Muito fixe o anúncio. E hoje isto não dá para mais, que apesar do SPA estou com uma dor de cabeça que me chega às unhas dos pés.
31.5.10
30.5.10
No Bairro
Ontem estive no Bairro Alto. Com o passar do tempo cada vez mais vejo Lisboa com olhos de fora. Pensar que foi lá que comecei a sair à noite em Lisboa (quem se lembra do bar aberto do Rookie à sexta-feira em meados da década de 90?), e depois de tantas e tantas noites, agora dou por mim a olhar para os azulejos e para os prédios e para a calçada e para as lojas e reconhecer que é tudo tão peculiar, quando antes simplesmente era.
E comprei uma pastilha Gorila de menta no quiosque no largo do Camões. Muito à frente.
E comprei uma pastilha Gorila de menta no quiosque no largo do Camões. Muito à frente.
29.5.10
Uí-fi
A propósito do comentário da Rita mais ali em baixo, recordei a aventura que foi chegar a Madrid e fazer a selecção do serviço de Internet. Especialmente quando fomos à loja da Telefónica e explicámos que queríamos um pacote que incluisse wireless. Ó céus, o que fomos nós fazer. Mas depois de quase termos desenhado um esquema para explicar esse conceito hediondo do wireless, palavra que o senhor da loja jamais tinha escutado em tempo algum, lá nos entendemos. Ele não aprendeu grande coisa, mas nós guardámos desse dia três grandes lições:
1 - spanglish: ninguém usa a expressão wireless, mas sim wi-fi que, no entanto, se lê uí-fi.
2 - espanhol: ligação sem fios é, nada mais nada menos que conexión inalámbrica (olé!).
3 - hermanização: podes-te rir, podes criticar, podes gozar, mas contas feitas vais mesmo começar a falar como eles.
1 - spanglish: ninguém usa a expressão wireless, mas sim wi-fi que, no entanto, se lê uí-fi.
2 - espanhol: ligação sem fios é, nada mais nada menos que conexión inalámbrica (olé!).
3 - hermanização: podes-te rir, podes criticar, podes gozar, mas contas feitas vais mesmo começar a falar como eles.
28.5.10
Blogo A+
Será que mulheres que nao se conhecem mas se lêem umas às outras todos os dias também tendem a ter ciclos hormonais parecidos?
Via Boas Intenções
Proponho comprovação prática da teoria: começamos a viajar por esse mundo fora, conhecemo-nos, ramboiamos, damos oportunidade aos nossos ciclos de misticamente se alinharem (agora que já não há Lost tenho de me entreter com alguma coisa), e se não funcionar ao menos fazemos uns checks a mais umas quantas cidades por aí.
PS1: Prá troca: Madrid - Lisboa - Porto Covo - Golegã - Figueira da Foz
PS2: Por acaso não conheço Berlim... :)
Via Boas Intenções
Proponho comprovação prática da teoria: começamos a viajar por esse mundo fora, conhecemo-nos, ramboiamos, damos oportunidade aos nossos ciclos de misticamente se alinharem (agora que já não há Lost tenho de me entreter com alguma coisa), e se não funcionar ao menos fazemos uns checks a mais umas quantas cidades por aí.
PS1: Prá troca: Madrid - Lisboa - Porto Covo - Golegã - Figueira da Foz
PS2: Por acaso não conheço Berlim... :)
27.5.10
Preocupante
Quando estava a escrever o post anterior (do gato Loarre), estive a uma unha negra de escrever eslogan em vez de slogan. Mas as desgraças não ficam por aqui. Sempre que digo a palavra mentalmente, sai eslogan, e logo tenho que esforçar-me por corrigir e conseguir que da minha boca saia efectivamente slogan.
Volta e meia não vou mesmo a tempo de corrigir e digo coisas lindas como rapi mil en vez de happy meal. Sim, rapi. Vá, apedreijem-me, eu mereço. Mas de outra forma os senhores e as senhoras que atendem não percebem. Passa o tempo, uma pessoa pensa que pode corrigir e vai-se a ver, dá nisto.
Aqui está um dos poucos efeitos que identifico como perniciosos no processo de hermanização total (até ao momento): aprende-se splanglish à força e à custa do inglês normal e corrente. E spanglish nem sequer conta como idioma extra no CV.
Volta e meia não vou mesmo a tempo de corrigir e digo coisas lindas como rapi mil en vez de happy meal. Sim, rapi. Vá, apedreijem-me, eu mereço. Mas de outra forma os senhores e as senhoras que atendem não percebem. Passa o tempo, uma pessoa pensa que pode corrigir e vai-se a ver, dá nisto.
Aqui está um dos poucos efeitos que identifico como perniciosos no processo de hermanização total (até ao momento): aprende-se splanglish à força e à custa do inglês normal e corrente. E spanglish nem sequer conta como idioma extra no CV.
Onde eu estiver, estão lá
(Lembram-se do slogan da Telecel? Eu amava!)
Gatos. Há sempre gatos. Este foi mais um amigo que eu fiz, e que ser extraordinári. Se alguém o quiser adoptar eu vou ao Castelo de Loarre buscá-lo, que vale a pena a viagem (a sério). Era tão, tão, tão fofo, e simpático, e falador, e mansinho, e carinhoso, e turrinhas e tudo e tudo e tudo. Um gato-cão sem tirar nem pôr. Está todo sujo e cheio de mazelas, mas ainda assim é uma maravilha. Começo a achar que é da genética dos gatos amarelos, ainda não conheci nenhum que não fosse um mansarão. Ai, pudesse eu ter todos os gatos que quero...
26.5.10
Gráficos fofinhos que eu estou a fazer
(Já não me preocupava com desvios padrão desde as aulas de Probabilidade e Estatística. By the way, fiz com 15, à primeira.)
