1 - Estive doente. Outra vez. Desta vez foi gripe a sério, para o ano deixo-me de tretas e vou tomar a vacina com os velhotes.
2 - Doente doente, na cama, até faltei ao jantar de Natal da empresa, tenho mesmo muita sorte...
3 - Madrid tem 6 milhões de habitantes. Descobri que a Sara Carbonero vive na minha rua. Espero continuar sem me cruzar com a Sara, para não ter de lhe perguntar porque é que uma gaja boa como ela precisou de se operar às mamas.
10.12.10
Enquanto espero
Este blog não revela quase nada sobre mim. Descobre-se facilmente que gosto de gatos, o que também não é bem verdade, já que a minha relação com gatos vai muito para além de gostar deles. Não é como as meninas que gostam de golfinhos e portanto têm nicks relacionados com golfinhos, avatares de golfinhos, almofadas de golfinhos e provavelmente até cueca fio dental com um golfinho à frente. Não tem mesmo nada a ver.
A questão é que eu não gosto muito de escrever sobre o que penso. Gosto muito de pensar, aliás, sou tendencialmente obsessivo-compulsiva em muitas coisas, pensar uma delas, e normalmente penso demasiado e acabo exausta. Encarar a vida como um jogo de xadrez em que há que medir tudo vinte jogadas à frente é faraónico além de inútil, que no xadrez as regras são as que são e as peças também, e já é complicado da breca, na vida não há regras nem peças definidas, há só muitas nuances e mal entendidos.
No gosto de escrever o que penso em parte por isso de que penso demasiado e nunca fui muito boa a resumir, nem me apetece resumir, gosto de ouvir-me a mim própria, mesmo quando são só pensamentos. Provavelmente, se o blog fosse anónimo cortava-me menos, que todos temos muito tomates sob a capa do anonimato, mas não é, e sinceramente não me apetece ter um blog anónimo. E vá, eu tentei mas as graxices habituais da blogosfera não são para mim, e as guerras com seres que não conheço de lado nenhum e têm tempo a mais nas mãos, também não.
Por isso os blogs que gosto e leio são quase os mesmos que há quatro anos (com alguma honrosa excepção) e estou sempre vai que não vai para acabar com isto. Mas não acabo, porque depois me lembro das pessoas que tenho e que não teria conhecido a não ser devido à existência do blog, e como várias se tornaram parte importante da minha vida, e convenhamos, isto é condição mais que necessária e suficiente para manter um blog.
Sempre vou postando umas fotos dos gatos que por aqui passam em direcção a uma vida melhor. De resto, não se espere muito de mim por aqui. Eu não estou aqui, aqui são letras.
A questão é que eu não gosto muito de escrever sobre o que penso. Gosto muito de pensar, aliás, sou tendencialmente obsessivo-compulsiva em muitas coisas, pensar uma delas, e normalmente penso demasiado e acabo exausta. Encarar a vida como um jogo de xadrez em que há que medir tudo vinte jogadas à frente é faraónico além de inútil, que no xadrez as regras são as que são e as peças também, e já é complicado da breca, na vida não há regras nem peças definidas, há só muitas nuances e mal entendidos.
No gosto de escrever o que penso em parte por isso de que penso demasiado e nunca fui muito boa a resumir, nem me apetece resumir, gosto de ouvir-me a mim própria, mesmo quando são só pensamentos. Provavelmente, se o blog fosse anónimo cortava-me menos, que todos temos muito tomates sob a capa do anonimato, mas não é, e sinceramente não me apetece ter um blog anónimo. E vá, eu tentei mas as graxices habituais da blogosfera não são para mim, e as guerras com seres que não conheço de lado nenhum e têm tempo a mais nas mãos, também não.
Por isso os blogs que gosto e leio são quase os mesmos que há quatro anos (com alguma honrosa excepção) e estou sempre vai que não vai para acabar com isto. Mas não acabo, porque depois me lembro das pessoas que tenho e que não teria conhecido a não ser devido à existência do blog, e como várias se tornaram parte importante da minha vida, e convenhamos, isto é condição mais que necessária e suficiente para manter um blog.
Sempre vou postando umas fotos dos gatos que por aqui passam em direcção a uma vida melhor. De resto, não se espere muito de mim por aqui. Eu não estou aqui, aqui são letras.
8.12.10
Mercadillos de Natal em Madrid
Mercado navideño de la plaza Mayor, Plaza Mayor. Até 6 de Janeiro.
Mercadillo de artículos de broma, Plaza de Santa Cruz. Até 6 de Janeiro.
Feria del Mercado y la Artesanía, Plaza de España. De 17 de Dezembro a 5 de Janeiro.
Mercadillo de Juguetes baratos en Madrid, Glorieta San Bernardo. Até 6 de Janeiro.
Feria de la Artesanía de Navidad, Plaza de Santo Domingo. Até 6 de Janeiro.
Feria Navideña de Chueca, Plaza de Chueca. Até 10 de Janeiro.
Feria Navideña de Callao, Plaza de Callao. Até 15 de Janeiro.
Feria Navideña del Carmen, Plaza del Carmen. Até 9 de Janeiro.
Mercadillo de Navidad de la Fundación Síndrome de Down. C/ Caídos de la División Azul, 21. De 11 a 18 de Dezembro, de 11,30 a 20 horas.
Mercadillo de Navidad Sostenible, Plaza de Santa Ana. De 22 de Dezembro a 6 de Janeiro.
Mercadillo Solidario de Navidad de La Orden de Malta, Parroquia San Luis de los Franceses. De 13 a 19 de Dezembro.
Mercadillo de artículos de broma, Plaza de Santa Cruz. Até 6 de Janeiro.
Feria del Mercado y la Artesanía, Plaza de España. De 17 de Dezembro a 5 de Janeiro.
Mercadillo de Juguetes baratos en Madrid, Glorieta San Bernardo. Até 6 de Janeiro.
Feria de la Artesanía de Navidad, Plaza de Santo Domingo. Até 6 de Janeiro.
Feria Navideña de Chueca, Plaza de Chueca. Até 10 de Janeiro.
Feria Navideña de Callao, Plaza de Callao. Até 15 de Janeiro.
Feria Navideña del Carmen, Plaza del Carmen. Até 9 de Janeiro.
Mercadillo de Navidad de la Fundación Síndrome de Down. C/ Caídos de la División Azul, 21. De 11 a 18 de Dezembro, de 11,30 a 20 horas.
Mercadillo de Navidad Sostenible, Plaza de Santa Ana. De 22 de Dezembro a 6 de Janeiro.
Mercadillo Solidario de Navidad de La Orden de Malta, Parroquia San Luis de los Franceses. De 13 a 19 de Dezembro.
7.12.10
Nunca é tarde para aprender a ver
Curso de Desenho: Aprender a Ver
O segredo do desenho à vista é desenhar o que está à nossa frente e não o que achamos que deveria ser. Parece simples, e na realidade é, mas intuitivamente transformamos e simplificamos o mundo a nossa volta, aqui reside o conflito quando vamos desenhar.
É necessário desbloquearmo-nos dos símbolos e aprendermos a ver. Esta aptidão tem aplicações em todas as áreas e desenvolve o pensamento criativo. Desenhar é uma forma de expressão artística, a experimentação de diferentes materiais e técnicas é parte integrante desta introdução à vasta e fascinante disciplina.
Duas artistas, dois pontos de vista que irão fazer deste curso uma experiência enriquecedora.
Professoras: Ana Fonseca e Marta Sales
Início do curso: 3 ou 7 de Janeiro 2011
Duração do curso: 2 meses
Horários: Seg. 19:30 às 22h e Sex 19:30 às 22h
Inscrição: 60 euros (inclui um kit de iniciação)
Mensalidade: 90 euros
Turma com mínimo de 6 alunos e máximo de 12 alunos
Promoção: Redução de 25% na inscrição para todos os alunos que se inscrevam até ao dia 20 de Dezembro 2010
Atelier do Cardal
Rua do Cardal de São José, 6A, 1150 Lisboa
Como chegar ao Atelier do Cardal: Virar para a Rua das Pretas, quando na Avenida da Liberdade, depois, virar na primeira à esquerda (R. São José), primeira à direita (R. da Fé) e Rua do Cardal de São José fica na primeira à esquerda.
Blog da Marta Sales: http://codigo-postal-para-ausentes.blogspot.com/
O segredo do desenho à vista é desenhar o que está à nossa frente e não o que achamos que deveria ser. Parece simples, e na realidade é, mas intuitivamente transformamos e simplificamos o mundo a nossa volta, aqui reside o conflito quando vamos desenhar.
É necessário desbloquearmo-nos dos símbolos e aprendermos a ver. Esta aptidão tem aplicações em todas as áreas e desenvolve o pensamento criativo. Desenhar é uma forma de expressão artística, a experimentação de diferentes materiais e técnicas é parte integrante desta introdução à vasta e fascinante disciplina.
Duas artistas, dois pontos de vista que irão fazer deste curso uma experiência enriquecedora.
Professoras: Ana Fonseca e Marta Sales
Início do curso: 3 ou 7 de Janeiro 2011
Duração do curso: 2 meses
Horários: Seg. 19:30 às 22h e Sex 19:30 às 22h
Inscrição: 60 euros (inclui um kit de iniciação)
Mensalidade: 90 euros
Turma com mínimo de 6 alunos e máximo de 12 alunos
Promoção: Redução de 25% na inscrição para todos os alunos que se inscrevam até ao dia 20 de Dezembro 2010
Atelier do Cardal
Rua do Cardal de São José, 6A, 1150 Lisboa
Como chegar ao Atelier do Cardal: Virar para a Rua das Pretas, quando na Avenida da Liberdade, depois, virar na primeira à esquerda (R. São José), primeira à direita (R. da Fé) e Rua do Cardal de São José fica na primeira à esquerda.
Blog da Marta Sales: http://codigo-postal-para-ausentes.blogspot.com/
I am an Animal Rescuer
My work is never done,
My home is never quiet
My wallet is always empty
But my heart is always full
Annette King-Tucker
3.12.10
Anjinho da guarda, em terra
Qual era a probabilidade de eu não voar, hoje? Numa situação normal, a probabilidade era muito, mas mesmo muito, baixa. No entanto 2010 está a ser um ano definitivamente não normal, e por isso cá estou eu, quentinha e sequinha ao lado do aquecimento, descubrindo que aos controladores de tráfego aéreo acabou-se-lhes a paciência. Resultado: espaço áreo espanhol fechado. E sendo verdade que é mesmo muito fodido para os pelos menos duzentos e cinquenta mil que estão em terra e não têm culpa nenhuma, também é certo que, nestes nossos dias de crise em que as entidades patronais fazer o que querem dos subditos trabalhadores e usam o medo como se fosse isso fosse um argumento perfeitamente legítimo, ver um colectivo com tantos tomates até é inspirador. Não sei se têm razão ou não, mas já dizia o outro, a união faz a força. Olé.
30.11.10
Fernando Pessoa, 75 anos depois
Obrigada Feiticeira, por me lembrares que hoje é um dia especial, e pelo magnífico poema, mesmo, mesmo a calhar, quase que o podia vestir de tão bem que me assenta neste final de década (sim, a década só agora acaba realmente).
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive
Ricardo Reis
(Sempre foi o meu preferido.)
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive
Ricardo Reis
(Sempre foi o meu preferido.)
29.11.10
E neva em Madrid
Este ano ainda mais cedo. Aaah, que saudades do caos e da desordem, de Barajas fechado e da M-30 colapsada, do carro a derrapar e dos bate-cus nos passeios acimentados.... o Inverno é lindo.
(Edit: foi uma nevadazita sem jeito, e eu aqui sonhando com nevões apocalípticos.)
(Edit: foi uma nevadazita sem jeito, e eu aqui sonhando com nevões apocalípticos.)
27.11.10
25.11.10
Inspira, expira
Em modo princípio de Hanlon, tentando não atribuir à malícia o que pode ser explicado pela estupidez.
22.11.10
19.11.10
18.11.10
15.11.10
14.11.10
Lisboa, by Rititi
Quem sou eu para recomendar a Rititi, ninguém, está claro, que os seus textos são sempre para cima de excelentes. Mas este sobre Lisboa, deixou-me com lágrimas nos olhos. Porque a mesma angústia que eu sinto estava toda lá, esse fado de amar Lisboa mas reconhecer, um bocadinho mais todos os dias, que a decadência romântica e pós-depressiva da cidade que sempre será a minha paixão, é gira nos clubes ferroviários, fábricas e bares do cais do sodré, é fixe para os fins-de-semana, que a luz (ah, a luz) e as colinas e o rio são do melhor para fazer avultado uso da câmara e do tripé, mas depois, contas feitas, e de novo, cada dia um bocadinho mais, é por cá que me vou vendo, e vou respondendo que não, para já não volto, estou feliz em Madrid, e o que é que eu vou fazer para Lisboa afinal. E então voltar começou a ser um plano a médio prazo, e quem sabe se o médio prazo não será um dia o longo prazo, ou então volto a Lisboa por acidente, por uma proposta milionária improvável e irrecusável, mas uma coisa é certa, eu continuo a acreditar que um dia vou voltar a Lisboa, que se não volto a Lisboa não volto a Portugal, mas sei cada vez menos quando, e nesta vida quantos quandos não são realmente ses.
Diz-me que categorias tens no reader, dir-te-ei quem és?
Não sei, mas as minhas são:
- Blogs (os pessoais)
- Animais
- Madrid
- Decoração
- Moda
- MBA
- Outros (aahhh)
- Blogs (os pessoais)
- Animais
- Madrid
- Decoração
- Moda
- MBA
- Outros (aahhh)
Reader
Depois do entusiasmo inicial, acabei de apagar uns trinta blogs do meu google reader. Uma média mais ou menos constante de três mil posts para ler assim o ditou.
4.11.10
Na próxima casa onde viver (já não mudo há muito tempo, ando stressada, preciso de um sítio novo) vou dedicar uma parede a colocar molduras com as fotos de todos os gatos da minha vida, ou seja, dos pequenos e grandes que foram espertos o suficiente, ou tiveram a sorte, que cruzar vistas comigo. Comecei a fazer contas e já tenho com que me entreter.
