09

Tudo vai bem quando acaba bem

Sms do meu gajo: "Amor, cheguei a casa. Quico debaixo dos cobertores, Suances em cima da cama, Primavera à porta. Pouco a pouco, tudo volta ao normal." Casa sem os meus (quatro) gatos, não é casa que se preze.

21.5.09

Tenho bicho carpinteiro

Desta vez a minha ausência neste blog não foi devida a preguicite aguda. A verdade é que mudei de casa em Lisboa (isto de ter duas casas tem que se lhe diga). Vantagens da nova casa: - está a estrear, foi completamente remodelada - tem uma cozinha decente - é maior - é mais barata - o prédio é de "placa" (as coisas que uma pessoa aprende), pelo que não ouvimos os vizinhos a fazer xixi (e etc.) Desvantagens: - passámos de um 3º para um 4º andar sem elevador - o vizinho do lado tem um aspecto assim a dar para o psico - demoram 6 a 8 semanas para transferir linha/internet - a mudança deu uma trabalheira (mas perdi 1,5 kg - afinal isto é uma vantagem!) Agora *só* falta decorar! :)

5.5.09

Fuck the UK

Porque é que Portugal importa e consome com tanta felicidade as historietas do UK? Aqui há uns tempos, foi um sem fim daquela tipa vulgaróide virada estrela cancerosa. Agora é a gaja feia como os cornos que mete toda a gente a chorar.Pelo meio ainda tenho que comer com as novas campanhas para ver se "encontram" a Maddie daqueles filhos da puta cheios de cunhas dos paizinhos. Ok que os ingleses nos ajudaram nas invasões francesas e tal, mas isso já foi há colhões. É irritante o grau de vassalagem que se vive na sociedade portuguesa. Como se eles o merecessem, do alto do seu convencimento. Cheios de salamaleques, os parvos. Olhem, consumam David Bisbal, tb virou famoso na operação triunfo aqui dos hermanos. Pelo menos não parece saído do Shrek. Ah, pois, ninguém sabe quem é... já me esquecia... saber coisas tontas de Espanha é uma bimbalhice. Já saber coisas tontas do UK, enche-nos de magnificiência e cultura geral. Somos mesmo in.

Querem ver que é desta?

Parece-me que temos Verão. :)

2.5.09

Os gatos da minha vida (#10) - Quico

Fiz amizade com ele na rua onde vivo, em Madrid. Encontrávamo-nos todos os dias depois do meu trabalho, normalmente ele estava à porta do meu prédio à espera da latita. Referia-me a ele como "o meu Quico espanhol", por ser parecido a um Quico que tive (foi o gato que mais anos tive, até hoje).
O Quico era o macho alfa lá da rua. Quando um dia apareceu todo magro e escafiado das lutas, lá fui eu a correr com ele para o veterinário. Ficou temporariamente em recuperação em minha casa. Um dia saí para o trabalho, esqueci-me da porta da cozinha aberta. Quando cheguei descobri Quico e Suances, muito amigos, a dormir a sesta na minha cama. Obviamente, já não voltou para a rua. Agora também vive em Lisboa, com o "dono".

Os gatos da minha vida (#9) - Primavera

A Primavera foi a última "coisa" que trouxe de Sines quando me vim embora. Abandonada ao pé de uma colónia de gatos de rua no início da Primavera de 2007, não tinha grandes possibilidades de sobrevivência. Mas não pude meter-me no carro e vir embora assim. Por isso, meti-a no carro e trouxe-a também.
Preta, leucémica(FELV+) e cega, a única pessoa que descobri que a queria adoptar tinha um T2 e mais de 20 gatos. Resultado: a Primavera foi adoptada pelo "dono". Retiraram-lhe um olho, foi esterilizada, leva gotas diárias no outro olho para não inchar. É uma badocha porque come muito e corre pouco. Mas é uma Miss Badocha! :)

Os gatos da minha vida (#8) - Suances

Uma voluntária da Madrid Felina recolheu-o na zona de Suanzes. O seu nome resultou, portanto, de um erro ortográfico. Não consigo imaginar o que lhe pode ter acontecido, mas coisa boa não foi de certeza.
Ainda hoje apresenta comportamentos típicos de animais espancados. Quando veio para minha casa de Madrid, em Março de 2008, esteve um mês debaixo de uma mesa, sem sair, sem se mexer. Não se lavava sequer. Ao fim de três meses saltou, pela primeira vez, para cima da minha cama, comigo lá :).
É espectacularmente inteligente e muito tolerante com outros gatos. De pessoas que não conhece tem medo, mas cada vez menos. Tem aproximadamente 6 anos, e em Novembro passado emigrou para Lisboa, onde vive com o "dono". É FIV+.