Imagem da Wikipédia
Afinal de contas
O Lost não nos deu nada que não fosse óbvio pela lógica dos realizadores, que, episódio após episódio, season após season, nos deixavam sempre loucos de dúvidas e questões e teorias. Lost não seria Lost se não fosse assim, a diferença é: não vai haver spoileres da próxima season a alimentar o Verão, isso é difícil de digerir, eu sei (para mim também é).
De qualquer forma, ¿who cares? sobre a origem da luzinha da ilha (ok, muita gente) mas sinceramente, dá igual. A explicação nunca seria suficiente ou suficientemente glamorosa. Além disso, as questões que mais nos apaixonam são aquelas para as quais não temos resposta. Tipo, a morte, a criação do universo, os alienzinhos, e o Lost.
I think i made my point.
De qualquer forma, ¿who cares? sobre a origem da luzinha da ilha (ok, muita gente) mas sinceramente, dá igual. A explicação nunca seria suficiente ou suficientemente glamorosa. Além disso, as questões que mais nos apaixonam são aquelas para as quais não temos resposta. Tipo, a morte, a criação do universo, os alienzinhos, e o Lost.
I think i made my point.
Amei
Faço um parêntisis nesta verborreia Lostiana (sim, ainda vem mais) para partilhar que o meu fim-de-semana em Murillo de Gállego, em Aragón, perto de Huesca, foi espectacular e que era tudo muito mais bonito do que eu podia imaginar. Estou oficialmente in love por Aragón, pelo pré-pirinéu, pelas actividades de rio e pelas casas rurais. Isto, creio, é mais um passo importante no meu processo de hermanização total. Eu programo fins-de-semana de bom tempo para ir para a montanha, em vez de para a praia. E no fim ainda adoro e choro por mais. Estou cada vez mais satisfeita com a minha decisão de este ano mantar-me mais caseirinha e andar por fora cá dentro (sendo que o meu cá dentro engloba toda a península ibérica), depois do exagero de viagens do ano passado. Tenho milhares de fotos, por isso a selecção fica para mais tarde, ok?
25.5.10
This is just the beginning
E agora terei o prazer de viver como uma série de televisão se vai consolidar definitivamente como cultura popular, tudo o que ainda vamos ouvir e ver e ler, por quanto tempo iremos recomendar Lost aos que ainda vêm aí. Uma coisa é certa, dentro em breve, não ter visto Lost vai ser tão imperdoável como não ter visto o E tudo o vento levou. Uma falha cultural em grande escala.
Um pouco de humor via Lost Portugal
24.5.10
Ou estás comigo ou contra mim
A blogo divide-se entre as pessoas que ontem acompanharam o Lost e as que acompanharam os Globos de Ouro.
E para desanuviar do Lost, que ainda estou tonta
Mais um brilhante anúncio da Nike com o Cristiano e companhia. Desta feita via Jonasnuts. Lindo.
Encontrados
Os comentadores que a Cuatro, canal que passou o Lost em directo aqui em Espanha, puseram-se todos a dizer merda assim que acabou o directo dos episódios. Ah que afinal estiveram todos mortos este tempo todo e foi tudo um sonho. WTF? O pai do Jack é bem claro - foi tudo verdade.
Tudo aquilo aconteceu. A história na ilha é verdade, um grupo de pessoas sós (perdidas) vai ter acidentalmente a uma illha (metáfora da solidão e isolamento?) e descobrem que afinal não estão sós, têm-se e querem-se uns aos outros. O fim diz-nos que todos morrem eventualmente, como todos temos que morrer. Muitas personagens vimo-las morrer ao longo destes seis anos, não sem muitas lágrimas e saudade deste lado do ecrã. Outros sabemos que morreram à posteriori deste "The End", e ficam as questões, como sempre aconteceu com Lost. Conseguirá a Kate cumprir o seu objectivo e devolver a Clare o filho? Sawyer reencontra a filha? Poderiam Sawyer e Kate ainda ter uma relação no seu regresso ao mundo real? O avião ficou sem gasolina e morreram logo todos ali? Independentemente das respostas que não sabemos, achei absolutamente lógico e brilhante que a série acabasse com a morte de Jack, aquele olho em grande plano a fechar-se, o sorriso, a certeza de que tinha valido a pena, a certeza de que não morria em vão. Foi com ele que tudo começou, foram os seus olhos que vimos na nossa primera vez com esta série.
A realidade alternativa, ou flash-sideways, isso sim é o purgatório, e depois da tomada de consciência de alguns personagens (outros não estão prontos), vão cruzar para o céu e viver a eternidade ao lado do amor da sua vida. Este fim é sobretudo um final muito, muito cristão. Ainda que outras religiões se possam aqui rever, o final é, sem margem para dúvidas, cristão. A igreja, o caixão vazio, o Christian Shepard, Ben que não entra apesar de ser convidado (decide ficar no purgatório mais algum tempo a redimir-se dos seus pecados), isto é religião pura. Misturada com a antítese da solidão, depois de perdidos, finalmente encontrados para a eternidade.
É claro que todos queríamos mais. É claro que não andámos seis anos a ler foruns e teorias sobre a Dharma e a estátuta e os números e as mulheres que não podiam engravidar na ilha, etc etc, para ficarmos com tudo isto por responder. Mas eu prefiro a abordagem dos autores. Esta é uma série sobre pessoas perdidas na suas vidas, na sua fé, e como tudo o que vão viver naquela ilha lhes permite encontrar um sentido, uma direcção, um caminho. O resto é o resto, e para o resto haverá DVDs com extras, jogos de computadores e filmes (sim, agora estou absolutamente convencida que haverá filmes do Lost). Mas o season finale soube fechar o ciclo aberto no primeiro episódio de uma forma brilhante, comovente e inesperada, apesar de tudo.