5ª feira é um dia lindo
Ser feliz por antecipação é espectacular. Às vezes é mesmo o melhor de tudo, já que, chegando efectivamente o fim da 6ª (logo, o fim de semana), o cansaço é tanto que só me resta ser feliz em sonhos, ie, dormindo.
50 blogs depois
Que enjoo o histerismozinho com a colecção Lanvin para a H&M. Certificarme-ei de não comprar mesmo nada (por engano, eu sei lá).
2.11.10
Um fim-de-semana prolongado depois
Não há caipirinha como aquela feita com cachaça Leblon (e muito amor e açucar).
30.10.10
E finalmente vou descansar
Dias cheios estes últimos.
Obrigada às queridas que me enviaram mail a perguntar se estava tudo bem. Está tudo bem. :)
O video maniático e violento so early 90's foi postado porque 1) estou viciada na música; 2) já tinha saudades do Eminem e 3) o panhonha do Charlie do Lost tem vindo a ganhar pontos, já o personagem pseudo-mauzão d Flashforward me agradou, e neste video está excelente: já viram bem aquele dorso? E aqueles braços, ai.
E agora, finalmente, vou descansar. Abençoada ponte, por certo, o primeiro 1º de Novembro que vou passar em Madrid.
Obrigada às queridas que me enviaram mail a perguntar se estava tudo bem. Está tudo bem. :)
O video maniático e violento so early 90's foi postado porque 1) estou viciada na música; 2) já tinha saudades do Eminem e 3) o panhonha do Charlie do Lost tem vindo a ganhar pontos, já o personagem pseudo-mauzão d Flashforward me agradou, e neste video está excelente: já viram bem aquele dorso? E aqueles braços, ai.
E agora, finalmente, vou descansar. Abençoada ponte, por certo, o primeiro 1º de Novembro que vou passar em Madrid.
28.10.10
24.10.10
Tudo se resume a moderação
É só isto, mas é obviamente difícil de aceitar (mais que compreender).
O exemplo do fumar é fácil e chiché, e se eu fosse pela mesma bitola dos extremismos de que em minha casa blablabla whiskas saquetas, fumaria a torto e a direito independentemente dos que na minha casa entram. No entanto, como isso seria apenas reduzir-me a esses extremismos que critico, já por muitas vezes deixei de fumar na minha própria casa, ou fumei menos, ou fui fumar para a cozinha. Às vezes devido à presença de uma criança, outras de uma grávida, ou até mesmo simplesmente porque sei que há alguém a quem realmente lhe incomoda muito o fumo (eu também não gosto de fumo, nem de cinzeiros sujos, e tenho a casa cheia de velas). Faço-o porque gosto que mi casa sea su casa también, a dos amigos dos quais gosto e que de mim gostam, sem classificações ou clichés morais que nos separem.
Segundo a lei, estou no meu inteiro direito de lhes encharcar as crianças e os fetos de fumo. Estou na minha casa e na minha casa mando eu. Mas como eu penso, sei lá, eu pondero, analiso as situações, não me custa nada fazê-lo. Gostava que às vezes, o contrário também se verificasse. Gostei do texto abaixo porque a pessoa tem este tipo de postura ponderada que tanto falta às discussões sobre fumar nos dias de hoje. Não é um cigarro ou dois num serão inteiro que vai fazer cancro aos coitadinhos dos passivos. Eu sei e eles sabem que é uma questão de postura. Exagerada, normalmente. Hoje está na moda, amanhã será passado. Simple as that.
O exemplo do fumar é fácil e chiché, e se eu fosse pela mesma bitola dos extremismos de que em minha casa blablabla whiskas saquetas, fumaria a torto e a direito independentemente dos que na minha casa entram. No entanto, como isso seria apenas reduzir-me a esses extremismos que critico, já por muitas vezes deixei de fumar na minha própria casa, ou fumei menos, ou fui fumar para a cozinha. Às vezes devido à presença de uma criança, outras de uma grávida, ou até mesmo simplesmente porque sei que há alguém a quem realmente lhe incomoda muito o fumo (eu também não gosto de fumo, nem de cinzeiros sujos, e tenho a casa cheia de velas). Faço-o porque gosto que mi casa sea su casa también, a dos amigos dos quais gosto e que de mim gostam, sem classificações ou clichés morais que nos separem.
Segundo a lei, estou no meu inteiro direito de lhes encharcar as crianças e os fetos de fumo. Estou na minha casa e na minha casa mando eu. Mas como eu penso, sei lá, eu pondero, analiso as situações, não me custa nada fazê-lo. Gostava que às vezes, o contrário também se verificasse. Gostei do texto abaixo porque a pessoa tem este tipo de postura ponderada que tanto falta às discussões sobre fumar nos dias de hoje. Não é um cigarro ou dois num serão inteiro que vai fazer cancro aos coitadinhos dos passivos. Eu sei e eles sabem que é uma questão de postura. Exagerada, normalmente. Hoje está na moda, amanhã será passado. Simple as that.
23.10.10
Fumar
Vou passar a andar com este texto no bolso para oferecer aos meus amigos, todos aqueles (cada vez mais) que gentilmente me recebem em suas casas para depois educadamente me expulsarem para a varanda, ao frio e à chuva se for caso disso, evitando assim que contamine o ambiente oxigénio-activo das seus preciosos salões. Ou talvez não valha a pena, são discussões perdidas... não creio que, cegos pela moral proibicionista dos nossos tempos, o possam compreender.
Soy una ex fumadora tranquila. Si alguien me pregunta si me molesta que fume delante de mí, o en el salón de mi casa, le respondo que no, y espero de su buen sentido que no me atufe insistentemente la vivienda ni el ropero, que comprenda que no finjo la tos que me entra en seguida e imagine que me pasaré la noche tosiendo. No añoro el cigarrillo, de modo que ver fumar no me tienta. Pero respeto el derecho de cada cual a su espacio -odio la palabra “cubículo”-, a hacer lo que quiera mientras no perjudique a los no fumadores.
Legislar eso está bien: pero no más. Me parece razonable no ser fanático: “¡En mi casa no se fuma!”. Pues no. En mi casa no se asesina ni se roba ni se tortura ni se pega ni se calumnia y, a ser posible, no se miente. Si alguien quiere fumar, fuma. Sin prender un pito con la colilla del otro, claro.
¿Llegará un día en que tendré que ir a declarar a comisaría porque en mi comedor han hallado refugio algunos indeseables que pretendían prolongar el placer de la comida y la compañía encendiendo un cigarrillo? Llegará un día, me temo.
No son apestados. Y no son equivocados con derecho a redención. No estoy en contra de las leyes que prohíben con eficacia la pena de muerte, por ejemplo, pero sí me opongo a la oleada de buenapensancia que nos cubre hasta por encima del cuello. Un bien pensar que no se extiende, por ejemplo, a prohibirle a Díaz Ferrán que contamine con su ejemplo a los empresarios.
Habría que intentar convivir. Pues si lo hacemos con las fábricas de tabaco y los bufetes de abogados que las apoyan, y con los vendedores de cajetillas, y con los beneficiados por los impuestos que generan los fumadores, no sé por qué no tenemos que ser amables con sus víctimas, los fumadores mismos.
Por Maruja Torres
Soy una ex fumadora tranquila. Si alguien me pregunta si me molesta que fume delante de mí, o en el salón de mi casa, le respondo que no, y espero de su buen sentido que no me atufe insistentemente la vivienda ni el ropero, que comprenda que no finjo la tos que me entra en seguida e imagine que me pasaré la noche tosiendo. No añoro el cigarrillo, de modo que ver fumar no me tienta. Pero respeto el derecho de cada cual a su espacio -odio la palabra “cubículo”-, a hacer lo que quiera mientras no perjudique a los no fumadores.
Legislar eso está bien: pero no más. Me parece razonable no ser fanático: “¡En mi casa no se fuma!”. Pues no. En mi casa no se asesina ni se roba ni se tortura ni se pega ni se calumnia y, a ser posible, no se miente. Si alguien quiere fumar, fuma. Sin prender un pito con la colilla del otro, claro.
¿Llegará un día en que tendré que ir a declarar a comisaría porque en mi comedor han hallado refugio algunos indeseables que pretendían prolongar el placer de la comida y la compañía encendiendo un cigarrillo? Llegará un día, me temo.
No son apestados. Y no son equivocados con derecho a redención. No estoy en contra de las leyes que prohíben con eficacia la pena de muerte, por ejemplo, pero sí me opongo a la oleada de buenapensancia que nos cubre hasta por encima del cuello. Un bien pensar que no se extiende, por ejemplo, a prohibirle a Díaz Ferrán que contamine con su ejemplo a los empresarios.
Habría que intentar convivir. Pues si lo hacemos con las fábricas de tabaco y los bufetes de abogados que las apoyan, y con los vendedores de cajetillas, y con los beneficiados por los impuestos que generan los fumadores, no sé por qué no tenemos que ser amables con sus víctimas, los fumadores mismos.
Por Maruja Torres
22.10.10
Apontamento realmente pindérico
A cada ano que passa, o jingle do Gran Hermano causa-me mais emoção.
Simplesmente Ricardo
Ele dá-me grandes lições de como tenho de aprender a ouvir sem interromper. Depois, quando é ele que me interrompe e lho digo, não conta, porque estava só a fazer uma observação.
20.10.10
Just for the record
Nem tudo o que uma mulher diz (ou escreve) é sobre, ou tem a ver com, amor. Ou falta dele.
É Natal
Recebi a newsletter de Natal do Ikea, e se eles o dizem, é porque é. Mas continuo chateada porque acabaram com a secção de animais de estimação.
A primeira vez, outras balelas e por fim o dinheiro
A cena da primeira vez ser muito especial é só uma das muitas treta que a sociedade nos vende, quando ainda somos pré-adolescentes. A primeira vez realmente nunca se esquece, mas mais ou menos da mesma forma que nunca se esquece a primeira bebedeira. Ou a primeira gastroenterite a meio das férias. É um acontecimento que, regra geral, ocorre em moldes bastante desajeitados, ausentes de misticismo ou prazer sexual. Tal como a primeira bebedeira ou gastroenterite. Eventualmente, é giro e até pode ser rebelde, como foi a minha, divertida e memorável até. Mas é só isso, não é mais, não há drama, não há the special one, nem aquilo nos vai marcar como pessoas mais que qualquer outra coisa.
Outras muitas tretas nos são injectadas em doses cavalares quando temos 15 anos pelos diversos mecanismos à disposição da sociedade, como filmes, revistas, novelas, jornais. Só para enumerar algumas: ter uma carreira vai-nos encher de alegria e felicidade e é a coisa mais importante de qualquer fêmea que se preze (excluem-se as fêmeas floreiro) nascida depois da revolução; é possivel andar de saltos agulha e fato executivo todos os dias da nossa vida, e ser-se feliz com os pés todos rebentados; todos os dias vamos chegar a casa do trabalho e, extenuadas mas felizes, teremos imensa vontade de fazer amor (por oposição a dormir); os nossos colegas homens (e mulheres) vão reconhecer a nossa capacidade profissional por encima do nosso decote, sem que para isso tenhamos que rodar a baiana e ser carimbadas de cabras (e eventalemente também frígidas ou taradas, uma das duas de certeza); em cima disto tudo, vamos desejar ter uma dúzia de filhos sem querer também abdicar da carreira, que é tão importante e de novo, nos dá tanto. Ou vice-versa.
Balelas. Ai tantas, tantas. Nada. Só é preciso dinheiro. Quem tem dinheiro, não precisa de carreira (embora, eventualmente, até possa precisar de filhos). Quem tem dinheiro, não tem de pensar nele e pode dedicar a vida a ser infeliz por outros motivos.
Outras muitas tretas nos são injectadas em doses cavalares quando temos 15 anos pelos diversos mecanismos à disposição da sociedade, como filmes, revistas, novelas, jornais. Só para enumerar algumas: ter uma carreira vai-nos encher de alegria e felicidade e é a coisa mais importante de qualquer fêmea que se preze (excluem-se as fêmeas floreiro) nascida depois da revolução; é possivel andar de saltos agulha e fato executivo todos os dias da nossa vida, e ser-se feliz com os pés todos rebentados; todos os dias vamos chegar a casa do trabalho e, extenuadas mas felizes, teremos imensa vontade de fazer amor (por oposição a dormir); os nossos colegas homens (e mulheres) vão reconhecer a nossa capacidade profissional por encima do nosso decote, sem que para isso tenhamos que rodar a baiana e ser carimbadas de cabras (e eventalemente também frígidas ou taradas, uma das duas de certeza); em cima disto tudo, vamos desejar ter uma dúzia de filhos sem querer também abdicar da carreira, que é tão importante e de novo, nos dá tanto. Ou vice-versa.
Balelas. Ai tantas, tantas. Nada. Só é preciso dinheiro. Quem tem dinheiro, não precisa de carreira (embora, eventualmente, até possa precisar de filhos). Quem tem dinheiro, não tem de pensar nele e pode dedicar a vida a ser infeliz por outros motivos.
Acho piada
As que mais choramingam dos anónimos são as que têm nicknames possantes e famosos, mas, ainda assim, nicknames. Não deixam de ser anónimas. A diferença para as outras? Têm um blog famoso.
18.10.10
Schipol
Nada como chegar três horas adiantada, e o voo atrasar-se duas horas, para ficar a conhecer bem um aeroporto. Conhecer bem, assim ao ponto de já estar tão saturada e aborrecida que decidi ir comer daquelas batatas fritas cheias de maionese nojenta, muito devagarinho, para ajudar a passar o tempo. E como não resultou, a seguir ainda dei 10 euros por uma Elle Deco UK Edition (uma merda, minhas ricas revistinhas espanholas, e baratas).
Falta de educação (tb deve ser da crise)
Vvou-me aos arames quaundo as pessoas me mandam mails, ai quero tanto esse gatinho, bla bla bla, vou ser muito boa dona, e depois de uma série de correios trocados, de repente, deixam de responder. WTF se arranjaram outro entretanto ainda bem, é menos um nas ruas. Agora, deixarem de responder? Há gente mesmo atrasadinha.