Os gatos da minha vida (#7)

Depois deste post, pus-me a pensar que, se eles soubessem que eu andava a publicar fotos suas de tão má qualidade, iam desatar a afiar as unhas no sofá da sala. Ora, não convém. Visto lo visto, é melhor que se fiquem apenas pelo encher T-U-D-O de pelos). Como dona que é dona, respeita o seus gatos, estivemos todos a fazer uma sessão fotográfica muito fashion, muito vogue, e nada de ousarem pensar que os meus gatos são vulgares: eles são LINDOS (o facto de parecerem vacas é um detalhe sem importância). É preciso dizer suas coisinhas: 1) os meus gatos foram todos adoptados da rua, já adultos. 2) Gatos são gatos. Apelidar-me de "dona" é uma mera formalidade que me deixa a consciência tranquila. Na verdade, eles são mais donos que eu.

1.5.09

Home, sweet home

Ahhhhhh, é tão bom acordar à hora que se quer, e passar o dia todo na molenguisse...

30.4.09

Ai, ai...

Eu tenho muita sorte. Hoje, que tinha reservado voo à hora de almoço, que ia chegar cedinho a Madrid, que à hora de almoço os voos têm muito menos atrasos que à noite. Eu merecia, a sério que merecia, depois destas semanas, depois do projecto feito, depois da mega apresentação/reunião bem sucedida de ontem, depois de ainda ter ido de manhã dar graxa aos clientes (devia era ter ficado a dormir no hotel). Mas não. Por motivos metereológicos, o voo anterior foi desviado para o aeroporto de Santiago. Portanto, lá vou eu passear de autocarro, que para A Coruña o avião já não vem. E depois a ver a que horas saímos. E se não há mais problemas atmosféricos. E se a mala não se perde. E já agora, se o avião não cai. Lá para as 9 estou em casa. Boa.

28.4.09

Just being Bruni

Os hermanos estão que nem loucos. Os programas cor-de-rosa exaltam de alegria. Os programas "sérios" também. A Carla Bruni veio a Espanha (e parece que trouxe o marido).
Bruni, a rainha e a princesa. (El Mundo)

Miminhos para passageiros frequentes

Aproveitando mais uma seca de uma espera em Barajas, resolvi comprar uma espectacular máscara de olhos (já experimentei) para aqueles voos às 7 da manhã que vão com as luzes todas acesas. Ou, simplesmente, para fingir que é de noite a qualquer hora do dia.
(Nota: e não, não tenho gripe. Os voos do México não desembarcam no terminal 4.)

25.4.09

O resto dos outros (#4)

O ponto que queria marcar com a perguntinha nada inocente do primeiro desta série de posts, que, recordo, se pode traduzir como "onde é que está a informação quando nós precisamos dela?"***é: não seria melhor haver uma estrutura decente qualquer que ajudasse, de forma eficiente, um jovem a escolher a sua profissão? Aqueles psicotécnicos manhosos que nos fazem na escola, não servem para nada, o que prova que dificilmente o grátis é bom: na minha turma a 80% deu-nos que podíamos escolher "tudo". Ora obrigadinha, sim, e emprego, onde é que ele está? Eu até acho que o mercado de trabalho de qualquer europeu é, no mínimo, a Europa. Mas há quem pense de forma diferente. Há quem não sinta essa luta interna entre as saudades de casa e o gostar de conhecer outras paragens. E esses, como ficam quando descobrem que o curso que escolheram "não há" no mercado de trabalho? Digo eu, muito contentes não podem ficar. (***Nota: se algum freakalhoide responde "Google", relembro que em 1997 não existiam motores de busca dignos desse nome.)