Há muitos motivos que fazem do Lost a melhor série de todos os tempos. Por isso, os seus personagens, que tanto sofreram e penaram, que arriscaram e sacrificaram as suas vidas uns pelos outros, e ainda, que tanto nos deram ao longo destes anos, mereciam não morrer sós. Assim foi.
Tudo aquilo aconteceu. A história na ilha é verdade, um grupo de pessoas sós (perdidas) vai ter acidentalmente a uma illha (metáfora da solidão e isolamento?) e descobrem que afinal não estão sós, têm-se e querem-se uns aos outros. O fim diz-nos que todos morrem eventualmente, como todos temos que morrer. Muitas personagens vimo-las morrer ao longo destes seis anos, não sem muitas lágrimas e saudade deste lado do ecrã. Outros sabemos que morreram à posteriori deste "The End", e ficam as questões, como sempre aconteceu com Lost. Conseguirá a Kate cumprir o seu objectivo e devolver a Clare o filho? Sawyer reencontra a filha? Poderiam Sawyer e Kate ainda ter uma relação no seu regresso ao mundo real? O avião ficou sem gasolina e morreram logo todos ali? Independentemente das respostas que não sabemos, achei absolutamente lógico e brilhante que a série acabasse com a morte de Jack, aquele olho em grande plano a fechar-se, o sorriso, a certeza de que tinha valido a pena, a certeza de que não morria em vão. Foi com ele que tudo começou, foram os seus olhos que vimos na nossa primera vez com esta série.
A realidade alternativa, ou flash-sideways, isso sim é o purgatório, e depois da tomada de consciência de alguns personagens (outros não estão prontos), vão cruzar para o céu e viver a eternidade ao lado do amor da sua vida. Este fim é sobretudo um final muito, muito cristão. Ainda que outras religiões se possam aqui rever, o final é, sem margem para dúvidas, cristão. A igreja, o caixão vazio, o Christian Shepard, Ben que não entra apesar de ser convidado (decide ficar no purgatório mais algum tempo a redimir-se dos seus pecados), isto é religião pura. Misturada com a antítese da solidão, depois de perdidos, finalmente encontrados para a eternidade.
É claro que todos queríamos mais. É claro que não andámos seis anos a ler foruns e teorias sobre a Dharma e a estátuta e os números e as mulheres que não podiam engravidar na ilha, etc etc, para ficarmos com tudo isto por responder. Mas eu prefiro a abordagem dos autores. Esta é uma série sobre pessoas perdidas na suas vidas, na sua fé, e como tudo o que vão viver naquela ilha lhes permite encontrar um sentido, uma direcção, um caminho. O resto é o resto, e para o resto haverá DVDs com extras, jogos de computadores e filmes (sim, agora estou absolutamente convencida que haverá filmes do Lost). Mas o season finale soube fechar o ciclo aberto no primeiro episódio de uma forma brilhante, comovente e inesperada, apesar de tudo.
Há muitos motivos que fazem do Lost a melhor série de todos os tempos. Por isso, os seus personagens, que tanto sofreram e penaram, que arriscaram e sacrificaram as suas vidas uns pelos outros, e ainda, que tanto nos deram ao longo destes anos, mereciam não morrer sós. Assim foi.
21.5.10
Fim-de-semana radical
A caminho dos Pirinéus, para fazer rafting nás águas do rio Gállego, muita dela proveniente das montanhas onde em Fevereiro estive a esquiar. Prevê-se também boa comida, álcool, jogos até às tantas da manhã, enfim, regabofe mascarado de actividades na natureza. Vai ser bonito, vai.
Indo eu, indo eu
A caminho do Pirinéu
Vou com dois chatos no carro
E com outra com o mesmo nome que eu!
(Não deu para continuar porque a malta não me deixa cantar, são uns bandidos.)
Indo eu, indo eu
A caminho do Pirinéu
Vou com dois chatos no carro
E com outra com o mesmo nome que eu!
(Não deu para continuar porque a malta não me deixa cantar, são uns bandidos.)
20.5.10
Mas para algumas até parece fácil
E depois há a Kitty Fane, que faz passatempos e nem por isso o blog fica pior. São espaçados no tempo e com uns textos curtos e claros e delicados que até se fica com vontade de ler mesmo sabendo que aquilo é um passatempo (argh). Aliás, tudo no blog dela consegue ser harmonioso, até quando refila é engraçada. Inspira-me assim uma onda semi relaxante parecida como quando vou levar uma massagem.
A Kitty Fane lembra-me a minha professora de português do 7º ano, era super feminina e andávamos todas de roda dela disputando a sua atenção e a pseudo-amizade. Imaginávamos que era possível crescer e ficar assim. Depois tornámo-nos todas mais feministas que femininas, mais duras que delicadas. Coisas da vida.
A Kitty Fane lembra-me a minha professora de português do 7º ano, era super feminina e andávamos todas de roda dela disputando a sua atenção e a pseudo-amizade. Imaginávamos que era possível crescer e ficar assim. Depois tornámo-nos todas mais feministas que femininas, mais duras que delicadas. Coisas da vida.
19.5.10
Ser rico
É por coisas como estas (vide post surreal) que eu sei que mesmo que tentasse com muita força nunca conseguiria ser, nem genuinamente e nem sequer de bom grado, uma rica dondoca e alegremente despreocupada. É que o luxo não me deslumbra por aí além. Mesmo. Se calhar isto é conversa de pobre, mas se assim é tanto melhor, também não quero enganar ninguém.