Eu bem tentei
Mas não deu, e irrita-me ter ligado o aquecimento já, mas sou assim, friorenta. E além disso, está frio.
15.10.10
Ou todos juntos
Todos juntos, na alegria ou na desgraça. A foto ali mais abaixo mostra o final feliz que pode existir se houver quem se mexa em vez de apenas olhar para o lado e dizer ai que fofinhos e tal.
Já o cartaz seguinte mostra o que pode acontecer quando não se faz nada.
Já o cartaz seguinte mostra o que pode acontecer quando não se faz nada.
Os gatos não têm nacionalidade. Para transferências internacionais:
IBAN: ES 58 2038 1938 14 6000109287
SWIFT: CAHMESMMXXX
11.10.10
7.10.10
5.10.10
1910
Só agora reparei que hoje é feriado em Portugal. E que é o centenário da república. E que daqui a cinco dias vai estar tudo a fazer a piadinha do 10-10-10, ai ai ai que giro.
Sim, estou ácida. Vou masé bombar HIMYM que já saiu mais um episódio.
Sim, estou ácida. Vou masé bombar HIMYM que já saiu mais um episódio.
Não percebo qual é a dúvida
O estudo ali mais em baixo apenas mostra, sem margem para dúvidas, que um dos principais motivos que levam as pessoas a deixar para trás o seu animal de (suposta) estimação é o facto de mudarem de casa (independentemente de ser o não de país).
Isso para mim parece-me pouca razão para uma pessoa se desfazer de um animal (outro tema é a forma como isso acontece), ou então não os deviam adoptar, logo para começar (comprem um alarme se querem proteger a casa...). Mas, claro, é a minha opinião, e não vou entrar na discussão bloguística mais antiga do mundo, de que se isto é o meu blog and i cry if i want to.
Claro, aqui na Europa subsariana, os normais são esses, eu sou só uma freak que, pertencendo a um casal que vive em países diferentes e a isso foi forçado devido ao fenómeno da emigração, e tendo mudado de casa, entre países e no mesmo país, oito vezes nos últimos cinco anos, ainda assim tem quatro gatos dos quais não pensa desfazer-se quando mudar de casa outra vez.
Isso para mim parece-me pouca razão para uma pessoa se desfazer de um animal (outro tema é a forma como isso acontece), ou então não os deviam adoptar, logo para começar (comprem um alarme se querem proteger a casa...). Mas, claro, é a minha opinião, e não vou entrar na discussão bloguística mais antiga do mundo, de que se isto é o meu blog and i cry if i want to.
Claro, aqui na Europa subsariana, os normais são esses, eu sou só uma freak que, pertencendo a um casal que vive em países diferentes e a isso foi forçado devido ao fenómeno da emigração, e tendo mudado de casa, entre países e no mesmo país, oito vezes nos últimos cinco anos, ainda assim tem quatro gatos dos quais não pensa desfazer-se quando mudar de casa outra vez.
Reflex
Elas dizem que o professor é parecido com o meu namorado. Huuuummm, é verdade, ambos fazem caretas quando são fotografados.
4.10.10
Abandono animal (inclui abandono "responsável")
Dados de 2009 do estudo da Fundação Affinity:
- mudança de casa: 13.6%
- ninhadas indesejadas: 13.5%
- perda de interesse: 13.3%
- comportamento do animal: 11.7%
- fim da temperada de caça: 11.5%
- factores económicos: 8.7%
- gravidez: 7.1%
- falta de tempo por nascimento de filhos: 6.4%
- morte ou internamento grave: 3.8%
- férias: 3%
Portanto, quase tudo é razão para deixar o animal para trás. A começar por, quem diria, mudança de casa. Deve querer dizer que 13,6% das pessoas quando arranja um cão ou um gato, pensa que vai ficar na mesma casa a vida toda? Não. Simplesmente, não importa, logo se vê. E que tal não o terem, para começar? Que tal pensarem nas consequências? E eu já sei que eles não estão a "abandonar" o animal, mas por cada um que é deixado para trás (mesmo que com novos donos), há milhares a serem abatidos nos canis e outros tantos abandonados "responsavelmente" em associações hiperlotadas e sobreendividadas. Isto nunca acaba.
- mudança de casa: 13.6%
- ninhadas indesejadas: 13.5%
- perda de interesse: 13.3%
- comportamento do animal: 11.7%
- fim da temperada de caça: 11.5%
- factores económicos: 8.7%
- gravidez: 7.1%
- falta de tempo por nascimento de filhos: 6.4%
- morte ou internamento grave: 3.8%
- férias: 3%
Portanto, quase tudo é razão para deixar o animal para trás. A começar por, quem diria, mudança de casa. Deve querer dizer que 13,6% das pessoas quando arranja um cão ou um gato, pensa que vai ficar na mesma casa a vida toda? Não. Simplesmente, não importa, logo se vê. E que tal não o terem, para começar? Que tal pensarem nas consequências? E eu já sei que eles não estão a "abandonar" o animal, mas por cada um que é deixado para trás (mesmo que com novos donos), há milhares a serem abatidos nos canis e outros tantos abandonados "responsavelmente" em associações hiperlotadas e sobreendividadas. Isto nunca acaba.
3.10.10
Asas para voar
Porque é que está tudo a ajudar aquele tipo que quer bazar para a Suiça, se a primeira "coisa" de que se querem ver livres é do cão? Fiquei logo mal disposta.
29.9.10
Eu tento
A pesar de la terrible brutalidad que encierran, los actos de crueldad contra los animales no ocupan las primeras páginas de ningún periódico ni parecen escandalizar demasiado a la población. Sin embargo, tienen un significado último que debería interesarnos como sociedad. Aquellos que abusan de los animales, según indican los expertos, son hasta cinco veces más propensos a cometer crímenes violentos contra las personas.
É o que tento explicar, sempre que conheço idiotas que, ao saber que colaboro com associações de defesa animal, exclamam alto e bom som "Mas a quem é que interessam os animais?" E há de tudo, mulheres e homens, ricos e pobres, analfabetos e doutorados. É impressionante como a estupidez está para além de qualquer etiqueta que possamos inventar.
É o que tento explicar, sempre que conheço idiotas que, ao saber que colaboro com associações de defesa animal, exclamam alto e bom som "Mas a quem é que interessam os animais?" E há de tudo, mulheres e homens, ricos e pobres, analfabetos e doutorados. É impressionante como a estupidez está para além de qualquer etiqueta que possamos inventar.
Eu e o meu jeito para comentar em blogs
No Fashion Intuiton, os comentários
1 - Carteira mesmo muito gira :D
2 - As botas girissimas.A mala nem tanto.
3 - a carteira adoro,as botas nao sei...
4 - adorei...
5 - As botas sao qualquer coisa de fantástico!
6 - Como sempre muito bom gosto. De onde são as botas?
7 - Adorei as botas, fantásticas.
8 - Gostei muito da mala, as botas também são fantásticas. Bom gosto.
9 - Amo de perdição as botas!! A carteira é linda e foi a minha ultima compra nas ferias, era para ser a paraty mas perdi-me pela city!!
10 - Lindassssss as botas da chanel!!!!!! sempre com extremo bom gosto! ;) xoxo
Eu - Onde se lê "Finalmente as grandes marcas começam a ver potencial no mercado Português!", leia-se, "Finalmente as grandes marcas começam a ver potencial no mercado Angolano!"
Who cares?, é um blog de moda. É por isto que normalmente não digo nada.
1 - Carteira mesmo muito gira :D
2 - As botas girissimas.A mala nem tanto.
3 - a carteira adoro,as botas nao sei...
4 - adorei...
5 - As botas sao qualquer coisa de fantástico!
6 - Como sempre muito bom gosto. De onde são as botas?
7 - Adorei as botas, fantásticas.
8 - Gostei muito da mala, as botas também são fantásticas. Bom gosto.
9 - Amo de perdição as botas!! A carteira é linda e foi a minha ultima compra nas ferias, era para ser a paraty mas perdi-me pela city!!
10 - Lindassssss as botas da chanel!!!!!! sempre com extremo bom gosto! ;) xoxo
Eu - Onde se lê "Finalmente as grandes marcas começam a ver potencial no mercado Português!", leia-se, "Finalmente as grandes marcas começam a ver potencial no mercado Angolano!"
Who cares?, é um blog de moda. É por isto que normalmente não digo nada.
28.9.10
Esclarecimento
E se quando me perguntam digo logo que sou de Lisboa, não é porque seja uma alfacinha arrogante e elitista armada em boa que acha que Portugal é Lisboa e o resto é paisagem. Simplesmente, já são alguns anos, o episódio repete-se e eu já sei que se digo Portugal, imediatamente me vão perguntar de onde. Mas digo sempre, "soy de Lisboa, soy portuguesa".
Continuando a bater no ceguinho
E uma vez um tipo teve o descaramento de me dizer que nós os portugueses deviamos apoiar mais a causa catalã porque, afinal de contas, Portugal só tinha conseguido a independência porque nessa altura Castela também andava em guerra com a Catalunha. Claro, como eles eram tãããoooo melhores que nós, Castela tinha decidido apostar pela Catalunha e por isso Portugal tinha ficado mais folgadinho e coiso e tal.
E um par de estalos, não? Isso é coisa que se diga (mesmo que se pense)?
E um par de estalos, não? Isso é coisa que se diga (mesmo que se pense)?
E é que logo por azar
90% dos espanhóis que conheço acham que eu tenho sotaque catalão, o que me faz estar sempre desejosa para que me perguntem de onde sou quando conheço alguém. Assim que digo que sou de Lisboa, podia jurar que as pessoas ficam mais simpáticas e fofinhas. E não é que alguém me tenha tratado mal na convicção de que sou catalã, simplesmente trata-me melhor quando percebem que não sou.
Já na Catalunha, mais que uma vez, tive essa peculiar experiência de que (quase) todos os espanhóis se queixam: falar em castelhano e ter uma parede do outro lado a responder, resposta após resposta, em catalão. Santa paciência.
Já na Catalunha, mais que uma vez, tive essa peculiar experiência de que (quase) todos os espanhóis se queixam: falar em castelhano e ter uma parede do outro lado a responder, resposta após resposta, em catalão. Santa paciência.
Hipocrisia
Não é que os catalães sejam super avançados e o resto dos espanhóis uns bimbos. Não é que eles tenham realmente preocupação pelo sofrimento infligido aos touros, razão pela qual supostamente se decidiu proibir a festa. Eles só acabaram com as touradas porque é um dos maiores símbolos de Espanha, e portanto, bota abaixo para mostrar que they are not Spain. Todo o resto de festas bravas e bárbaras, das quais destaco os tão famosos como nojentos correbous, foram blindadas no parlamento catalão e continuarão a realizar-se.
É nestas alturas que fico mesmo feliz por o meu país ser uma nação.
É nestas alturas que fico mesmo feliz por o meu país ser uma nação.
27.9.10
A ver páginas de adopção de animais
Um horror. Isto não acaba nunca. Melhor mesmo assinar a petição.
Dummie
Como é que eu faço desaparecer o pedacinho de texto que diz, por baixo de cada post, "Hiperligações para esta mensagem"?
Espanhol avançado
Se conseguirem dizer as palavras rojo e jarra, bem pronunciadas e sem se engasgarem, os meus parabéns. Eu demorei um ano na primeira, e estou a modos que a aprender a dominar a segunda.
26.9.10
The Good Wife
Estou em modo enfardanço da primeira temporada, visto que duas das minhas series favoritas - Lost e Flash Forward - foram desta para melhor, e preciso de alimentar o vício.
Mau olhado
Alguém ficou mesmo muito invejoso, porque no dia seguinte a ter tocado na milionária relva do Santiago Barnabéu, fiquei com dor de dentes. Até ontem.
25.9.10
Adeus Linkwithin
Era bom para me relembrar dos posts antigos, mas era muito feio e pronto, eu ligo a essas coisas.
A mim já me convém
A solução para a falta de tempo (entre outras coisas): posts curtinhos, curtinhos, como nos ensinou a Mulher Certa. Mas não tantos como ela, depois é plágio.
24.9.10
Estou farta
Tenho de avisar o blog que chegou o Outono. Estar sempre a ver a Ilha do Pessegueiro dá-me stress, agora que sei que só pró ano. E, convenhamos, foto de merda.
Faltam-me 100 páginas
As pessoas normais olham para ele e dizem ai como é que consegues andar com esse calhamaço atrás?
A sul americana que trabalha na caixa registradora do supermercado onde vou diz-me oh, esse livro é do Roberto Bolaño, não é? Gosto muito dele.
A sul americana que trabalha na caixa registradora do supermercado onde vou diz-me oh, esse livro é do Roberto Bolaño, não é? Gosto muito dele.
23.9.10
100 coisas
100 coisas para fazer em Madrid antes de morrer ir embora. Eliminei a 101, não me faz sentido. Em Madrid uma pessoa está sempre acompanhada. Disponível aqui.