24.4.09

O resto dos outros (#3)

É preciso explicar que eu nem me importei de vir viver para fora de Portugal. Mas também, não é que tenha tido propriamente escolha, naquele Verão de 2005 em que estávamos todos de tanga (oiço dizer que continuamos). Bom, podia ter ficado mais uns tempos a parasitar em casa dos meus pais, mas quem me conhece sabe bem que para mim essa não era, realmente, uma opção. Acho que podia ter entrado naqueles estágios que o BPI dá aos alunos do IST. Mais uma vez, isto não era uma opção. Não que eu tenha alguma coisa contra o BPI, que não tenho, a minha mãe trabalha lá e é um emprego perfeitamente normal, mas para isso tinha tirado gestão em vez de andar seis anos e meio a queimar as pestanas (e não só) no técnico, sem férias de Verão nem coisa nenhuma. Podia ainda ter pedido ao meu pai para meter a cunha com o seu amigo chefão na Tabaqueira, mas... sim, isso não era uma opção. Era o meu primeiro emprego e ia-me dar cabo da auto-estima entrar com cunha. Além de que eu sou das mais acérrimas críticas das cunhas e seria muito hipócrita da minha parte, no fim de contas, usar uma. Portanto, pensando bem eu até tive alternativas (pelo menos em teoria) a sair de Portugal. Mas eram alternativas que não me satisfaziam e por isso decidi esticar as minhas fronteiras. Mas sim, tive alternativas. No entanto, há quem não as tenha. De todo.

23.4.09

O resto dos outros (#2)

No caso do meu curso (engenharia química) nem é assim tão dramático que não haja indústria em Portugal. A formação é sólida e de banda larga, e a maioria da malta é capaz e dispersa-se por outras áreas: banca, consultoras, economia, política, educação, de tudo um pouco. Mas isto é um exemplo. Já noutros casos a história muda de figura. Um jornalista, por exemplo, se não for jornalista, dificilmente vai dar em economista. Até pode querer (que em geral não querem), mas o resultado tem uma grande probabilidade de ser desastroso.

22.4.09

O resto dos outros

Faz agora três anos, que, já andando a laurear a pevide por terras de nuestros hermanos, comecei a trabalhar num memorável projecto de incineração dedicada de resíduos industriais perigosos (isto merece um comentário noutro post). Adiante. A páginas tantas, descobri este gráfico.
Fonte: Feique
Ora, lá porque vivo em Espanha não significa que renegue o meu país querido do qual digo tanto mal, mas do qual gosto tanto (especialmente quando estou fora). Por isso, uma minha reacção semi-pavloviana levou-me a procurar, com ânsia, por Portugal.

Então, foi assim (vou tentar descrever os meus pensamentos aquando da observação do dito gráfico): Escrutínio rápido do gráfico - ok, os grandes, Alemanha, França, etc., talvez aqui nos mais pequenos, Irlanda, Bélgica, humm, não. Ok, estamos no "Resto", faz sentido, somos um país pequeno afinal... bom, a Bélgica também, mas pronto, eu vivi lá, as pessoas são diferentes lá, compreendem que a riqueza económica não cai do céu, é uma questão de mentalidade, que até temos boas condições para pôr mais indústria. Olha Sines, e aquele espectacular porto. Enfim. Ok, portanto, "Resto". Escrutínio rápido, início da lista, Suécia, Polónia, humm, meio da lista, Áustria... merda, queres ver que estamos no fim da lista? É sempre a mesma coisa, pá! Bom, vamos lá ver, fim da lista... Hungria. Hungria? Não há mais? Devo ter visto mal... deixa lá ver outra vez. Suécia, Polónia,..., Hungria. Pois. Não estamos. Ah, mas depois de Hungria vem "Outros". Ok. Estamos nos "Outros".

Escusado será dizer que não há gráficos com os "Outros". Os "Outros" não interessam. Porque ou és mais importante, e saltas à vista, ou não és tão importante, e estás no "Resto". Agora, se estás nos "Outros" do "Resto", vaitafoder, porque aqui não pintas nada! Porque és, nem mais, o resto dos outros. E esta é também, assim em linhas gerais, mais ou menos, a mesma razão porque nunca aparecemos nas tabelas da última página do Economist, mesmo que lá apareçam todo o tipo de inusitados países. Agora, perguntinha: quando eu tinha 16 anos e estava a decidir a que engenharias me ia candidatar, onde é que andavam estes gráficos?

