30.12.07
Adeus 2007
12.12.07
When in Rome, do as the Romans do!
6.12.07
Moma 56
2.12.07
30.11.07
A nova Madrid
29.11.07
Homens?
26.11.07
O post seguinte
22.11.07
Os gatos da minha vida #3 - Cascarita
Hoje de manhã, a Cascarita faleceu. A Cascarita tinha 8 meses e era leucémica, o que é meio caminho andado em direcção a uma morte prematura. Ainda assim, foi repentino e inesperado, num momento estava bem e no dia seguinte hipotérmica, eu a correr para as urgências com ela a miar desesperadamente. A Cascarita não era gata de grandes miados e portanto deu para perceber a gravidade da situação.
Acolher um gato leucémico é nobre. Ninguém os quer, são hiper-sensiveis, uma carga de trabalhos, um gasto importante e além de tudo isto, deixam-nos demasiado cedo e normalmente têm uma morte sofrida. Por tudo isto, acolher um gato leucémico é, além de nobre, masoquista.
A minha Cascarita era a pequerrucha mais terna e indefesa que conheci. Foi mais uma que me partiu o coração. Foi mais uma que alimentou esta minha necessidade quase obsessiva de os ter na minha vida. É mais um dos gatos da minha vida. Única, linda e para sempre, para sempre a minha pequena Cascarita.
18.11.07
17.11.07
Hoje decidi voltar ao ginásio e começar bem o fim de semana. Aulas de Body Tonic e Ars Corpore (não perguntem...) e estou aqui renascida qual jovem de 15 anos acabadinhos de cumprir.
Além do mais, ir ao ginásio nesta terra é, além de tudo o resto, uma prova de fogo para a auto-estima de qualquer mulher. Sim, porque as únicas mais gordas que eu têm mais de 60 anos, e isto que não sou nenhuma baleia assassina, tenho uns quilinhos a mais, pois claro, mas nada que ofenda a vista.
Mas estas espanholas do demo são todas umas escanzeladas mete nojo e ainda por cima aldrabonas, nunca admitem que vivem permanentemente em dieta, quando EU SEI que a maioria almoça ervilhas cinco dias por semana.
Mas enfim, soube bem a ida ao ginásio. Do meu plano extreme makeover para a saúde tenho de ir 3x por semana, vamos lá ver em que ponto se encontra a minha força de vontade e a minha disciplina.
15.11.07
Que te calles, coño!
O que me pasma é a diferença abismal entre o povo e os seus líderes. Tenho vários colegas de trabalho venezuelanos, alguns até são descendentes de emigrantes portugueses de 2ª e 3ª geração. Entre eles e elas, nem um mas. São espectaculares, amáveis, divertidos. Note-se que alguns nem sequer podem voltar à Venezuela, já que seriam imediatamente presos, ao abrigo de uma decisão do tribunal que decidiu considerar-los culpados de "prejudicar" a nação, por terem decidido fazer uma greve numa refinaria. Isto vem do mesmo estado governado pelo tal baixote que enche a boca para falar de democracia. O desprezo destes meus colegas pelo que é, para todos os efeitos, o seu presidente, veste-se de alegria e ironia, e são eles os mais contentes por, finalmente, alguém ter decidido tratar aquele senhor como ele merece, ou seja, como uma criança que bate nos colegas sem razão e chora por tudo e por nada.
Chávez e a sua pandilha são incorrigíveis e a culpa é nossa, que sempre ficamos calados para manter a compostura. Uma vez assisti a uma conferência em que participou um big boss da PDVSA (a companhia petrolífera estatal da Venezuela), no que só pode ser descrito como uma clara tentativa de amaciar alguns egos muito inchados. Aquilo foi um fartote. De um lado, aquele grandessíssimo descarado que não dizia mais que "o petróleo da Venezuela é do povo da Venezuela" enquanto atirava ofensas a torto e a direito para todo e qualquer governo ocidental dito "liberal" (o que a eles lhes soa a "fascista"). Do outro, a professora coordenadora a pedir-me que me controlasse e ficasse calada, não fosse provocar algum potencial corte de relações entre a PDVSA e a Repsol. Quer dizer, o homem só dizia barbaridades e eu é que tive que ficar calada. O problema de Chávez &Co. é precisamente esse. Estão habituados a dizer o que lhes apetece e ninguém lhes faz frente. E o povo é que paga. Não que eu defenda a Chevron, a Exxon Mobil ou qualquer uma das irmãs, mas irrita-me que estes tipos, que são na sua grande maioria uns corruptos que vivem descaradamente bem enquanto o resto da população definha, estejam sempre com o argumento do bem estar do povo, enquanto desviam mais algum para o seu próprio bolso.