1. Ver los jardines de la Puerta de Atocha
2. Ver el monumento en memoria al 11-M
3. Ver la escultura del Ángel Caído
4. Ver el Palacio de Cristal
5. Montar en Bici por el Retiro
6. Montar en barca en el estanque
7. Posar para la foto delante del Oso y el Madroño
8. Pasear por los Jardines de Cecilio Rodríguez
9. Ver la fuente de la Cibeles
10. Subir a la azotea del Circulo de Bellas Artes
11. Pasear por la Gran Vía
12. Disfrutar de un musical en uno de los teatros de la Gran Vía
13. Ir de compras a la Calle Preciados
14. Ver la puerta de Alcalá
15. Disfrutar de un dulce en “la Mallorquina”
16. Tomar las uvas en nochebuena en la Puerta del Sol
17. Comer un bocadillo de calamares en la Plaza Mayor
18. Ver la estatua de Eloy Gonzalo en la Plaza del Cascorro
19. Caminar por el Rastro en cualquier mañana de domingo
20. Tomar una ración de patatas bravas en el mítico “Las Bravas”
21. Visitar a Don Quijote y a Sancho en la Plaza de España
22. Ver el atardecer desde el mirador del Templo de Debod
23. Ver el “Guernica” de Picasso en el Museo Reina Sofía
24. Disfrutar de las grandes obras de arte del Museo del Prado
25. Ver la colección de Bonsáis que hay dentro del Real Jardín Botánico
26. Tapear en el recién reformado Mercado de San Miguel
27. Visitar el Palacio Real y la Plaza de Oriente
28. Pasear por los Jardines de Sabatini
29. Comer en el mítico “Chino Subterráneo”
30. Pisar el Km. 0
31. Visitar el Museo Sorolla
32. Admirar Plaza de la Villa
33. Visitar el Valle de los Caídos
34. Tocar el césped del Santiago Bernabeu
35. Disfrutar del buen jazz del Café Central
36. Rodearte de famosos en el Museo de la Cera
37. Ver todo Madrid desde las Tetas de Vallecas
38. Pasear por el parterre del Palacio de Aranjuez
39. Visitar el Monasterio de las Descalzas Reales
40. Ver las cuatro torres desde la estación de Chamartin
41. Disfrutar de una buena cena hindú en el barrio de Lavapies
42. Empezar el día con unos Churros en la Chocolatería San Ginés
43. Empezar un pelea de bolas de nieve con un desconocido
44. Ver la cúpula resplandeciente del Edificio Metrópolis
45. Disfrutar del skyline de Madrid desde el Teleférico
46. Descubrir las joyas ocultas del Museo Thyssen
47. Descubrir parte de nuestra historia en el Museo de America
48. Montarte en el Tren de la Fresa que sale del Museo del Ferrocarril
49. Encontrar algo original para regalar en el Mercado de Fuencarral
50. Dar un paseo por el Parque Tierno Galván
51. Pasar el día en el Escorial
52. Ver el Palacio Real desde el Campo del Moro
53. Admirar los murales de la Casa de la Panadería
54. Visitar la Catedral de la Almudena
55. Visitar Las Ventas
56. Salir de copas por Chueca y Malasaña
57. Ver la Puerta de Toledo
58. Ver la Gran Vía de noche
59. Leer en un banco de la Plaza de Colón
60. Fotografiar las Torres Kio tumbado en la acera
61. Admirar el jardín vertical del Caixa Forum
62. Visitar la Capilla del Obispo en la Plaza de la Paja
63. Tomar una cañas en una terraza de la Latina
64. Probar un jugoso pollo asado de la Casa Mingo
65. Subir al “Abismo” del Parque de Atracciones
66. Rugirle a los leones delante del Congreso de los Diputados
67. Ver los frescos de Goya en la Ermita de San Antonio de la Florida
68. Ver la plaza de Neptuno
69. Admirar los escaparates de la Calle Serrano (si puedes, compra)
70. Posar para la foto con la Gran Vía de fondo
71. Visitar la Sierra de Madrid nevada
72. Ver Madrid desde el Cerro de los Ángeles (altura, 666 metros)
73. Disfrutar de una película en los pocos cines que quedan en la Gran Vía
74. Descubrir la historia del Metro en el Andén Cero
75. Ver la Plaza de Oriente desde el balcón de Opera
76. Pasar el día con los héroes de tu infancia en el Parque Warner
77. Visitar la casa en la que nació Cervantes (Alcalá de Henares)
78. Recorrer el Anillo Verde Ciclista
79. Ver el cielo estrellado en el Planetario del Tierno Galván
80. Visitar la basílica de San Francisco el Grande
81. En un día despejado, subir al Faro de la Moncloa
82. Ver las crías recién nacidas de Oso Panda en el Zoo
83. Cazar Zombies en la Linea 6 a las 8 de la mañana
84. Pasear por la Casa de Campo
85. Buscar piso de más de 30 metros cuadrados
86. Perderte por Madrid
87. Correr una maratón
88. Comer un buen plato de Cocido Madrileño
89. Llevar los niños a ver los títeres del Retiro.
90. Colaborar con una ONG en la puerta de la FNAC
91. Quedar con viejos amigos para tomar un café
92. Organizar un picnic urbano en la Plaza de España
93. Descubrir la Plaza Dos de Mayo. Origen de la Movida.
94. Construir un muñeco de nieve en el parque del Retiro
95. Disfrutar uno de los conciertos del Palacio de Deportes
96. Visitar la Fábrica Nacional de Moneda y Timbre
97. Esquiar en el Snowzone de Xanadú. Cuando quieras.
98. Buscar el mejor Mojito de Madrid.
99. Disfrutar del abundante Arte Urbano
100. Vivir una Noche en Blanco
101. Hacerlo todo de nuevo. Esta vez, en compañía.
1. Ver los jardines de la Puerta de Atocha
2. Ver el monumento en memoria al 11-M
3. Ver la escultura del Ángel Caído
4. Ver el Palacio de Cristal
5. Montar en Bici por el Retiro
6. Montar en barca en el estanque
7. Posar para la foto delante del Oso y el Madroño
8. Pasear por los Jardines de Cecilio Rodríguez
9. Ver la fuente de la Cibeles
10. Subir a la azotea del Circulo de Bellas Artes
11. Pasear por la Gran Vía
12. Disfrutar de un musical en uno de los teatros de la Gran Vía
13. Ir de compras a la Calle Preciados
14. Ver la puerta de Alcalá
15. Disfrutar de un dulce en “la Mallorquina”
16. Tomar las uvas en nochebuena en la Puerta del Sol
17. Comer un bocadillo de calamares en la Plaza Mayor
18. Ver la estatua de Eloy Gonzalo en la Plaza del Cascorro
19. Caminar por el Rastro en cualquier mañana de domingo
20. Tomar una ración de patatas bravas en el mítico “Las Bravas”
21. Visitar a Don Quijote y a Sancho en la Plaza de España
22. Ver el atardecer desde el mirador del Templo de Debod
23. Ver el “Guernica” de Picasso en el Museo Reina Sofía
24. Disfrutar de las grandes obras de arte del Museo del Prado
25. Ver la colección de Bonsáis que hay dentro del Real Jardín Botánico
26. Tapear en el recién reformado Mercado de San Miguel
27. Visitar el Palacio Real y la Plaza de Oriente
28. Pasear por los Jardines de Sabatini
29. Comer en el mítico “Chino Subterráneo”
30. Pisar el Km. 0
31. Visitar el Museo Sorolla
32. Admirar Plaza de la Villa
33. Visitar el Valle de los Caídos
34. Tocar el césped del Santiago Bernabeu
35. Disfrutar del buen jazz del Café Central
36. Rodearte de famosos en el Museo de la Cera
37. Ver todo Madrid desde las Tetas de Vallecas
38. Pasear por el parterre del Palacio de Aranjuez
39. Visitar el Monasterio de las Descalzas Reales
40. Ver las cuatro torres desde la estación de Chamartin
41. Disfrutar de una buena cena hindú en el barrio de Lavapies
42. Empezar el día con unos Churros en la Chocolatería San Ginés
43. Empezar un pelea de bolas de nieve con un desconocido
44. Ver la cúpula resplandeciente del Edificio Metrópolis
45. Disfrutar del skyline de Madrid desde el Teleférico
46. Descubrir las joyas ocultas del Museo Thyssen
47. Descubrir parte de nuestra historia en el Museo de America
48. Montarte en el Tren de la Fresa que sale del Museo del Ferrocarril
49. Encontrar algo original para regalar en el Mercado de Fuencarral
50. Dar un paseo por el Parque Tierno Galván
51. Pasar el día en el Escorial
52. Ver el Palacio Real desde el Campo del Moro
53. Admirar los murales de la Casa de la Panadería
54. Visitar la Catedral de la Almudena
55. Visitar Las Ventas
56. Salir de copas por Chueca y Malasaña
57. Ver la Puerta de Toledo
58. Ver la Gran Vía de noche
59. Leer en un banco de la Plaza de Colón
60. Fotografiar las Torres Kio tumbado en la acera
61. Admirar el jardín vertical del Caixa Forum
62. Visitar la Capilla del Obispo en la Plaza de la Paja
63. Tomar una cañas en una terraza de la Latina
64. Probar un jugoso pollo asado de la Casa Mingo
65. Subir al “Abismo” del Parque de Atracciones
66. Rugirle a los leones delante del Congreso de los Diputados
67. Ver los frescos de Goya en la Ermita de San Antonio de la Florida
68. Ver la plaza de Neptuno
69. Admirar los escaparates de la Calle Serrano (si puedes, compra)
70. Posar para la foto con la Gran Vía de fondo
71. Visitar la Sierra de Madrid nevada
72. Ver Madrid desde el Cerro de los Ángeles (altura, 666 metros)
73. Disfrutar de una película en los pocos cines que quedan en la Gran Vía
74. Descubrir la historia del Metro en el Andén Cero
75. Ver la Plaza de Oriente desde el balcón de Opera
76. Pasar el día con los héroes de tu infancia en el Parque Warner
77. Visitar la casa en la que nació Cervantes (Alcalá de Henares)
78. Recorrer el Anillo Verde Ciclista
79. Ver el cielo estrellado en el Planetario del Tierno Galván
80. Visitar la basílica de San Francisco el Grande
81. En un día despejado, subir al Faro de la Moncloa
82. Ver las crías recién nacidas de Oso Panda en el Zoo
83. Cazar Zombies en la Linea 6 a las 8 de la mañana
84. Pasear por la Casa de Campo
85. Buscar piso de más de 30 metros cuadrados
86. Perderte por Madrid
87. Correr una maratón
88. Comer un buen plato de Cocido Madrileño
89. Llevar los niños a ver los títeres del Retiro.
90. Colaborar con una ONG en la puerta de la FNAC
91. Quedar con viejos amigos para tomar un café
92. Organizar un picnic urbano en la Plaza de España
93. Descubrir la Plaza Dos de Mayo. Origen de la Movida.
94. Construir un muñeco de nieve en el parque del Retiro
95. Disfrutar uno de los conciertos del Palacio de Deportes
96. Visitar la Fábrica Nacional de Moneda y Timbre
97. Esquiar en el Snowzone de Xanadú. Cuando quieras.
98. Buscar el mejor Mojito de Madrid.
99. Disfrutar del abundante Arte Urbano
100. Vivir una Noche en Blanco
16.9.10
Só para informar
Foi muito fixe e até tenho foto pindérica a lo Pipoca, de costas e a exibir a juba.
Probleminha: não sei passar as fotos da Blackberry para o computador.
(Eu já soube muito mais de gadgets e computadores que a maioria das pessoas. A minha decadência informática começou quando o Ricardo me saiu numa raspadinha dum pacote de batatas fritas.)
Probleminha: não sei passar as fotos da Blackberry para o computador.
(Eu já soube muito mais de gadgets e computadores que a maioria das pessoas. A minha decadência informática começou quando o Ricardo me saiu numa raspadinha dum pacote de batatas fritas.)
15.9.10
Mou
Só para ser muito mete nojo: acabei de ganhar bilhetes para o jogo do Real com o Ajax esta noite!!!
Eu devia era vendê-los no mercado negro, mas é que a premissa de que vou ver o Mourinho a refilar ao vivo deixa-me num estado assim... (como é que eu hei-de dizer isto sem bolinha?)
Tontinha, é isso. Estou tontinha de todo. Sem bolinha.
Eu devia era vendê-los no mercado negro, mas é que a premissa de que vou ver o Mourinho a refilar ao vivo deixa-me num estado assim... (como é que eu hei-de dizer isto sem bolinha?)
Tontinha, é isso. Estou tontinha de todo. Sem bolinha.
12.9.10
Uma cidade tranquila
Ontem foi a noite em branco de Madrid. A noite quente (não em demasia) convidava a levar à letra o título do evento, o que no meu caso não aconteceu já que o meu tornozelo rapidamente começou a queixar-se.
O maior número de pessoas foi registado às 23:30, com 717.189 pessoas. Às nove da noite já se contavam 493.892 pessoas, e às três da manhã havia 471.335 alminhas nas ruas do centro. A data macabra, 11 de Setembro, a fazer lembrar o outro 11 que traumatizou Madrid (o de Março de 2004), em nada prejudicou a presente edição. Nem mesmo os cortes no orçamento e do metro a fechar em horário normal demoveu Madrid de sair à rua.
O dispositivo especial da protecção civil atendeu 83 pessoas, sobretudo devido a quedas, indisposições e intoxicações alcoolicas. Desta só 21 necessitaram ser levadas ao hospital. No resto da cidade foram atendidas cerca de 130 pacientes, um número similar a qualquer outro sábado de Setembro. A Polícia Municipal reportou apenas 6 (SEIS) incidentes relacionados com o evento.
Esta gente é gloriosa. Não há ETA ou terrorista islâmico que mantenha Madrid entre portas. Em Madrid vive-se e festeja-se e levam-se uns quantos encontrões, mas tudo acaba bem.
O maior número de pessoas foi registado às 23:30, com 717.189 pessoas. Às nove da noite já se contavam 493.892 pessoas, e às três da manhã havia 471.335 alminhas nas ruas do centro. A data macabra, 11 de Setembro, a fazer lembrar o outro 11 que traumatizou Madrid (o de Março de 2004), em nada prejudicou a presente edição. Nem mesmo os cortes no orçamento e do metro a fechar em horário normal demoveu Madrid de sair à rua.
O dispositivo especial da protecção civil atendeu 83 pessoas, sobretudo devido a quedas, indisposições e intoxicações alcoolicas. Desta só 21 necessitaram ser levadas ao hospital. No resto da cidade foram atendidas cerca de 130 pacientes, um número similar a qualquer outro sábado de Setembro. A Polícia Municipal reportou apenas 6 (SEIS) incidentes relacionados com o evento.
Esta gente é gloriosa. Não há ETA ou terrorista islâmico que mantenha Madrid entre portas. Em Madrid vive-se e festeja-se e levam-se uns quantos encontrões, mas tudo acaba bem.
9.9.10
Margarida Correia
Living room I, 2006, c-print, 30"x40", 76x 100 cm
Uma tuga do mundo, agora em Lisboa, no Museu de São Roque, exposição "Ofício", a partir de 14 de Setembro. Mais aqui.