21.4.09

Dona fora...

dias santos no sofa! Suances - "Que bom é este sofá preto! Fico meio camuflado... e os meus pelos brancos fazem um contraste muito fashion!"
Quico - "Olha, o Suances no sofá! Também quero!!!! Será que a dona não está a ver?"
Suances e Quico (em coro, bastante panascas) - "Ai ai, este sofá é mesmo confortável... e o dono é mesmo porreiro, pá!"
(Nota: A espectacular qualidade fotográfica do iphone do "dono" está claramente demonstrada nas obras acima apresentadas).

19.4.09

De cerca, nadie es normal

La acción transcurre en una familia, en apariencia “normal”, una hija “normal”, unos problemas “normales”, un amigo “normal” y un novio con problemas de reinserción… esta mezcla explosiva provoca una serie de planteamientos acerca de la educación que los padres, en la actualidad, imparten a los hijos. Es lícito responsabilizar a los padres de todas las acciones de los hijos? Son los hijos los grandes perjudicados del último cambio generacional? Sea como sea, esta comedia muestra un reflejo de las familias actuales en apariencia “Normales”.

Fartei-me de rir. E deixou-me a pensar. Entradas no atrapalo.com. Últimos dias!

16.4.09

Poesia Matemática

Às folhas tantas Do livro matemático Um Quociente apaixonou-se Um dia Doidamente Por uma Incógnita. Olhou-a com seu olhar inumerável E viu-a, do Ápice à Base, Uma Figura Ímpar; Olhos rombóides, boca trapezóide, Corpo otogonal, seios esferóides. Fez da sua Uma vida Paralela a dela Até que se encontraram No Infinito. "Quem és tu?"indagou ele Com ânsia radical. "Sou a soma dos quadrados dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa." E de falarem descobriram que eram O que, em aritmética, corresponde A almas irmãs Primos-entre-si. E assim se amaram Ao quadrado da velocidade da luz Numa sexta potenciação Traçando Ao sabor do momento E da paixão Retas, curvas, círculos e linhas sinoidais. Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclideanas E os exegetas do Universo Finito. Romperam convenções newtonianas e pitagóricas. E, enfim, resolveram se casar Constituir um lar. Mais que um lar, Uma perpendicular. Convidaram para padrinhos O Poliedro e a Bissetriz. E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro Sonhando com uma felicidade Integral E diferencial. E se casaram e tiveram uma secante e três cones Muito engraçadinhos E foram felizes Até aquele dia Em que tudo, afinal, Vira monotonia. Foi então que surgiu O Máximo Divisor Comum Freqüentador de Círculos Concêntricos. Viciosos. Ofereceu-lhe, a ela, Uma Grandeza Absoluta, E reduziu-a a um Denominador Comum. Ele, Quociente, percebeu Que com ela não formava mais Um Todo, Uma Unidade. Era o Triângulo, Tanto chamado amoroso. Desse problema ela era a fração Mais ordinária. Mas foi então que o Einstein descobriu a Relatividade E tudo que era expúrio passou a ser Moralidade Como, aliás, em qualquer Sociedade.
De Millôr Fernandes, Brasil, 1923 -

14.4.09

Top 3 Madeira

Mas também houve outras coisas muitos giras. Flores, tunéis, bananeiras, Coral, paisagem bonitas, curvas e contracurvas, calhaus em vez de areia, pão do caco, maracujás, calçada portuguesa arranjada de maneira decente (ie, com cimento), pessoas amáveis, vaquinhas fofinhas, e até um casamento algo, hum, enfim, sui generis. Para mais tarde recordar.

13.4.09

A dura realidade é...

... o fim das férias. Estive na Madeira, estive em Lisboa, foi tudo muito giro, ponchas na Madeira, almoços de família em Lisboa, uns kilinhos a mais para estimular a dieta, etc, etc. E agora Madrid outra vez - e eu gosto muito de Madrid, mas acho que gosto mais das férias. :)

29.3.09

Coisas da vida

Trouxe o meu carro espanhol para Lisboa. Agora ando com palpitações e suores frios a pensar que durante a noite algum português ressaibiado vai dar pela diferença na matrícula e pegar fogo ao pobrezinho.