No final, comunas ou fascistas, são todos iguais. É por isso que eu gostei daquele "Porque no te callas!" do rei. Em português também teria ficado bem: "Tá mazé calado, pah!". Devíamos todos fazer um movimento global no qual, em vez de um minuto de silêncio, as pessoas repetiriam para todos os Chavéz deste nosso mundo, em uníssono, as mesmíssmas palavras, em todos os idiomas conhecidos. Aposto, o povo da Venezuela agradeceria.
13.11.07
Saudinha é o que nós precisamos
9.11.07
31.10.07
...dos árabes
29.10.07
Porque será...
27.10.07
Explicações...
25.10.07
Por esta altura do ano, em 1998...
PS - E aos "alguns" que saiem do IST inchados de arrogância, definitivamente, não aprenderam a lição, e só por isso nem deviam ter direito ao diploma.
Ausência forçada...
19.10.07
Momentos históricos
15.10.07
7.10.07
The Return to Innocence
"Don´t care what people say Just follow your own way Don't give up and use the chance To return to innocence." Adoro a música e o clip e o unicórnio. :)
Fim-de-semana
3.10.07
Como continuar a falar e compreender inglês mesmo vivendo em Espanha
1.10.07
Go Go Hillary!
30.9.07
29.9.07
Os gatos da minha vida #2 - Tomix
27.9.07
Há 10 anos...
Abortice máxima
25.9.07
T-A-P: Take Another Plain
19.9.07
Will you join us?
16.9.07
13.9.07
No seguimento do post anterior...
12.9.07
Eu juro...
11.9.07
Onde é que você estava no 11 de Setembro?
Lembro-me que eram quase duas da tarde, estava a levantar a mesa do almoço, tinha a TV na SIC e nem sequer ia terminar de ver o Jornal da Tarde, que a 11 de Setembro ainda restam muitos vestígios da silly season e já não há paciência para ela. Quando ia da sala para a cozinha com a toalha de mesa e dois copos na mão, vejo pelo canto do olho um arranha-céus em chamas. Pouso as coisas, levanto o som, chamo a minha irmã para ver, que me ignora, claro, que o messenger é muito mais fixe.
“Que incêndio tão grande!”, foi o meu primeiro pensamento, e logo começam os jornalistas a dizer que um avião da polícia (!) tinha chocado “acidentalmente” contra uma das torres do World Trade Center. Nisto, vê-se outro avião a aparecer na imagem e depois a colisão, repetida à exaustão.
Aquele dia foi surrealista. O nosso grupo dos quatro fantásticos juntou-se como previsto, mas não foi para estudar, está claro. Em menos de nada, já se falava em Al-Qaeda e Bin Laden, dois nomes que até então me eram totalmente desconhecidos. Eu nem podia acreditar no que estava a ver, e mais, que de facto o estava a ver, em directo. E vi tudo. A colisão, o fogo, o fumo, as pessoas à janela, as pessoas a caírem, as pessoas a chorarem na rua, a primeira torre a cair, a segunda torre a cair, o pó do impacto, os destroços. Tudo, em directo. No fim, éramos unânimes: ali começava a terceira guerra mundial. A economia ia estalar. A bolsa ia crashar. O mundo como o conhecíamos ia terminar. Agora pode parecer exagerado, mas naquele dia, em que se falava em vinte mil mortos, em que vimos todo aquele horror, não nos passou pela cabeça que tamanha afronta aos EUA ficasse por menos.
Felizmente não foi o fim do mundo, mas alguma coisa muito profunda abalou a nossa tão orgulhosa e dominante sociedade ocidental. Passámos a saber, conscientemente, que não estamos seguros. Fizeram questão de nos lembrar disso, outra vez, em Madrid, e depois em Londres, e agora tornou-se “normal” que volta e meia Heathrow cancele cinquenta mil voos por suspeitas de possíveis atentados. A mim, pelo menos, esta sensação de não estar segura dá cabo de mim. Mas sou das que defendo exacerbadamente que, as nossas vidas, temos de as viver como se nada fosse. E desejar nunca ter de presenciar nada parecido ao que se aconteceu naquele dia em NY.