8.9.10
6.9.10
Em tempos pensei participar naquela cena da rádio
Aquela, da nossa vida dar um blog.
Mas os poucos programas que ouvi zappeando rádios quando estou em Pt tinham todos um tom tão pipoca, tão oco, tão ai que giro ai que maluqueira, que enfim.
E eu já tentei, mas a verdade é que me estou a borrifar para o número de visitas. Gosto que venham, mas não faço nada por isso.
É assim como os blind dates: nunca fiz, nunca tive vontade de fazer. Gosto mais das coincidências, gosto de poder revisitar a novela da minha vida e interrogar-me, como a Amaral, donde empieza y donde acabará el destino que nos une y nos apartará?
Mas os poucos programas que ouvi zappeando rádios quando estou em Pt tinham todos um tom tão pipoca, tão oco, tão ai que giro ai que maluqueira, que enfim.
E eu já tentei, mas a verdade é que me estou a borrifar para o número de visitas. Gosto que venham, mas não faço nada por isso.
É assim como os blind dates: nunca fiz, nunca tive vontade de fazer. Gosto mais das coincidências, gosto de poder revisitar a novela da minha vida e interrogar-me, como a Amaral, donde empieza y donde acabará el destino que nos une y nos apartará?
4.9.10
Mais que um número
O caso da senhora com 70 gatos e mais uns quantos cães num apartamento, não é inédito, mas é chocante. E é chocante por motivos mais sérios que aqueles que as pessoas ditas normais (eu chamo-lhes os indiferentes) podem argumentar. E não é só uma questão de animais, nem se resolve só com o canil a ir lá buscar tudo para abater.
O problema da miséria humana é pior do que parece, mas é claro como água que é preciso que uma pessoa esteja completamente desamparada socialmente e sozinha até à medula para chegar a este ponto. Os esquecidos da sociedade tomam muitas formas, e dentro desses os que gostam de animais deles se rodeiam, até ao ponto exacto em que já não é bom para ninguém, nem para os animais sequer. E rapidamente a história passa a ter um só final, trágico seguramente. A excepção que confirma a regra é que, volta e meia, uns senhores (normalmente senhoras, expliquem-no) de uma associção chegam, vêem, horrorizam-se e metem mãos à obra, porque nem só de dinheiro é feita a boa vontade - apesar de actualmente também existir por aí uma crença generalizada que somos boas pessoas se e porque metemos uns trocos todos os anos na Unicef e pronto, that's it, mundo salvo e bora lá de férias para a Quarteira que está um calor do caraças.
Depois de salvos os animais, veremos se alguém salva a pessoa, embora e perdoem-me o pessimismo, se alguém a salvar, duvido que seja algum estrutura oficial ou oficiosa. Talvez, dentro de uns meses, o disco gire a mesma música.
A propósito deste caso, alegrei-me com a decisão recente do governo da Bélgica de esterilizar todos os seus gatos. O objetivo é que, em 2016, todos os gatos estejam identificados, registrados e esterilizados. Durante 2009, mais de um terço dos 37 mil gatos dos centros de apoio da Bélgica tiveram que ser sacrificados perante a impossibilidade de encontrar um lar para todos. Mais que questões de saúde pública, existe preocupação pelo sofrimento animal, algo muito à frente e impensável aqui para os lados da Europa subsariana. Mas talvez abra caminho a que outros países sigam a medida, ou que a comissão europeia finalmente legisle e obrigue os estados membros a coisas tão simples como a obrigatoriedade de registar e identificar os animais. Tenho para mim que vai demorar, mas é um começo.
Em Portugal e ao contrário da crença geral há dinheiro para mandar cantar muitos cegos, mas o dinheiro esfuma-se em tantos projectos inutéis e jigajogas orçamentais que é um ultraje ter de pagar impostos. É uma pescadinha de rabo na boca que legitima muitas pessoas a fugirem aos impostos, e por aí fora. Mas esta é outra conversa.
O caso dos 70 gatos está aqui, junto a muitos outros pedidos de ajuda no Pata Vermelha. Com as despesas devidamente justificadas, sempre.
O problema da miséria humana é pior do que parece, mas é claro como água que é preciso que uma pessoa esteja completamente desamparada socialmente e sozinha até à medula para chegar a este ponto. Os esquecidos da sociedade tomam muitas formas, e dentro desses os que gostam de animais deles se rodeiam, até ao ponto exacto em que já não é bom para ninguém, nem para os animais sequer. E rapidamente a história passa a ter um só final, trágico seguramente. A excepção que confirma a regra é que, volta e meia, uns senhores (normalmente senhoras, expliquem-no) de uma associção chegam, vêem, horrorizam-se e metem mãos à obra, porque nem só de dinheiro é feita a boa vontade - apesar de actualmente também existir por aí uma crença generalizada que somos boas pessoas se e porque metemos uns trocos todos os anos na Unicef e pronto, that's it, mundo salvo e bora lá de férias para a Quarteira que está um calor do caraças.
Depois de salvos os animais, veremos se alguém salva a pessoa, embora e perdoem-me o pessimismo, se alguém a salvar, duvido que seja algum estrutura oficial ou oficiosa. Talvez, dentro de uns meses, o disco gire a mesma música.
A propósito deste caso, alegrei-me com a decisão recente do governo da Bélgica de esterilizar todos os seus gatos. O objetivo é que, em 2016, todos os gatos estejam identificados, registrados e esterilizados. Durante 2009, mais de um terço dos 37 mil gatos dos centros de apoio da Bélgica tiveram que ser sacrificados perante a impossibilidade de encontrar um lar para todos. Mais que questões de saúde pública, existe preocupação pelo sofrimento animal, algo muito à frente e impensável aqui para os lados da Europa subsariana. Mas talvez abra caminho a que outros países sigam a medida, ou que a comissão europeia finalmente legisle e obrigue os estados membros a coisas tão simples como a obrigatoriedade de registar e identificar os animais. Tenho para mim que vai demorar, mas é um começo.
Em Portugal e ao contrário da crença geral há dinheiro para mandar cantar muitos cegos, mas o dinheiro esfuma-se em tantos projectos inutéis e jigajogas orçamentais que é um ultraje ter de pagar impostos. É uma pescadinha de rabo na boca que legitima muitas pessoas a fugirem aos impostos, e por aí fora. Mas esta é outra conversa.
O caso dos 70 gatos está aqui, junto a muitos outros pedidos de ajuda no Pata Vermelha. Com as despesas devidamente justificadas, sempre.
3.9.10
Cola-cau
Há homens que gostam de rapazinhos desde que há homens e rapazinhos. O mundo está impregnado de escândalos de pedofilia transversais a todas as sociedades e a todos os quadrantes de uma sociedade.
Menos em Portugal. Cá são os rapazinhos que, sedentos do poder das vítimas (?), inventam e interpretam as mais laboriosas novelas.
E como nunca ganharam nada no sorteio do Cola-Cau que se fazia no 1-2-3, escolheram como vítima o seu imaculado apresentador.
Malandros.
Menos em Portugal. Cá são os rapazinhos que, sedentos do poder das vítimas (?), inventam e interpretam as mais laboriosas novelas.
E como nunca ganharam nada no sorteio do Cola-Cau que se fazia no 1-2-3, escolheram como vítima o seu imaculado apresentador.
Malandros.
Em Lisboa
Facto: 4º andar sem elevador
Positivo: já consigo subir escadas.
Negativo: demorei 10 minutos.
Positivo: já consigo subir escadas.
Negativo: demorei 10 minutos.
Os senhores do Continente Online atrasaram-se
Tendo em conta que têm de subir quatro andares com 150 kilos de areia para gatos, acho que não me atrevo a refilar.
2.9.10
Glass ceiling remains unbreakable by all but a few
The courageous feminist struggles of our foremothers are not to be forgotten. But, in our new, post-industrial world, haven’t most of the critical legal and social battles for women like me been won? Isn’t it self-indulgent to bash on about the need to persist in the struggle for women’s empowerment and gender equality when my ostensible juggling act is to type a memo on my BlackBerry with one hand and operate the microwave with the other?
Para ler completo aqui. Esta gaja inspirou-me.
E estou um bocado farta de trabalhar para os accionistas.
Para ler completo aqui. Esta gaja inspirou-me.
E estou um bocado farta de trabalhar para os accionistas.
1.9.10
Sempre desconfiei
E há por aí tanto feio, que, só por sê-lo, até acredita que é intelectual.
Adoro esta mulher! (Sou super fã já desde os tempos do Pipi!)
Adoro esta mulher! (Sou super fã já desde os tempos do Pipi!)
A prenda dele
A segunda melhor de sempre (a primeira, conto depois).
Não adiantou nada eu ter passado o ano todo a dizer que não, não era o melhor momento para comprar uma coisinha destas. Que o que temos serve (e serve). Ele quer mesmo que eu me arruine, e o hobby da fotografia é um bom começo.
Aliás, até já tinha dado uma pipa de massa por um curso aqui em Madrid, não fosse o pé estragado.
Mas sim, amei e limpo-lhe o pó todos os dias. Agora é só aprender tudo o resto.
daqui
Não adiantou nada eu ter passado o ano todo a dizer que não, não era o melhor momento para comprar uma coisinha destas. Que o que temos serve (e serve). Ele quer mesmo que eu me arruine, e o hobby da fotografia é um bom começo.
Aliás, até já tinha dado uma pipa de massa por um curso aqui em Madrid, não fosse o pé estragado.
Mas sim, amei e limpo-lhe o pó todos os dias. Agora é só aprender tudo o resto.
daqui
31.8.10
Como tudo começou
Outro aniversário a assinalar: há 5 anos eu começava as aulas da post-graduação que me trouxe a Madrid, supostamente apenas por 11 meses.
30.8.10
29.8.10
Lista de prendas
Ou, como se diz em português, wishlist, não é coisa que vá muito com a minha maneira de ser. Já de pequena a coisa resumia-se a Barbies, Legos e marcadores Molin. Quantos mais, melhor, e assim era feliz.
O passar dos anos tornou a coisa mais complicada ainda. Detesto que me perguntem "o que queres para os anos?". De mim não levam nada, por dois motivos. Primeiro, acho detestável impingir aos outros (mesmo quando os outros são a nossa família) coisas que queremos de antemão. Isso é forçar um orçamento e sempre achei que as prendas devem ter detalhe, mais que cifrões. Segundo, é uma seca. Onde fica a emoção de abrir a prenda e ser surpreendida? Se quero uma coisa, junto dinheiro e compro. Uma prenda deve ter magia, tem de haver perlimpimpim enquanto se retiram, um por um, os bocadinhos de fita-cola.
Eu gosto de ser surpreendida. Eu raramente faço conversa de ai gosto tanto disto e daquilo, portanto, se me oferecem algo que gosto, é porque, no mínimo, estiveram atentos ao essencial. Isso é bom.
O passar dos anos tornou a coisa mais complicada ainda. Detesto que me perguntem "o que queres para os anos?". De mim não levam nada, por dois motivos. Primeiro, acho detestável impingir aos outros (mesmo quando os outros são a nossa família) coisas que queremos de antemão. Isso é forçar um orçamento e sempre achei que as prendas devem ter detalhe, mais que cifrões. Segundo, é uma seca. Onde fica a emoção de abrir a prenda e ser surpreendida? Se quero uma coisa, junto dinheiro e compro. Uma prenda deve ter magia, tem de haver perlimpimpim enquanto se retiram, um por um, os bocadinhos de fita-cola.
Eu gosto de ser surpreendida. Eu raramente faço conversa de ai gosto tanto disto e daquilo, portanto, se me oferecem algo que gosto, é porque, no mínimo, estiveram atentos ao essencial. Isso é bom.
Entretanto
Já lá vão duas semanas desde que fiz trin.... vinte cinco, fiz vinte e cinco aninhos, um quarto de século, marco muito importante, pois, e tal. Ai, nem parece que já passaram trê... duas décadas e meia desde esse glorioso 14 de Agosto - em que chovia copiosamente, por sinal.
(Nada feito, não tenho jeito para mentir sobre a idade...)
(Nada feito, não tenho jeito para mentir sobre a idade...)
28.8.10
Desde que seja Zero
A 111 Navy Chair contém 60% PET reciclado (proveniente de 111 garrafas de Coca-Cola).
Mais info em http://emecowithcoke.com/.
26.8.10
10 anos
Fui renovar a minha autorização de residência no Reino de Espanha. Tem uma validez de 10 anos.
Há 5 anos, quando tive a primeira, tinha a certeza que não ia cá estar agora, afinal vinha para fazer uma pós-graduação de 11 meses.
Agora já não me atrevo a ter certezas, só a elaborar.
Estarei cá, daqui a 10 anos? Terei regressado a PT? Estarei na Nabímia a cuidar leõezinhos orfãos? Terei ido e voltado? Terei tido filhos? Terei ainda os mesmos gatos?
Serei feliz? Espero ser feliz. Espero sobretudo andar por cá, seja para ir renovar o papelinho ou simplesmente para olhar para ele em jeito de etapa fechada, para logo o retornar ao sítio onde guardo as recordações, em qualquer outra parte do mundo.
Há 5 anos, quando tive a primeira, tinha a certeza que não ia cá estar agora, afinal vinha para fazer uma pós-graduação de 11 meses.
Agora já não me atrevo a ter certezas, só a elaborar.
Estarei cá, daqui a 10 anos? Terei regressado a PT? Estarei na Nabímia a cuidar leõezinhos orfãos? Terei ido e voltado? Terei tido filhos? Terei ainda os mesmos gatos?
Serei feliz? Espero ser feliz. Espero sobretudo andar por cá, seja para ir renovar o papelinho ou simplesmente para olhar para ele em jeito de etapa fechada, para logo o retornar ao sítio onde guardo as recordações, em qualquer outra parte do mundo.