O único motivo que me faz realmente desejar ter muito dinheiro, é que esse muito dinheiro permitiria-me ter (comprar) TEMPO para gastar esta vida a fazer as coisas que realmente quero fazer.
Agora, nem de perto nem de longe essas "coisas que eu realmente quero fazer" incluem como estilo de vida bombar o preço de um T2 em Madrid numa tarde de compras, por exemplo.
É que o dinheiro vem com responsabilidade às costas, de modos que se não for usado decentemente depois no fim (só) fica a culpa. Sempre me perguntei como é que os muito muito ricos, em geral e fora alguma inusitada excepção, não sentiam isto. Deve fazer parte de ser-se rico. Ou então, é mesmo problema meu.
O único motivo que me faz realmente desejar ter muito dinheiro, é que esse muito dinheiro permitiria-me ter (comprar) TEMPO para gastar esta vida a fazer as coisas que realmente quero fazer.
Agora, nem de perto nem de longe essas "coisas que eu realmente quero fazer" incluem como estilo de vida bombar o preço de um T2 em Madrid numa tarde de compras, por exemplo.
É que o dinheiro vem com responsabilidade às costas, de modos que se não for usado decentemente depois no fim (só) fica a culpa. Sempre me perguntei como é que os muito muito ricos, em geral e fora alguma inusitada excepção, não sentiam isto. Deve fazer parte de ser-se rico. Ou então, é mesmo problema meu.
It smells like summer time
Estão 27 ºC em Madrid, esta é "A" temperatura perfeita. Mas não me lancem mau olhado que isto não vai durar, em breve estaremos cozidos com tanto calor.
Michelle R.
18.5.10
ABS surreal
Depois de dois dias a decidir como "emprateleirar" Cartagena (ou pelo menos o fim-de-semana que lá passei) acho não restam dúvidas de que foi assim parecido como as conversas da Bluebluesky. Surreal. Ou até mesmo (sur)real ou, como se diz em português, (sul)real.
Os meus amigos, grandes amigos, não sei se melhores que os vossos mas também não me interessa porque, seja como for, são meus e é a mim que mimam, vivem num dos vários campos de golfe que por ali existem. Tipo, têm jacuzzi no terraço e um corredor da largura da minha sala. Luxo e boa vida, check.
Depois, centro de Cartagena, arranjadinho, ou talvez seja melhor dizer que o epicentro de Cartagena está arranjadinho (dinheirinho da refinaria, ah pois é) mas depois, espreitando pelas transversais à rua principal vê-se mato e prédios devolutos e prédios muito feios cuja construção jamais deveria ter sido permitida em tempo algum. A metade do anfiteatro que sobreviveu ao tsunami da construção está afundada no meio de prédios mas, no meio da tristeza que sinto por ver património histórico tão maltratado, quase que me sinto também contente, gosto sempre quando vejo coisas piores que em Portugal. É um sentimento rasca, eu sei. Corrupção e pressão urbanística, check.
Almoçamos num restaurante de aspecto duvidoso mas com comida absolutamente fabulosa, até os tomates, e eu não sou muito amiga de tomates, mas a sério, que maravilha, um digníssimo manjar dos deuses, tenho a dizer. Tal foi a glutisse que só tirei foto aos restos do primeiro prato. Gastronomia, check.
As obras da refinaria nova são outra festa para os meus sentidos - sorry, sou engenheira química e sim, as fábricas são lindas quando são novas e/ou bem tratadas (alguém acha feia a torre de cracking catalítico que foi recuperada e está plantada no meio do Parque das Nações?). A refinaria está mesmo a ficar linda e é tudo enorme, o coker é tãooo imponente, a flare são na realidade três muito juntinhas, um mimo. Indústria, check.
Continuando o passeio e agradecendo aos céus ter-me presenteado amigos que me mostram a realidade e não apenas os campos de golfe, damos um passeio pelas serras esquartejadas por antigas minas desactivadas. Um horror, um cenário mad maxiano, no mínimo. É que não dá para explicar, só visto.
E chegamos ao creme de la creme mas ao contrário, a antiga baía de Portman, ex-futuro património da humanidade, actualmente um pântano à espera que alguém se lembre de restaurar os danos resultantes de décadas de descargas da porcaria mineira, se é que tal é possivel, afinal a natureza não é uma cadeira e um restauro não permite anular as barbaridades do passado. Crimes contra a humanidade, check.
A aldeia de Portman vai pela mesma linha, um lugarejo feio de vivendas com piscinas e cães e gatos cadavéricos (tão a ver as fotos dos judeus em campos de concentração? isso) a vaguear por ali. Um horror, já sabem que a mim a questão dos animais (e a indiferença das pessoas e dos governos) revolta-me especialmente. Desrespeito pela vida animal, check.
Andamos três kilometros e estamos outra vez nos campos de golfe, foi como mudar de canal, trocar o chip, ligar a playstation, eu sei lá, é impossível que aquilo seja tudo o mesmo mundo, tão perto e tão longe, mas como, como? Surrealismo se ainda havia dúvidas, check.
À noite, noutro pueblo de mala muerte, descobrimos o melhor restaurante de sushi de todos os tempos. Mais uma pitada de surrealismo, pois. Como ali? Em Los Belones, seriously? Sushi? Bom? Não, não bom, estou mesmo a falar de mais outro manjar dos deuses. Mais gastronomia e surrealismo, duplo check.
O dia de praia foi o primeiro e foi bom, muito bom, a praia era recôndita e engraçada, a companhia fabulosa, a água limpa, os montes bonitos e imponentes. Torrar ao sol, check.
Mas ali ao lado está La Manga, uma língua de terra rodeada de mar que assim vista de longe mais parece um mini Dubai, mais da mesma fúria urbanística, mais corrupção e deixa construir, alto e grande, que é para render. Mais checks seja do que for, que me perdi.
