19.5.10

Ser rico

É por coisas como estas (vide post surreal) que eu sei que mesmo que tentasse com muita força nunca conseguiria ser, nem genuinamente e nem sequer de bom grado, uma rica dondoca e alegremente despreocupada. É que o luxo não me deslumbra por aí além. Mesmo. Se calhar isto é conversa de pobre, mas se assim é tanto melhor, também não quero enganar ninguém.

O único motivo que me faz realmente desejar ter muito dinheiro, é que esse muito dinheiro permitiria-me ter (comprar) TEMPO para gastar esta vida a fazer as coisas que realmente quero fazer.

Agora, nem de perto nem de longe essas "coisas que eu realmente quero fazer" incluem como estilo de vida bombar o preço de um T2 em Madrid numa tarde de compras, por exemplo.

É que o dinheiro vem com responsabilidade às costas, de modos que se não for usado decentemente depois no fim (só) fica a culpa. Sempre me perguntei como é que os muito muito ricos, em geral e fora alguma inusitada excepção, não sentiam isto. Deve fazer parte de ser-se rico. Ou então, é mesmo problema meu.

3 comentários:

A. disse...

Same here. Aliás, faz-me muita confusão quando vejo miúdas dizerem coisas como "ai a Victoria Becham gasta um milhão de dólares em sapatos, faz muito bem, o dinheiro é dela, deve gastá-lo como bem entender" sem perceberem tudo o que está sobre afirmações como esta a nível de política mundial e injustiça social. Enfim, é sempre mais fácil quando não se pensa nas coisas, I guess...

Unknown disse...

Pois, eu também acho que quanto mais ignorante, mais feliz. Os que nos damos ao trabaalho de dar uso aos neurónios somos os torturados e eternamente insatisfeitos deste mundo.
Beijinhos.

Unknown disse...

Pois, eu também acho que quanto mais ignorante, mais feliz. Os que nos damos ao trabaalho de dar uso aos neurónios somos os torturados e eternamente insatisfeitos deste mundo.
Beijinhos.