25.8.10
Ser totó
Acreditar em tudo o que se lê/vê é ser tóto, sim. O que digo da empresa em questão, relativamente a ter pouca consideração por questões básicas de segurança é resultado de muitos anos de leituras em revistas da especialidade, mas também de experiência pessoal. E mais não digo porque eles tb são meus clientes. Em relação às outras empresas, sejam do petróleo ou não, existem para fazer dinheiro. Mas há vida para além de ter MBAs com background de gestão a fazer cortes cegos, nomeadamente em manutenção, como já referi antes do acidente no Golfo do México ter acontecido.
Posto isto, uma coisa não invalida a outra, e o artigo referido pelo Tito prova isso mesmo. Embora (gostos pessoais) prefira o estilo de escrita do Economist, o artigo recomenda-se.
Posto isto, uma coisa não invalida a outra, e o artigo referido pelo Tito prova isso mesmo. Embora (gostos pessoais) prefira o estilo de escrita do Economist, o artigo recomenda-se.
Isto vem tarde, eu sei
Pessoas várias que me têm escrito e abordado para que explique bem a história toda da BP e do derrame no Golfo do México, já que sou engenheira química e trabalho no petróleo (e devia escrever qualquer coisa de útil, para variar):
- Têm razão: eu devia escrever coisas úteis, obviamente um blog chamado hamaismundos não foi feito para ser tão levezinho, mas c'est la vie, ao contrário da maioria das pessoas, eu na vida real sou muito mais interessante do que no blog (cof cof).
- Nas férias em PT aproveitei para ler montes de jornais e constatei tristemente que até no Diário Económico os cronistas que abordaram este tema, fizeram-no de forma bastante simplista e até por vezes, mediocre. Recomendem-me, que seguramente sou mais barata e sei explicar cenas da energia muito melhor.
- Aqui no blog não me pagam e teria que gastar umas boas horas a escrever decentemente sobre esse assunto, e apesar de estar fechada na masmorra com o pé à tiracolo, apetece-me mais outras coisas, portanto vou optar por eliminar explicações e fazer apenas uns breves comentários práticos.
1º Não, a BP não vai falir por causa disto, nem anda lá perto.
2º Já são vários os acidentes graves nos últimos anos que provam o desprezo desta empresa pelos mais elementares principios da segurança industrial. Eles merecem perder clientes.
3º O petróleo não é mau. O petróleo é do mais espectacular que existe. O petróleo serve para muito mais que fazer andar popós. As renovavéis e combustíveis alternativos devem ser desenvolvidos, sim, mas não porque o petróleo seja mau ou porque agora está na moda ser verde sem sequer saber o que isso quer dizer.
4º Não digam mal do petróleo (ou de outra coisa qq) sem se informarem. Nunca nada é como é apresentado às massas. Acreditar em tudo é ser totó. E contribuir para a desinformação.
- Têm razão: eu devia escrever coisas úteis, obviamente um blog chamado hamaismundos não foi feito para ser tão levezinho, mas c'est la vie, ao contrário da maioria das pessoas, eu na vida real sou muito mais interessante do que no blog (cof cof).
- Nas férias em PT aproveitei para ler montes de jornais e constatei tristemente que até no Diário Económico os cronistas que abordaram este tema, fizeram-no de forma bastante simplista e até por vezes, mediocre. Recomendem-me, que seguramente sou mais barata e sei explicar cenas da energia muito melhor.
- Aqui no blog não me pagam e teria que gastar umas boas horas a escrever decentemente sobre esse assunto, e apesar de estar fechada na masmorra com o pé à tiracolo, apetece-me mais outras coisas, portanto vou optar por eliminar explicações e fazer apenas uns breves comentários práticos.
1º Não, a BP não vai falir por causa disto, nem anda lá perto.
2º Já são vários os acidentes graves nos últimos anos que provam o desprezo desta empresa pelos mais elementares principios da segurança industrial. Eles merecem perder clientes.
3º O petróleo não é mau. O petróleo é do mais espectacular que existe. O petróleo serve para muito mais que fazer andar popós. As renovavéis e combustíveis alternativos devem ser desenvolvidos, sim, mas não porque o petróleo seja mau ou porque agora está na moda ser verde sem sequer saber o que isso quer dizer.
4º Não digam mal do petróleo (ou de outra coisa qq) sem se informarem. Nunca nada é como é apresentado às massas. Acreditar em tudo é ser totó. E contribuir para a desinformação.
Eu sou uma luzinha ali no meio
Madrid vista desde a Estação Espacial Internacional. Mais fotos aqui. Publicado originalmenre no TugasMadrid.
23.8.10
Estou aborrecida
Madrid diz-me, lá de fora, que não é para ser vivida pela janela.
Nada feito. Até quarta-feira estou confinada à masmorra (antes palacete) de Almansa.
Nada feito. Até quarta-feira estou confinada à masmorra (antes palacete) de Almansa.
20.8.10
19.8.10
Exactamente
Acho que só quem já foi emigrante é que pode criticar quem o é, pois só esses dão valor às mesmas coisas. As pessoas sabem lá o que é estar num sítio em que não se percebe nada do funcionamento, da segurança social, dos partidos políticos, da história, da cultura, da língua. Até se pode imaginar, mas nunca se pode saber. Não se pode saber por exemplo, a menos que já tenhamos passado por isso, como 3 meses depois de falar mal uma língua há palavras que vêm muito mais depressa neste chinês que no português de sempre. Ninguém imagina o que é ver um quem quer ser milionário e todas as respostas serem dadas ao acaso.
Eu nem vou tão longe (e a Suécia é, definitivamente, longe). Tentem jogar Trivial em espanhol e depois falamos. Em sueco nem consigo imaginar, deve ser coisa para ser internado com uma depressão.
(Por outra Margarida emigra)
Eu nem vou tão longe (e a Suécia é, definitivamente, longe). Tentem jogar Trivial em espanhol e depois falamos. Em sueco nem consigo imaginar, deve ser coisa para ser internado com uma depressão.
18.8.10
Era uma vez um curso de pádel
O plano era simples. Em vez de definhar de aborrecimento e passar o tempo a queixar-me de quão secante é Agosto em Madrid, 'bora lá mas é responder a essa grande dúvida existencial: "o que é que fazem as pessoas que não têm praia, no Verão?" eliminando, obviamente, a solução piscina, blhac, blhac, já disse que não gosto de piscina?
Ora, pollyanando um pouco, afinal Agosto em Madrid pode ser espectacular! Vejamos: não há filas em lado nenhum, não se paga parquímetro a partir das 15h, não há ninguém no escritório (número de pessoas ontem, a contar comigo: 2), não se podem tomar decisões importantes nem muito menos marcar reuniões chatas.
É a altura ideal para fazer aquelas coisas que vamos adiando ao longo do ano inteiro. No meu caso, e isto já vem de 2007, era ter aulas de pádel à séria. Ora, mas o que é o pádel? Vejam aqui ou logo explico melhor, mas resumindo, há raquetes e bola como no ténis e eu, zás, no segundo dia de um curso intensivo de 10, a fazer um magnificente volei cruzado indefensável, piso uma bola perdida no campo, o meu rico pé fez qq coisa parecida com o pino e ainda me raspei toda nos cotovelos ao cair. Doeu-me tanto, raios, doeu-me mesmo muitíssimo, fartei-me de rebolar no chão (nunca mais chamo fiteiros ao jogadores da bola) e como se não bastasse, claro, a tminha querida tensão arterial foi-se abaixo e não havia quem me conseguisse pôr de pé.
Enfim, foram umas figuras de estilo engraçadas. Agora, nada de desporto durante três semanas. Só me ocorre um pensamento: pobrezinha de mim.
Ora, pollyanando um pouco, afinal Agosto em Madrid pode ser espectacular! Vejamos: não há filas em lado nenhum, não se paga parquímetro a partir das 15h, não há ninguém no escritório (número de pessoas ontem, a contar comigo: 2), não se podem tomar decisões importantes nem muito menos marcar reuniões chatas.
É a altura ideal para fazer aquelas coisas que vamos adiando ao longo do ano inteiro. No meu caso, e isto já vem de 2007, era ter aulas de pádel à séria. Ora, mas o que é o pádel? Vejam aqui ou logo explico melhor, mas resumindo, há raquetes e bola como no ténis e eu, zás, no segundo dia de um curso intensivo de 10, a fazer um magnificente volei cruzado indefensável, piso uma bola perdida no campo, o meu rico pé fez qq coisa parecida com o pino e ainda me raspei toda nos cotovelos ao cair. Doeu-me tanto, raios, doeu-me mesmo muitíssimo, fartei-me de rebolar no chão (nunca mais chamo fiteiros ao jogadores da bola) e como se não bastasse, claro, a tminha querida tensão arterial foi-se abaixo e não havia quem me conseguisse pôr de pé.
Enfim, foram umas figuras de estilo engraçadas. Agora, nada de desporto durante três semanas. Só me ocorre um pensamento: pobrezinha de mim.
Sem rodas, por favor
Ontem espetaram-me numa cadeira de rodas e detestei. Deixaram-me à espera do médico (detesto que me digam que é só um bocadinho e depois me deixem a secar) e quando resolvi ir refilar foi uma aventura, descobrir como fazer a manobra num espaço pequeno, como dar a volta, como abrir a porta e passar ao mesmo tempo. Desisti e fiquei à espera.
Cadeiras sim, mas sem rodas, por favor. Nada como experimentar para admirar ainda mais as pessoas que fazem a sua vida com uma cadeira como alma gémea, no nosso mundo cheio de obstáculos, e ainda assim têm força, e mais força, e bom humor, e sorrisos para dar.
Cadeiras sim, mas sem rodas, por favor. Nada como experimentar para admirar ainda mais as pessoas que fazem a sua vida com uma cadeira como alma gémea, no nosso mundo cheio de obstáculos, e ainda assim têm força, e mais força, e bom humor, e sorrisos para dar.
He's just like a pill
Foi logo a correr comprar viagem para vir ter comigo e fazer coisas tão fantásticas como ir às compras, fazer comida, lavar a loiça, ajuda-me a tomar banho, e aturar o meu mau feitio porque eu tenho a desculpa do pé estragado.
Tenho tanta sorte. E mais que nunca, a check list do "ele é mesmo o homem da minha vida" vai-se enchendo e florescendo.
Tenho tanta sorte. E mais que nunca, a check list do "ele é mesmo o homem da minha vida" vai-se enchendo e florescendo.
O meu pé esquerdo
Se isto fosse uma série de TV, agora passavam umas imagens muito rápidas que permitiriam ao espectador perceber mais ou menos o que aconteceu nos últimos dias. Digo mais ou menos porque, de facto, ficariam pontos de interrogação, e depois a imagem deter-se-ia no agora. E o que é o agora? Sou eu, sentada no sofá, com o pé esquerdo em cima do banco/puff que restaurei recentemente. Faço notar que o pé está ligado e tem gelo em cima. Estou oficialmente incapacitada. E é Agosto. Em Madrid.
11.8.10
Breve nota de meio da semana
Já temia chegar a domingo a dizer "livros que li estas férias: ZERO", mas comecei o 2666 ontem e portanto, vou poder dizer que li pelo menos dois ou três, visto que a obra tem 1050 páginas cinco . Estou a gostar, lê-se muito bem, a elite blogueira nacional é tão pedante que dei por mim a interrogar-me se teria capacidade para passar da página 30, se o 2666 não estaria vetado às pessoas superiores que sabem tudo de todos os autores chatos que existem e nada de ciência e tecnologia mas acham que têm muita cultura e que os outros são todos mentecaptos apenas capazes de ler as legendas dos filmes (e e). Na verdade, tirando o facto do volume da obra não permitir que seja lida de barriga para cima (uma chatice, vou ficar com o bronze heterogéneo), é bastante acessível e agradam-me aquelas movimentações geográficas todas. Também acho o Espinoza muito fofinho, e olhem que é madrileno e fala alemão, isso é um pouco inverosímil, mas está bem.
6.8.10
4.8.10
Liguei a televisão mas durou pouco
Se eu passasse a tarde na televisão, com os meus colegas do técnico, a relembrar, sei lá, o professor Romão Dias (é só um exemplo), e as suas aulas, e a sua joie de vivre etc. etc., não seria uma seca para as outras pessoas, de outras áreas, que não fazem puto ideia quem foi o senhor e o que fez de importante e os motivos que nos levaram os seus ex-alunos a sentir tanto a sua morte?
Eu acho que sim.
Pois para mim também é uma seca ter que levar com debates exaustivos sobre a morte de jornalistas e actores. Só porque têm uma profissão com projecção mediática, não me parece assim tão boa ideia a dos seus companheiros de profissão decidirem que isso faz dessas pessoas figuras extremamente importantes ou até mesmo incontornavéis da história de Portugal.
Mas pronto, é Agosto. Se calhar não há incêndios.
Eu acho que sim.
Pois para mim também é uma seca ter que levar com debates exaustivos sobre a morte de jornalistas e actores. Só porque têm uma profissão com projecção mediática, não me parece assim tão boa ideia a dos seus companheiros de profissão decidirem que isso faz dessas pessoas figuras extremamente importantes ou até mesmo incontornavéis da história de Portugal.
Mas pronto, é Agosto. Se calhar não há incêndios.
Porque como toda a gente sabe, eu sou uma gata
(embora talvez seja mais ao contrário, se não gostas de gatos eu não gosto de ti, ou pelo menos, torço o nariz e gosto menos do que poderia)
Presentinho da Pólo Norte, outra cat person (disfarçada, mas com aquela personalidade toda, não engana...)
Presentinho da Pólo Norte, outra cat person (disfarçada, mas com aquela personalidade toda, não engana...)
Boicote
O IKEA acabou com a secção de animais de estimação. Só porque não dá lucro? E a imagem? E os cãezinhos e gatinhos que espetam nos catálogos e anúncios, para o consumidor final pensar que são fofinhos? Bandidos. Não há direito.
Será dos (quase) 30?
Cada vez me apetece menos escrever ou elaborar sobre temas interessantes e fundamentais. Eu continuo a ter pensamentos existencialistas, mas depois quando abro a boca só saem palavras simples como piscina, mar, praia, fim-de-semana, saldos, calor, clara con limón, regabofe, bailar.
A idade está a tornar-me fútil.
A idade está a tornar-me fútil.