Enfim, foi assim o meu fim-de-semana. Meio doce, meio amargo. Meio quero voltar a correr na sexta-feira, meio nunca mais te ponho os olhos em cima. Contas feitas, acho que vale a pena, ainda que seja por acaso ou circunstânica, conhecer estas terras improváveis, estes emaranhados do que é e do que podia ter sido. Há sempre mais mundos para além daqueles com que sonhamos. Isto era só um fim-de-semana na praia, Margarida, e tu a dar-lhe com as teorias de quantos mundos o mundo tem. Desta não estavas à espera. Vai buscar, check.
Os meus amigos, grandes amigos, não sei se melhores que os vossos mas também não me interessa porque, seja como for, são meus e é a mim que mimam, vivem num dos vários campos de golfe que por ali existem. Tipo, têm jacuzzi no terraço e um corredor da largura da minha sala. Luxo e boa vida, check.
Depois, centro de Cartagena, arranjadinho, ou talvez seja melhor dizer que o epicentro de Cartagena está arranjadinho (dinheirinho da refinaria, ah pois é) mas depois, espreitando pelas transversais à rua principal vê-se mato e prédios devolutos e prédios muito feios cuja construção jamais deveria ter sido permitida em tempo algum. A metade do anfiteatro que sobreviveu ao tsunami da construção está afundada no meio de prédios mas, no meio da tristeza que sinto por ver património histórico tão maltratado, quase que me sinto também contente, gosto sempre quando vejo coisas piores que em Portugal. É um sentimento rasca, eu sei. Corrupção e pressão urbanística, check.
Almoçamos num restaurante de aspecto duvidoso mas com comida absolutamente fabulosa, até os tomates, e eu não sou muito amiga de tomates, mas a sério, que maravilha, um digníssimo manjar dos deuses, tenho a dizer. Tal foi a glutisse que só tirei foto aos restos do primeiro prato. Gastronomia, check.
As obras da refinaria nova são outra festa para os meus sentidos - sorry, sou engenheira química e sim, as fábricas são lindas quando são novas e/ou bem tratadas (alguém acha feia a torre de cracking catalítico que foi recuperada e está plantada no meio do Parque das Nações?). A refinaria está mesmo a ficar linda e é tudo enorme, o coker é tãooo imponente, a flare são na realidade três muito juntinhas, um mimo. Indústria, check.
Continuando o passeio e agradecendo aos céus ter-me presenteado amigos que me mostram a realidade e não apenas os campos de golfe, damos um passeio pelas serras esquartejadas por antigas minas desactivadas. Um horror, um cenário mad maxiano, no mínimo. É que não dá para explicar, só visto.
E chegamos ao creme de la creme mas ao contrário, a antiga baía de Portman, ex-futuro património da humanidade, actualmente um pântano à espera que alguém se lembre de restaurar os danos resultantes de décadas de descargas da porcaria mineira, se é que tal é possivel, afinal a natureza não é uma cadeira e um restauro não permite anular as barbaridades do passado. Crimes contra a humanidade, check.
A aldeia de Portman vai pela mesma linha, um lugarejo feio de vivendas com piscinas e cães e gatos cadavéricos (tão a ver as fotos dos judeus em campos de concentração? isso) a vaguear por ali. Um horror, já sabem que a mim a questão dos animais (e a indiferença das pessoas e dos governos) revolta-me especialmente. Desrespeito pela vida animal, check.
Andamos três kilometros e estamos outra vez nos campos de golfe, foi como mudar de canal, trocar o chip, ligar a playstation, eu sei lá, é impossível que aquilo seja tudo o mesmo mundo, tão perto e tão longe, mas como, como? Surrealismo se ainda havia dúvidas, check.
À noite, noutro pueblo de mala muerte, descobrimos o melhor restaurante de sushi de todos os tempos. Mais uma pitada de surrealismo, pois. Como ali? Em Los Belones, seriously? Sushi? Bom? Não, não bom, estou mesmo a falar de mais outro manjar dos deuses. Mais gastronomia e surrealismo, duplo check.
O dia de praia foi o primeiro e foi bom, muito bom, a praia era recôndita e engraçada, a companhia fabulosa, a água limpa, os montes bonitos e imponentes. Torrar ao sol, check.
Mas ali ao lado está La Manga, uma língua de terra rodeada de mar que assim vista de longe mais parece um mini Dubai, mais da mesma fúria urbanística, mais corrupção e deixa construir, alto e grande, que é para render. Mais checks seja do que for, que me perdi.
Enfim, foi assim o meu fim-de-semana. Meio doce, meio amargo. Meio quero voltar a correr na sexta-feira, meio nunca mais te ponho os olhos em cima. Contas feitas, acho que vale a pena, ainda que seja por acaso ou circunstânica, conhecer estas terras improváveis, estes emaranhados do que é e do que podia ter sido. Há sempre mais mundos para além daqueles com que sonhamos. Isto era só um fim-de-semana na praia, Margarida, e tu a dar-lhe com as teorias de quantos mundos o mundo tem. Desta não estavas à espera. Vai buscar, check.
17.5.10
16 Maio 2010
Ontem, portanto. Abertura oficial da "minha" época balnear, este ano em águas mediterrânicas (como fazem os hermanos). A água do mediterrâneo em Maio é como a água do Atlântico no melhor dia de Agosto. E eu branca como a cal, mas com um bikini maravilhoso que me uma das minhas amigalhaças me trouxe do Rio em Novembro. Assim até dá gosto pôr-se em forma.