O mundo mudou muito e as nossas vidas também. A vida separou os quatro magníficos. O Manel trabalha na Africa do Sul, eu em Madrid, o Victor termina o seu doutoramento em Lyon e o Rodrigo creio que faz investigação no IST e teve um pequerrucho com uma polaca. Mas naquela tarde, vivemos juntos um acontecimento histórico e tivemos plena consciência disso. Tenho a certeza que o Manuel, o Victor e o Rodrigo, quando virem as notícias hoje, se lembrarão dessa tarde tão bem como eu, de como partilhamos o nosso espanto, os nossos medos e as nossas conjecturas. E quando nos perguntarem, aos quatro, onde estávamos no 11 de Setembro de 2001, a resposta será só uma.
“Eu estava em Lisboa, nos Olivais Sul, a “estudar” Materiais e Corrosão.”
9.9.07
Don't feel guilty...
...if you don't know what you want to do with your life. The most interesting people I know didn't know at 22 what they wanted to do with their lives, some of the most interesting 40 year olds I know still don't.
(Às vezes sinto-me velha. Queria ter 17. Aos 17 pensava que ia ter tempo para fazer tudo o que quero fazer. 10 anos depois, começo a duvidar que tal seja possível...)
8.9.07
Os gatos da minha vida #1 - Charlie
O gato da minha vida sobre o qual escrevo hoje só podia ser o Charlie. Não que eu o ame mais que a outros (bom, talvez um bocadinho de nada mais), mas foi o primeiro gato (e até hoje o único) que é mesmo meu. MEU. E eu dele. “Gato e dona, gato e dona!”, costumava cantarolar com ele ao colo, nas nossas solitárias noites em Sines. Posso dizer que o salvei de uma vida pindérica e provavelmente curta, mas quem salvou a vida a quem? Quem me recebia com miaus e turrinhas e rom rons poderosos quando me sentia miserável em Sines, achando que ia apodrecer ali no fim do mundo, sem nunca mais voltar a pôr os pés numa cidade grande? Era ele, o meu Charlizão, o meu Charlizito do meu coração.
O Charlie foi recolhido da rua com cinco meses, e já era um grandalhão. Agora está enorme e continua mansarrão e malandro. Não emigrou comigo para Madrid, ficou “temporariamente” em Lisboa com os meus pais... claro que se apaixonaram por ele, como não?, ele é um sol de ternura. A minha mãe lá se desculpa com comentários do estilo “como é que fazes quando vieres cá de fim-de-semana” ou “coitado do gato, anda sempre para trás e para a frente”, mas eu sei que na verdade e ainda que não mo diga é porque lhe ia partir o coração ficar sem ele, agora que já são todos uma família feliz. E pronto, partiu-se-me o coração a mim não o trazer, mas decidi-o e não me arrependo. O Charlie agora já não é meu, é nosso, “é de todos”, como diz a minha irmã, mas a verdade é que nós é que somos todos dele.
7.9.07
5.9.07
Sónia, a mais guapa!
26.8.07
Há dois anos começou Espanha
21.8.07
I'm back!!!
27.7.07
Lamentações...
16.7.07
Acabei de descobrir...
7.7.07
Este fim-de-semana...
4.7.07
30.6.07
Euro Pride 2007
Conclusão: choca-me. Pronto, já o disse. Não vou estar aqui com merdas muito politicamente correctas e dizer que é tudo muito normal e que tal e que qual. Eu realmente acho que os direitos devem ser os mesmos, e os deveres também, como de resto também o penso em relação a homens/mulheres, pretos/brancos, cristãos/mulçumanos. Por isso não faço distinção quando os grupos envolvidos são heteros/homos. Mas que posso fazer? Não é o meu mundo. E por isso choca-me. Ao mesmo tempo que me fascina. Em algumas situações mete-me nojo, mas também me metem nojo os casaisinhos hetero aos beijos melados no metro. Desde esse ponto de vista sou algo conservadora. Não me agradam muito exibicionismos. Mas pronto, quer dizer, orgulho gay is all about that, é o exibicionismo na sua vertente mais animal e instintiva, e eu fui-me lá meter no meio de livre vontade. Por isso, não me queixo.