3.8.10
Prazeres de Verão
2.8.10
Já a 100 metros do mar
Já no céu (leia-se fériaaaaaaaaaaaaaaaaaaas - ou mesmo até - feeeeeeeeeeeeeeeeesta) e com tanta coisa por contar da última semana.
Foi o regresso a Cartagena e a Portman e ao sushi dos Belones e muito mais doses de surrealismo, foram saldos imensos e poderosos, depilações e pedicures de última da hora, e o mais maravilhoso, um salvamento in-extremis de mãe gata esquelética e seis (mas agora já só cinco) mini-gatos de olhitos ainda por abrir. Umas criaturas fragéis e maravilhosas e agora com possibilidades de futuro. Uma linda ninhada, duas tricolores preciosas, um amarelo e dois tigres. Lá para o fim de Setembro estão prontos para adoptar as suas novas famílias, quem quiser é melhor candidatar-se já, desde que, claro, cumpra os requisitos 5 estrelas para adoptar gatos que me passam pelas mãos.
Dia 14 é o meu aniversário, portanto é favor aparecer em Porto Covo para me pagarem uma taça Ilha. Ou uma queijada de requeijão. Ou até mesmo um jantar no Marquês.
Até já!
Foi o regresso a Cartagena e a Portman e ao sushi dos Belones e muito mais doses de surrealismo, foram saldos imensos e poderosos, depilações e pedicures de última da hora, e o mais maravilhoso, um salvamento in-extremis de mãe gata esquelética e seis (mas agora já só cinco) mini-gatos de olhitos ainda por abrir. Umas criaturas fragéis e maravilhosas e agora com possibilidades de futuro. Uma linda ninhada, duas tricolores preciosas, um amarelo e dois tigres. Lá para o fim de Setembro estão prontos para adoptar as suas novas famílias, quem quiser é melhor candidatar-se já, desde que, claro, cumpra os requisitos 5 estrelas para adoptar gatos que me passam pelas mãos.
Dia 14 é o meu aniversário, portanto é favor aparecer em Porto Covo para me pagarem uma taça Ilha. Ou uma queijada de requeijão. Ou até mesmo um jantar no Marquês.
Até já!
30.7.10
Sei que estou completamente convertida
...quando bufo ao ouvir o waka waka cantado em inglês. Em espanhol é muiiiito mais fixe (es crema, tía! como dizem as universitárias no meu bairro).
Pronto, já gostar de Shakira é, para a grande maioria dos tugas, algo verdadeiramente pindérico. Dá-me igual. E isso nem sequer é culpa dos hermanos, é mesmo defeito de fabrico. Sempre me senti algo ostracizada em Portugal, com tanto rockeiro populando ao meu redor.
Aquele processo que para quase todos é uma tortura - a convivência com a música espanhola - para mim foi uma libertação divina. Vai-se a ver e nasci mesmo no lado errado da fronteira.
Pronto, já gostar de Shakira é, para a grande maioria dos tugas, algo verdadeiramente pindérico. Dá-me igual. E isso nem sequer é culpa dos hermanos, é mesmo defeito de fabrico. Sempre me senti algo ostracizada em Portugal, com tanto rockeiro populando ao meu redor.
Aquele processo que para quase todos é uma tortura - a convivência com a música espanhola - para mim foi uma libertação divina. Vai-se a ver e nasci mesmo no lado errado da fronteira.
28.7.10
Amigos
Uma pessoa vê quantos bons amigos tem realmente, quando precisa que lhes façam pet-sitting aos bichinhos.
Entre os que não gostam de gatos e os que lhes têm medo (WTF?) poucos são aqueles a quem me atrevo a pedir o favor.
Depois claro, estamos a entrar em Agosto e os bons amigos também vão de férias...
Entre os que não gostam de gatos e os que lhes têm medo (WTF?) poucos são aqueles a quem me atrevo a pedir o favor.
Depois claro, estamos a entrar em Agosto e os bons amigos também vão de férias...
22.7.10
A mala dele está quase pronta
1. Ténis;
2. Chanatas;
3. Sapato betufo de verão;
4. Calção de Banho;
5. Um par extra de calças;
6. Calção de Ganga enviado pela tua mãe para experimentares;
7. Artigos de higiente;
8. Chilli powder;
9. Máquina fotográfica;
10. Aparentemente, também levo o gato Suances, que está ali muito entretido dentro da mala.
Esqueci-me de algo? (diz ele)
Agora digo eu:
gosto particularmente dos pontos 2 (chanata, ah ah ah), 6 (roupinha nova) e 10 (sempre a mania das malas!)
2. Chanatas;
3. Sapato betufo de verão;
4. Calção de Banho;
5. Um par extra de calças;
6. Calção de Ganga enviado pela tua mãe para experimentares;
7. Artigos de higiente;
8. Chilli powder;
9. Máquina fotográfica;
10. Aparentemente, também levo o gato Suances, que está ali muito entretido dentro da mala.
Esqueci-me de algo? (diz ele)
Agora digo eu:
gosto particularmente dos pontos 2 (chanata, ah ah ah), 6 (roupinha nova) e 10 (sempre a mania das malas!)
Bolo de Bolacha
Hoje, depois de andar a pensar no assunto durante quase um ano (eu e a cozinha não somos propriamente as melhores amigas) trouxe bolo de bolacha para o escritório, e os hermanos estão loucos, delirantes, só falta terem espasmos de prazer enquando enfardam fatia atrás de fatia com o café da manhã...
E isso mesmo depois de eu ter avisado toda a gente que o dito bolo é uma bomba calórica do mais elevado calibre, que em nada contribui para a tão fielmente respeitada operação bikini.
E isso mesmo depois de eu ter avisado toda a gente que o dito bolo é uma bomba calórica do mais elevado calibre, que em nada contribui para a tão fielmente respeitada operação bikini.
21.7.10
Dia do Amigo
Ontem foi o Dia do Amigo na Argentina. Recebi isto de uma das minhas melhores amigas:
"Me encanta el Día del Amigo, más que cualquier otra fecha: no es feriado, todo el mundo trabaja el día antes y el día después, pero todo el mundo queda aunque sea un ratito para ver a uno o dos amigos (o ir de fiesta), o llamarlos por teléfono y hablar un rato largo, o escribirles un mensajito del facebook a cualquie hora y con el marido protestando entre ronquido y ronquido al lado. No se hacen regalos: así que no es una fecha comercial que el alma hippie de alguno le impida festejarlo. No hay que comprar nada especial, ni vestirse de un color, ni ir a un lugar específico. Nunca escuché a nadie decir: "para mi el día del amigo es como cualquier otro día del año" o "no me gusta que me saluden el día del amigo". Así que hoy queria saludarlos, porque los quiero mucho y para decirles FELICIDADES POR NUESTRO DÍA AMIGOS!!! "
Gostei tanto, para um emigra é fácil ter amigos longe com quem não se fala tanto como se gostaria. Pego no telefone (chamadas internacionais, mas que se lixe) e estive um bom bocado à conversa com a Catarina, a amiga mais antiga com a qual ainda mantenho contacto (desde os seis anos!). Tudo para descobrir que está grávida, e que quando a vir outra vez, provavelmente no Natal, já vai ter em braços um pequenutos chamado Francisco. Ganhei o dia.
18.7.10
Até lhes dava uma coisinha má!
Thanks Spain for getting the World Cup for Portugal. It turns out that according to the Tordesilhas Treaty ( http://en.wikipedia.org/wiki/Treaty_of_Tordesillas) signed in 1494, everything conquered by Spain east of 46 degree meridian, is indeed property of Portugal. So, can you please fedex the Cup now to Portugal?..."
17.7.10
"Na" Espanha
Ontem fui, finalmente, fazer a minha inscrição consular. Uma vergonha, tendo em conta que já estou cá há três anos. O cartão do cidadão também chegará em breve, com a minha morada de Espanha. Qualquer dia até já voto cá, e depois quando disserem nas notícias "falta contabilizar os votos dos emigrantes" também já vão estar a falar de mim.
16.7.10
Não apenas paranóias de frequent flyer
Fico sempre na parte da frente do avião. O mais atrás que fico é por cima das asas. O mais longe que me sento de uma saída de emergência são quatro filas. E, obviamente, sempre no corredor.
Estatísticas de sobreviventes de acidentes áereos, meus queridos. Tanga ou não, os da cauda são os primeiros a esticar o pernil.
(Já expliquei que a minha cena com as estatísticas, pelo menos uma vez.)
Estatísticas de sobreviventes de acidentes áereos, meus queridos. Tanga ou não, os da cauda são os primeiros a esticar o pernil.
(Já expliquei que a minha cena com as estatísticas, pelo menos uma vez.)
15.7.10
Canil Municipal de Lisboa
Eu não pertenco ao PPA, mas não é preciso. Já resgatei animais do canil municipal de Lisboa e vi com os meus próprios olhos. O que se mostra em fotos nesta página é verdade e só é pena não haver uma vista geral do recinto para se ter a verdadeira noção do nojo que aquilo é. As fotos não transmitem os sons de queixume nem o odor das fezes, uma pena.
Não sei se é pior sinal termos um canil municipal deste calibre, se é termos uma percentagem considerável da população que abandona e maltrata animais como quem pede uma bica, outra que se está pouco borrifando para o tema e, em cima, trata com gozo e condescendência a minoria tenta fazer algo para inverter a tendência.
Aqui fica uma iniciativa que pode dar os seus frutos se formos muitos a colaborar. E é grátis!
Por favor, enviar para:
municipe@cm-lisboa.pt; lcgomes@cm-lisboa.pt; geral@cm-lisboa.pt; canil.gatil@cm-lisboa.pt; daev@cm-lisboa.pt; dhurs@cm-lisboa.pt; gab.presidente@cm-lisboa.pt; dirgeral@dgv.min-agricultura.pt; secretariado.direccao@dgv.min-agricultura.pt; avasconcelos@dgv.min-agricultura.pt; pinafonseca@dgv.min-agricultura.pt; carlos.apolinario@dgv.min-agricultura.pt; correio.geral@ar.parlamento.pt; sg.correio@ar.parlamento.pt; gabpar@ar.parlamento.pt; CIC.RP@ar.parlamento.pt; gp_ps@ps.parlamento.pt; gp_psd@psd.parlamento.pt; gp_pp@pp.parlamento.pt; bloco.esquerda@be.parlamento.pt; gp_pcp@pcp.parlamento.pt; pev.correio@pev.parlamento.pt;
CC: ppalisboa@gmail.com
Assunto: Canil/Gatil Municipal de Lisboa
Exmos. (as) Srs. (as),
Venho, por este meio, comunicar a V. Exas a minha indignação e o meu descontentamento resultantes das degradantes condições apresentadas pelo Canil/Gatil Municipal de Lisboa
Como é do conhecimento de todos e tal como diz na página da Câmara Municipal de Lisboa, o Orçamento Participativo visa contribuir para o exercício de uma intervenção informada, activa e responsável dos cidadãos nos processos de governação local, garantindo a participação dos cidadãos na decisão sobre a afectação de recursos às políticas públicas municipais e possibilitando, assim, ao executivo municipal corresponder às reais necessidades e aspirações da população. O projecto vencedor do Orçamento Participativo de 2010 foi a 3ª Fase da Construção do Canil/Gatil Municipal em Monsanto com 754 Votos, demonstrando assim que os cidadãos não só estão informados em relação às condições do Canil/Gatil Municipal de Lisboa, como desejam que esta realidade mude. Onde foram então utilizados os 375.000 euros?
As condições do Canil/Gatil Municipal de Lisboa continuam um verdadeiro atentado ao bem-estar de todos os animais que lá se encontram, envergonhando os cidadãos Portugueses, indignas de uma Instituição da própria Capital que deveria ser um Centro de Bem Estar Animal. Animais subnutridos, animais deprimidos, animais com problemas de pele, animais feridos e por tratar, animais que (sobre)vivem no meio de fezes, medicamentos fora de prazo, instrumentos que não funcionam, animais amontoados sobre outros animais como se de cadáveres se tratassem, doenças mal diagnosticadas, mal atribuídas, mal seguidas. Boxes exteriores feitas de um metal que ferve com o calor do Verão e gela nos dias mais frios do Inverno, cubículos minúsculos na ala interior, onde os animais se encontram presos a correntes que lhes bloqueiam os movimentos, correntes que por vezes nem lhes permitem deitar-se ou chegar ao alimento, deitados em cima das próprias fezes e urina que por vezes se misturam com as tigelas da comida, onde passam os dias e as noites acorrentados, sem ver a luz do Sol, sem fazer o exercício físico ao qual têm direito, onde vão definhando, acabando muitas vezes por morrer. Gatos enjaulados em caixas de metal igualmente pequenas, onde se chegam a encontrar amontoados à meia dúzia, apoiados em redes onde prendem as patas e por vezes as partem.
Em pleno século XXI fala-se de uma sociedade evoluída, uma época onde o projecto do desenvolvimento contemporâneo parece, finalmente, ter-se cumprido. Mas, de que nos serve os avanços tecnológicos, as mudanças de um processo global de abertura económica, se descobrimos como pano de fundo um cenário vergonhoso e desumano caracterizado pelo atraso moral, pela falta de respeito, solidariedade e sensibilidade face aos animais?! É inadmissível que esta lacuna prossiga e que se continue a presenciar a falta de preocupação e respeito para com os nossos fiéis companheiros!
Perante tais factos, solicito que as Entidades devidas se reúnam para que alterações urgentes sejam realizadas. Tais como:
- Melhoria da qualidade de vida dos animais acolhidos pelo Canil / Gatil minimizando as situações de stress e inadaptação;
- Formação de tratadores municipais na área do bem-estar animal e acções de cooperação;
- Acções de sensibilização da população para a adopção, esterilização, vacinação/desparasitação;
- Esterilização de todos os animais recolhidos pelo Canil / Gatil;
- Cuidados Veterinários para todos os animais recolhidos pelo Canil / Gatil garantindo a sua desparasitação / vacinação (alargamento à vacinação contras doenças infecto-contagiosas);
- Criação e desenvolvimento de um Protocolo de Colaboração entre o Município de Lisboa e Associações/Grupos de Protecção Animal prevendo a cooperação entre as partes para a implementação de um projecto de divulgação e sensibilização para a adopção dos animais existentes no Canil / Gatil;
- Criação e desenvolvimento de um Programa de Voluntariado para o Canil / Gatil;
- Eliminação completa da política de abates de forma a transformar o CGM num espaço de protecção animal de referência, verdadeiramente aberto à população, eliminando por completo o estatuto de ‘canil de abate’;
Este apelo chega-vos para que saibam: Os cidadãos estão atentos e querem que esta situação mude urgentemente! Não vos será imposto um prazo, no entanto exijo que os pontos supramencionados sejam levados com a máxima consideração, para que as alterações sejam feitas o quanto antes.