15.5.10
A vida não está fácil
Deve ser dura a vida das blogo stars, a sério que sim. Elas sabem que os passatempos transformam qualquer blog (mesmo um bom) em caca de galinha remisturada com ovos podres. No entanto, a tentação é grande, já se deduz que por cada passatempo recebem pelo menos o equivalente ao que oferecem à grande massa, pois é.
Que fácil é não vender a alma enquanto não há ninguém a querer comprar.
Que fácil é não vender a alma enquanto não há ninguém a querer comprar.
14.5.10
Felizmente
Há poucas coisas que uma sessão de compras ao final da tarde não resolva. E para me vingar das conspirações universais contra mim, ainda comi um fantástico-fabuloso-espectacular (y light) skinny muffin de mirtilos no Starbucks.
13.5.10
Aquelas dúvidas existenciais
O "I'm feeling lucky" (como podem ver na imagem, em espanhol, "voy a tener suerte") serve para alguma coisa?
I (want) to believe I can fly
Ouvi dizer (ainda quero googlar sobre isso, não vá ser um daqueles mitos urbanos bem congeminados) que da última vez que o vulcãozinho islandês esteve activo (tipo há uns 80 anos), esteve-o (activo, portanto) durante - wait for it - 2, dois, D-O-I-S anos.
Encontro-me oficalmente em estado generalizado de pânico (e crises de ansiedade profundas).
Encontro-me oficalmente em estado generalizado de pânico (e crises de ansiedade profundas).
12.5.10
Open your eyes, via CHP
Animais a fazer coisas de gente NUNCA é bom sinal. Não é fofinho, não é espectacular, não é para reencaminhar. É simplesmente nojento.
Isto a propósito do post "Open your eyes", nas Crónicas das Horas Perdidas.
Às vezes neurónios e sinapses e um bocadinho mais de espírito crítico não fazia mal nenhum, e guess what, não só é grátis, como não estraga o penteado. Nem parte as pontas.
Isto a propósito do post "Open your eyes", nas Crónicas das Horas Perdidas.
Às vezes neurónios e sinapses e um bocadinho mais de espírito crítico não fazia mal nenhum, e guess what, não só é grátis, como não estraga o penteado. Nem parte as pontas.
11.5.10
O caminho faz-se caminhando com estilo
Quando nos conhecemos, perguntei-lhe se estávamos as duas a concorrer para a mesma vaga. Mais tarde ela disse-me que tinha achado aquilo excessivamente competitivo, e acabámos as duas a rir porque na verdade eu tinha-me sentido desconfortável com a possibilidade de ter de sacar as garras. Não me apetecia competir com ela. Se eram realmente duas as vagas nunca teremos a certeza, mas a verdade é que eles ficaram com as duas. Depois disso fomos viver juntas, mais por imperativos financeiros que por qualquer outro motivo, e a coisa correu notavelmente bem, porque ficámos (e continuamos) amigalhaças do coração.
Um dia descobrimos que tinhamos os mesmos planos de carreira: estar uns anos numa área técnica, transitar para a gestão, talvez através do markting, talvez através das vendas, a dada altura fazer um MBA para adquirir conhecimentos e competências em áreas nas quais tivemos pouca formação universitária. Depois, enfim, depois logo se via, entre conquistar o mundo em geral, sermos felizes e lutarmos por ser profissionais reconhecidas numa área que continua a ser muito machista, o resto viria por acréscimo. A verdade é que respondemos de forma igual à pergunta "onde é que você se vê daqui a dez anos?". Os tipos tinham bem definido o perfil que procuravam, concluímos. Aparentemente, era mesmo o nosso.
Depois, tudo foi diferente. Somos tão parecidas numas coisas como absolutamente opostas noutras, e sendo assim, o mais natural era que os nossos caminhos divergissem nalgum ponto. Eu mudei de área técnica e de empresa, depois mudei outra vez de empresa e dessa vez para vendas e marketing. Ela não mudou de empresa, nem mudou de área técnica, e agora, não tendo mudado (novamente) de empresa, subiu para marketing e vendas. Neste momento temos funções, salários e regalias muito parecidas. Desafios também, sobretudo muitos, sobretudo difícéis. Mas aí está a graça.
Como eu costumo dizer, onde há crise há oportunidades, e mesmo que possa parecer que não, houve coisas que só foram como foram porque esta crise aconteceu. Mesmo as aparentemente más. Mas também a bem da verdade se diga, há coisas que são o que são porque foram enfrentadas sem medo, mesmo que às vezes com lágrimas, e tendo-os*** sempre bem colocados, para o que desse e viesse.
Minha querida, YOU ROCK. Bem-hajas e até já (we'll meet again on the way)!
(***cojones, por supuesto!)
Um dia descobrimos que tinhamos os mesmos planos de carreira: estar uns anos numa área técnica, transitar para a gestão, talvez através do markting, talvez através das vendas, a dada altura fazer um MBA para adquirir conhecimentos e competências em áreas nas quais tivemos pouca formação universitária. Depois, enfim, depois logo se via, entre conquistar o mundo em geral, sermos felizes e lutarmos por ser profissionais reconhecidas numa área que continua a ser muito machista, o resto viria por acréscimo. A verdade é que respondemos de forma igual à pergunta "onde é que você se vê daqui a dez anos?". Os tipos tinham bem definido o perfil que procuravam, concluímos. Aparentemente, era mesmo o nosso.
Depois, tudo foi diferente. Somos tão parecidas numas coisas como absolutamente opostas noutras, e sendo assim, o mais natural era que os nossos caminhos divergissem nalgum ponto. Eu mudei de área técnica e de empresa, depois mudei outra vez de empresa e dessa vez para vendas e marketing. Ela não mudou de empresa, nem mudou de área técnica, e agora, não tendo mudado (novamente) de empresa, subiu para marketing e vendas. Neste momento temos funções, salários e regalias muito parecidas. Desafios também, sobretudo muitos, sobretudo difícéis. Mas aí está a graça.