Aguardarei uma resposta de V. Exas., sendo que no caso de nada ser feito farei uso dos mecanismos legais disponíveis para o efeito.
Com os melhores cumprimentos,
[NOME]
[LOCALIDADE]
[E-MAIL]
Não sei se é pior sinal termos um canil municipal deste calibre, se é termos uma percentagem considerável da população que abandona e maltrata animais como quem pede uma bica, outra que se está pouco borrifando para o tema e, em cima, trata com gozo e condescendência a minoria tenta fazer algo para inverter a tendência.
Aqui fica uma iniciativa que pode dar os seus frutos se formos muitos a colaborar. E é grátis!
Por favor, enviar para:
municipe@cm-lisboa.pt; lcgomes@cm-lisboa.pt; geral@cm-lisboa.pt; canil.gatil@cm-lisboa.pt; daev@cm-lisboa.pt; dhurs@cm-lisboa.pt; gab.presidente@cm-lisboa.pt; dirgeral@dgv.min-agricultura.pt; secretariado.direccao@dgv.min-agricultura.pt; avasconcelos@dgv.min-agricultura.pt; pinafonseca@dgv.min-agricultura.pt; carlos.apolinario@dgv.min-agricultura.pt; correio.geral@ar.parlamento.pt; sg.correio@ar.parlamento.pt; gabpar@ar.parlamento.pt; CIC.RP@ar.parlamento.pt; gp_ps@ps.parlamento.pt; gp_psd@psd.parlamento.pt; gp_pp@pp.parlamento.pt; bloco.esquerda@be.parlamento.pt; gp_pcp@pcp.parlamento.pt; pev.correio@pev.parlamento.pt;
CC: ppalisboa@gmail.com
Assunto: Canil/Gatil Municipal de Lisboa
Exmos. (as) Srs. (as),
Venho, por este meio, comunicar a V. Exas a minha indignação e o meu descontentamento resultantes das degradantes condições apresentadas pelo Canil/Gatil Municipal de Lisboa
Como é do conhecimento de todos e tal como diz na página da Câmara Municipal de Lisboa, o Orçamento Participativo visa contribuir para o exercício de uma intervenção informada, activa e responsável dos cidadãos nos processos de governação local, garantindo a participação dos cidadãos na decisão sobre a afectação de recursos às políticas públicas municipais e possibilitando, assim, ao executivo municipal corresponder às reais necessidades e aspirações da população. O projecto vencedor do Orçamento Participativo de 2010 foi a 3ª Fase da Construção do Canil/Gatil Municipal em Monsanto com 754 Votos, demonstrando assim que os cidadãos não só estão informados em relação às condições do Canil/Gatil Municipal de Lisboa, como desejam que esta realidade mude. Onde foram então utilizados os 375.000 euros?
As condições do Canil/Gatil Municipal de Lisboa continuam um verdadeiro atentado ao bem-estar de todos os animais que lá se encontram, envergonhando os cidadãos Portugueses, indignas de uma Instituição da própria Capital que deveria ser um Centro de Bem Estar Animal. Animais subnutridos, animais deprimidos, animais com problemas de pele, animais feridos e por tratar, animais que (sobre)vivem no meio de fezes, medicamentos fora de prazo, instrumentos que não funcionam, animais amontoados sobre outros animais como se de cadáveres se tratassem, doenças mal diagnosticadas, mal atribuídas, mal seguidas. Boxes exteriores feitas de um metal que ferve com o calor do Verão e gela nos dias mais frios do Inverno, cubículos minúsculos na ala interior, onde os animais se encontram presos a correntes que lhes bloqueiam os movimentos, correntes que por vezes nem lhes permitem deitar-se ou chegar ao alimento, deitados em cima das próprias fezes e urina que por vezes se misturam com as tigelas da comida, onde passam os dias e as noites acorrentados, sem ver a luz do Sol, sem fazer o exercício físico ao qual têm direito, onde vão definhando, acabando muitas vezes por morrer. Gatos enjaulados em caixas de metal igualmente pequenas, onde se chegam a encontrar amontoados à meia dúzia, apoiados em redes onde prendem as patas e por vezes as partem.
Em pleno século XXI fala-se de uma sociedade evoluída, uma época onde o projecto do desenvolvimento contemporâneo parece, finalmente, ter-se cumprido. Mas, de que nos serve os avanços tecnológicos, as mudanças de um processo global de abertura económica, se descobrimos como pano de fundo um cenário vergonhoso e desumano caracterizado pelo atraso moral, pela falta de respeito, solidariedade e sensibilidade face aos animais?! É inadmissível que esta lacuna prossiga e que se continue a presenciar a falta de preocupação e respeito para com os nossos fiéis companheiros!
Perante tais factos, solicito que as Entidades devidas se reúnam para que alterações urgentes sejam realizadas. Tais como:
- Melhoria da qualidade de vida dos animais acolhidos pelo Canil / Gatil minimizando as situações de stress e inadaptação;
- Formação de tratadores municipais na área do bem-estar animal e acções de cooperação;
- Acções de sensibilização da população para a adopção, esterilização, vacinação/desparasitação;
- Esterilização de todos os animais recolhidos pelo Canil / Gatil;
- Cuidados Veterinários para todos os animais recolhidos pelo Canil / Gatil garantindo a sua desparasitação / vacinação (alargamento à vacinação contras doenças infecto-contagiosas);
- Criação e desenvolvimento de um Protocolo de Colaboração entre o Município de Lisboa e Associações/Grupos de Protecção Animal prevendo a cooperação entre as partes para a implementação de um projecto de divulgação e sensibilização para a adopção dos animais existentes no Canil / Gatil;
- Criação e desenvolvimento de um Programa de Voluntariado para o Canil / Gatil;
- Eliminação completa da política de abates de forma a transformar o CGM num espaço de protecção animal de referência, verdadeiramente aberto à população, eliminando por completo o estatuto de ‘canil de abate’;
Este apelo chega-vos para que saibam: Os cidadãos estão atentos e querem que esta situação mude urgentemente! Não vos será imposto um prazo, no entanto exijo que os pontos supramencionados sejam levados com a máxima consideração, para que as alterações sejam feitas o quanto antes.
Aguardarei uma resposta de V. Exas., sendo que no caso de nada ser feito farei uso dos mecanismos legais disponíveis para o efeito.
Com os melhores cumprimentos,
[NOME]
[LOCALIDADE]
[E-MAIL]
14.7.10
Ontem fiz uma coisa tipicamente emigra
Pagar para ir ver um concerto de fado. Nunca, antes de ser emigra, tinha feito algo semelhante. O meu ir ver fado basicamente reduzia-se a levar os hermanos de visita à capital ao Caldo Verde (antigo Rookie, agora uma caseca de fado para turistas, crime hediondo) no Bairro Alto. Ah, e uma vez vi Mariza ao vivo mas só porque estava a assistir ao programa do Herman.
Ontem vi-a de novo, nos Veranos de la Villa.
Ai, estou cada vez mais emigra. Já só me falta (e falta pouco) um cartão do cidadão a dizer Não Residente.
Ontem vi-a de novo, nos Veranos de la Villa.
Ai, estou cada vez mais emigra. Já só me falta (e falta pouco) um cartão do cidadão a dizer Não Residente.
13.7.10
Utilidades (II de II)
NÃO ESQUECER NUNCA MAIS:
GMT = CST + 5
(Parece fácil, mas estou sempre baralhar a porcaria da hora CST. Como tenho 10^5 teleconferências com a casa-mãe todas as semanas, não convém.)
GMT = CST + 5
(Parece fácil, mas estou sempre baralhar a porcaria da hora CST. Como tenho 10^5 teleconferências com a casa-mãe todas as semanas, não convém.)
Utilidades I (de II)
Tenho cada vez menos paciência para casas-de-banho públicas sem o ganchinho para pendurar a mala na porta (ou na parede). Dá cabo de mim, fico logo irritada com as mentes inaptas que não se lembram de coisas tão simples, baratas e de tamanha importância. Ai, os detalhes, os detalhes.
Curiosamente, acontece mais vezes em Portugal que em Espanha. Porque será? Que eu saiba em Portugal também usamos mala...
Curiosamente, acontece mais vezes em Portugal que em Espanha. Porque será? Que eu saiba em Portugal também usamos mala...
12.7.10
Depois
Depois Espanha ganha e o Casillas deixa-nos todas a suspirar por ele e ainda mais desejosas de sermos a Sara Carbonero por um dia que seja, e eu, que há uns dias andava cheia de azia por termos levado na pá dos hermanos, agora dou por mim a ter que me controlar para que não em subam as lágrimas aos olhos, que isto é simplesmente lindo mas dificilmente explicável com palavras. Os espanhóis podem ser brutos e arrogantes mas tudo o que têm em defeitos compensam com qualidades que eu valorizo, e além disso este é o país que me empregou e me deu mais formação e oportunidades de carreira e também carinho e amizade e onde eu não penso deixar de viver tão depressa.
Nunca pensei ver tantos espanhóis orgulhosos de o serem, tão genuinamente felizes e sem fanfarronice, simplesmente cantarolando alegria e parvoíces. É só futebol, poderão dizer, mas este mesmo futebol está a fazer mais pela união deste povo traumatizado que todos os estatuts que queiram inventar. Não é só futebol.
Nunca pensei ver tantos espanhóis orgulhosos de o serem, tão genuinamente felizes e sem fanfarronice, simplesmente cantarolando alegria e parvoíces. É só futebol, poderão dizer, mas este mesmo futebol está a fazer mais pela união deste povo traumatizado que todos os estatuts que queiram inventar. Não é só futebol.
11.7.10
Olé
Mas ainda bem que estou em Lisboa, que senão hoje não conseguia dormir antes das três da manhã.
Ah, e já agora, alguém que ensine aos holandeses que o objectivo de um jogo de futebol é marcar golos, não é partir pernas (nem braços ou troncos, já agora). Que bestinhas, francamente.
Ah, e já agora, alguém que ensine aos holandeses que o objectivo de um jogo de futebol é marcar golos, não é partir pernas (nem braços ou troncos, já agora). Que bestinhas, francamente.
9.7.10
Maaaaaaaaaaaar
Mais sobre os sanfirmines depois (haja tempo), mas agora vou a caminho do mar. Melhor, a caminho do oceano. Atlântico, pois claro. Regresso à planície: segunda-feira.
6:22
O terceiro encierro dos Sanfermines (dão em directo às oito da manhã) durou seis minutos e vinte e dois segundos. Em linguagem de encierros, é uma eternidade.
(Continuo a não gostar da maneira como morrem os bichos, mas feliz seria - e sem tantos problemas de consciência - se os animais que comemos tivessem uma vida tão boa.)
(Continuo a não gostar da maneira como morrem os bichos, mas feliz seria - e sem tantos problemas de consciência - se os animais que comemos tivessem uma vida tão boa.)
7.7.10
Por momentos pensei que era um terramoto
Afinal era (só) golo de Espanha.
Quer-me cá parecer que, seja qual for o resultado, hoje dá-lhes um fanico.
(Parece-me bem que sofram, eh eh.)
Quer-me cá parecer que, seja qual for o resultado, hoje dá-lhes um fanico.
(Parece-me bem que sofram, eh eh.)
Há que dar o braço a torcer
Até podem não ganhar, mas lá que é bonito é. O que eu gostaria de ver a minha selecção a jogar assim... e pensar que Portugal é uma nação e Espanha não. A julgar pela forma de jogar das selecções, ninguém diria.
Isto está complicado
Calor.
Piscina.
Espanha joga hoje.
Começaram os Sanfermines.
Trabalhar? Ah, pois, trabalhar.
(Afinal, esta coisa da jornada intensiva faz sentido.)
Piscina.
Espanha joga hoje.
Começaram os Sanfermines.
Trabalhar? Ah, pois, trabalhar.
(Afinal, esta coisa da jornada intensiva faz sentido.)
6.7.10
Ou sim ou sopas
Eu sou de apontar coisas. Fazer listas. Análises. Tratamentos estatísticos. Supostamente no fim encontrarei algum sentido lógico e alguma conclusão pertinente e enriquecedora. No entanto, se não for assim, não faz mal. Gosto da sensação de organização inerente ao processo. Provavelmente, resquícios de ter estudado engenharia. Ou então é uma forma de compensar os ninhos de roupa que surgem constantemente, como que por magia – isso sim, negra – na cadeira do quarto. Pode ser mesmo isso.
3.7.10
Ainda Leiden
Ouvi dizer que estão 30ºC em Leiden e logo me deu vontade de voltar. Leiden é uma cidade mimosa, minorca e o sol cai-lhe de maravilha. É tudo muito bonito e arranjadinho, e como vim a descobrir, também o berço do Rembrant. No entanto, depois de imaginar o mesmo nivel de humidade relativa (considerável, talvez 50%) com -10ºC e semanas seguidas sem ver o sol... hum, pois, já não fico assim tão encantada. É assim, os outros países podem até ser banhado a ouro (leia-se mais qualidade de vida), mas aqui no sul temos sol e céu azul, mesmo nos gélidos dias de Inverno.
Passatempos dos leidianos no Verão: andar de barco nos canais ou...
...até mesmo, dar concertos em barcos, nos canais. Uns malucos, portanto.
Um moinho, claro, como não, e uma gaivota (as gaivotas de Leiden são arraçadas de macacos, roubam gelados às pessoas).
E agora é preciso descer do moinho (actividade também conhecida por slide à holandesa).
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