Como eu costumo dizer, onde há crise há oportunidades, e mesmo que possa parecer que não, houve coisas que só foram como foram porque esta crise aconteceu. Mesmo as aparentemente más. Mas também a bem da verdade se diga, há coisas que são o que são porque foram enfrentadas sem medo, mesmo que às vezes com lágrimas, e tendo-os*** sempre bem colocados, para o que desse e viesse.
Minha querida, YOU ROCK. Bem-hajas e até já (we'll meet again on the way)!
(***cojones, por supuesto!)
10.5.10
Já em Madrid
Bolas, isto foi um dia longo. Espero que à cinza vulcânica não lhe dê para isto todas as segundas. Fora isso, estou viva e pronta para outra.
Dois apontamentos:
- sim, eu sei que o Benfica ganhou (e ganhou bem) e que a comemoração é importante, mas pareceu-me um bocado excessivo que às 8 da manhã de hoje SÓ dessem parolos bêbedos a fazerem figuras tristes, e notícias úteis a avisar as pessoas que o aeroporto estava fechado, nicles batatóides;
- mais escandaloso mesmo, só a página da ANA, que não se dignava a avisar os passageiros do sucedido. Basicamente, descobri que na Portela não se voava na página da AENA (a ANA espanhola). Vai buscar.
Dois apontamentos:
- sim, eu sei que o Benfica ganhou (e ganhou bem) e que a comemoração é importante, mas pareceu-me um bocado excessivo que às 8 da manhã de hoje SÓ dessem parolos bêbedos a fazerem figuras tristes, e notícias úteis a avisar as pessoas que o aeroporto estava fechado, nicles batatóides;
- mais escandaloso mesmo, só a página da ANA, que não se dignava a avisar os passageiros do sucedido. Basicamente, descobri que na Portela não se voava na página da AENA (a ANA espanhola). Vai buscar.
À espera de embarcar (not)
Pedi a todos os santinhos que a nuvem de cinzas não chegasse a Madria, e a bandida, armada em esperta, chegou a Lisboa!!! Que bommmm! Lá vou eu ter que ir de carro para Madrid, que divertido. Bom, até pode ser que sim, que vamos ser três, e toda a gente sabe que mais vale bem acompanhada que só.
9.5.10
A chair is a chair
Eu adoro cadeiras. Pronto, é isto. Não há peça de mobiliário, para mim, tão à nossa imagem e semelhança. Mesmo as camas, essenciais à nossa (feliz) existência, têm na sua génese a posição horizontal e esse factor trás-me sempre à ideia a morte, conceito sobre o qual não me sinto particularmente cómoda em elaborar. Mas as cadeiras... ah, as cadeiras, há tantas e de tantas formas e cores e materiais, e todas têm braços e pernas e ombros e costas, tal como nós. Deve ser por isto que eu vejo sempre numa cadeira, mesmo quando é uma cadeira desprezada e posta de lado, um potencial de reaproveitamento e de reutilização praticamente infinito. A verdade é que provavelmente usamos muito mais tempo da nossa vida sentados, que a andar ou deitados.
Estas, por exemplo, são lindas e mais velhas que eu. Mereciam mais mimos, uma pintura nova quiçá, mas o tempo nunca abunda, e bom, um tecido novo faz milagres...
Estas, por exemplo, são lindas e mais velhas que eu. Mereciam mais mimos, uma pintura nova quiçá, mas o tempo nunca abunda, e bom, um tecido novo faz milagres...
Antes e depois - pronta para outra!
8.5.10
7.5.10
By the way
Estou em Lisboa. E também profundamente desiludida com a D.Emília. Chega uma pessoa de fim-de-semana toda laroca, vai de abrir a porta do quarto a ver que tal a mestria almofadeira da semana, e é sempre a mesma coisa, ou assim ou assado. Quer dizer. Assim não vale.
(Então bom fim-de-semana, minhas jóias!)
(Então bom fim-de-semana, minhas jóias!)
Quota time
Vi que havia algo de errado quando assim sem aviso prévio o Facebook passou a estar acessível, quando esteve bloqueado toda a santa vida. Passado uns dias, o blogger não estava acessivel, mas os blogs sim (ou seja podia-se ver mas não publicar...). Lá pensei, mau, eles andém aí com umas actualizações perigosas e estou aqui estou a ficar sem gmail e gtalk e tudo e tudo. Ontem percebi finalmente o grande plano: agora temos "quota time" para ver certas e determinadas páginas (i wonder if it includes porn...). Primeiro fiquei em pânico a pensar que os sessenta minutos eram tipo para o mês inteiro, mas não, os tipos foram mesmo razoáveis. 60 minutos por cada 24 horas, partidos em seis blocos. Excelente, parece-me, que em vez de tentarem que as pessoas não possam ver nada, as deixem ver, mas com limites. Afinal, se uns vão fumar, outras re-maquilhar-se três vezes ao dia, outros coscuvilhar, etc., etc., etc., porque é que os nerds que gostam da net não podem ficar na net? (Claro que isto só se gasta quota time quando se está na VPN ou directamente ligado aos servidores da empresa, mas pronto, eu faço-me de parva e finjo que não percebi, ih ih ih...)
6.5.10
Apenas o melhor
Uma vez um director de recursos humanos criticou-me, dizendo-me que eu tinha muita pressa, e que ficar “ali” e ter calma, seguramente me conduziria à carreira que eu desejava. Ele tinha razão na parte do eu ser impaciente, mas não tinha razão ao achar que “ali” era a única maneira de se atingir o objectivo proposto. Talvez não fosse uma questão de razão, talvez fosse simplesmente porque aquele papel tinha de ser feito, embora aquela parte do nos quererem convencer que apenas e só numa empresa vamos aprender, crescer, vingar e vencer e mesmo até quiça conseguir respirar me pareça a mim um argumento algo rebuscado, diria até demodé, de convencer alguém a ficar. Tipo uuuuuuh, o mundo lá fora é mau, tu fica mas é aqui quiteinha e tudo irá pelo melhor (no melhor dos mundos possiveis, complementaria então Cândido se estivesse presente).
Nunca deixei de acreditar que naquela empresa podia ter feito carreira. Mas nunca ninguém me convenceu é que esse percurso (ou qualquer percurso) tem de ser feito à custa da (in)felicidade pessoal. Não me arrependi. Se fui sempre feliz desde então? Não – pudera. Com esta insatisfação permanente que me assola, só sou realmente feliz quando não penso nisso, e para não pensar nisso, tenho de ocupar estes neurónios malvados com coisas realmente ternurentas (como amassar os meus gatos enquanto eles se babam em cima de mim) ou relaxantes (massagenzinhas) ou ainda, vocês sabem o quê. Pouco mais.
Na mesma, demorei tempo a perdoar essa empresa por me ter enganado, por me ter enviado para um buraco e, sobretudo, por achar que podia decidir por mim como ia ser a minha vida, e esperar que eu me ficasse, tão tranquila, como se nada fosse. Não sei bem em que parte do caminho lhe perdoei, mas ontem, quando falava com uma das minhas amigalhaças do coração, percebi que não, que já não havia nada mais que lembranças, não havia nem uma réstea de ressentimento, muito menos mágoa. Como se tivesse sido um grande amor do passado a quem hoje desejamos o melhor, genuinamente, mas nada mais que isso.
Nunca deixei de acreditar que naquela empresa podia ter feito carreira. Mas nunca ninguém me convenceu é que esse percurso (ou qualquer percurso) tem de ser feito à custa da (in)felicidade pessoal. Não me arrependi. Se fui sempre feliz desde então? Não – pudera. Com esta insatisfação permanente que me assola, só sou realmente feliz quando não penso nisso, e para não pensar nisso, tenho de ocupar estes neurónios malvados com coisas realmente ternurentas (como amassar os meus gatos enquanto eles se babam em cima de mim) ou relaxantes (massagenzinhas) ou ainda, vocês sabem o quê. Pouco mais.
Na mesma, demorei tempo a perdoar essa empresa por me ter enganado, por me ter enviado para um buraco e, sobretudo, por achar que podia decidir por mim como ia ser a minha vida, e esperar que eu me ficasse, tão tranquila, como se nada fosse. Não sei bem em que parte do caminho lhe perdoei, mas ontem, quando falava com uma das minhas amigalhaças do coração, percebi que não, que já não havia nada mais que lembranças, não havia nem uma réstea de ressentimento, muito menos mágoa. Como se tivesse sido um grande amor do passado a quem hoje desejamos o melhor, genuinamente, mas nada mais que isso.
Maio
Estamos em Maio e isso é bom. Gosto de Maio, Maio é o primeiro dos meses sem R e eu sou ao contrário do marisco, estou (bem) melhor nos meses sem R.
5.5.10
Este blog é do signo touro
Ser do signo touro é muito pertinente para um blog, especialmente para um blog based in Madrid quase desde o seu nascimento, como o Há Mais Mundos. Este blog comemora hoje o seu terceiro aniversário, e eu que nem sou nada de festejos até me apetece celebrar, que três anos em vida de blog é um marco. Além do mais, em tempo de crise (e de dieta) todas as desculpas são boas desculpas para uma celebração. Entretanto, estava aqui a pensar oferecer um sitemeter ao blog, mas não garanto nada (ouvisteS blog?) que isto, entre a falta de tempo e a azelhice inata, é um vê se te avias. Para já, fica a foto gulosa (sim, é o que dá ter uma vida saudável, só penso em doces a toda a hora).
David Alpuche
1.5.10
Dia com colestrol (ah, e triglicéridos, já me esquecia)
O momento de ramboia alimentar da semana está a ser saborosamente preenchido com o novíssimo Häagen Dazs de Chocolate, Pralines & Caramel. Uma bomba calórica em grande escala, não tenham dúvidas. Eu bem procurei pelas embalagens pequeninas mas não havia, fui moralmente forçada a trazer o bajolo de meio kilo para casa. Felizmente, tenho a dizer que é um bocado enjoativo (portanto não o devorei todo de uma vez - só um quinto para já), como de resto todos os sabores com chocolate desta marca. Assim sendo, o meu all times favorite continua a ser o Pralines & Cream. Mas é a vida, uma pessoa tem de experimentar, nunca se sabe quando é que se vai encontrar uma nova doçaria para nos desgraçar a vida.
Em arrumações
Como hoje está tudo fechado e não posso ir comprar sandálias e vestidinhos de Verão, mudei o chip para vamos lá mas é arrumar a tralha, que eu por muito que tente sinto sempre que tenho coisas desarrumadas por todo o lado.
E comecei pela minha já ampla colecção de revistinhas de decoração espanholas. Pena que a outra metade esteja em Lisboa. Agora é só dar-lhe ordem cronológica e descobrir uma forma eficiente de as ter sempre à mão. E depois passo ao roupeiro (ai)...
E comecei pela minha já ampla colecção de revistinhas de decoração espanholas. Pena que a outra metade esteja em Lisboa. Agora é só dar-lhe ordem cronológica e descobrir uma forma eficiente de as ter sempre à mão. E depois passo ao roupeiro (ai)...
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