Ontem a noite começou num restaurante super in da Chueca, o famoso bairro de Madrid centro de todos os eventos “gay related”. Mas o melhor, claro está, veio depois. A Chueca estava cheia até mais não, em todas os largos estavam montados palcos onde decorriam shows, concursos de misses, de karaoke e por toda a parte estavam montados ecrãs gigantes a passar imagens de homens nus com corpos musculados e depilados. Em tudo o que era palanco grupos de homens dançavam de forma marcadamente sexual, vários seminus e claramente alterados. Por todas as partes, homens. Altos, baixos, gordos, magros, bonitos, feios. Paneleiros assumidíssimos e felizes.
Senti-me um bocado magoada. Supostamente este também é um evento de lésbicas, mas não só são em muito menor número como a imagem da mulher como símbolo da sensualidade e beleza foi completamente banida. É incível, porque metade daqueles homens já não é que sejam simplesmente homossexuais, mas querem também ser mulheres. No entanto, imagens de mulheres “verdadeiras”, nem vê-las.
Por outro lado também me senti bem. Enquanto era esmagada por magotes de gente ao passar nas zonas mais congestionadas, ocorreu-me que, se aquilo fossem os santos populares, eu já tinha sido apalpada umas vinte vezes. No entanto, ali, a única preocupação foi agarrar-me à minha mini mala com unhas e dentes.
Foi divertido, e sobretudo, diferente. Sem dúvida, o ambiente transbordava igualdade. Um olhar mais atento leva-nos de volta a essa eterna questão das sociedades democráticas: quem decide o que é “normal”, a maioria? Mas para que a democracia seja justa, situações há em que tem de ser a própria maioria a decidir por una minoria. Não faz sentido atribuir o ónus da razão com um pressuposto numérico, ainda que este seja o que mais ânimos apazigua.
De resto, nada mais. Todos os homens altos, bonitos e espadaúdos de Espanha estão na Chueca, ie, são gays. E, eu, lá no meio, a minoria "gaja, hetero" de serviço. Não há dúvidas, há mais mundos. Muitos mais. Muitos, mesmo.
28.6.07
Bom dia Alegria!
26.6.07
Eu sou a Margarida
24.6.07
TP quê?
23.6.07
22.6.07
De volta ao Verão
21.6.07
E 18 dias depois...
20.6.07
To look life in the face
19.6.07
Finalmente...
16.6.07
Santo António já se acabou...
13.6.07
Eu hoje acordei assim...
9.6.07
Lições de Realidade
A primeira parte do trajecto é em metro, desde Menéndez Pelayo até à Plaza de Castilla. Na boca do metro distribuem-se vários jornais diários gratuitos. Uma das edições desta semana tinha como manchete “Los inmigrantes nos ayudan a vivir mejor”: em Espanha há cinco milhões de emigrantes e são necessários outros cinco milhões a curto prazo. Eu agora também sou uma verdadeira emigrante, desconto para a segurança social e tudo. Mas a maioria são sul americanos. Têm umas vidas de trabalho interminável, passam o ano a juntar dinheiro para ir a casa no Natal, mas ainda assim ficam. A vida na Europa é incomparável, e os seus filhos já nascem espanhóis, garantia segura de uma vida melhor e com mais oportunidades. É o “American Dream” ao melhor estilo europeu.
Na Plaza de Castilla saio do metro e apanho um autocarro até ao trabalho. É uma loucura. A quantidade de gente, de todos os tipos, a correria, os autocarrros, taxis, automóveis, as torres kio, e outras em em construção. Acho que esta semana me cruzei com mais gente que em toda a minha vida. É impressionante.
Plaza de Castilla e as Torres KIO
3.6.07
Here I go again!
03JUN 1410 CHECK-IN DE ULTIMA HORA 1510 LISBON TP 710 OK 1720 MADRID ECONOMY 20K TERMINAL 2
30.5.07
Conclusões
- Agora sim, tenho a certeza de que eu não fui feita para viver no campo. Eu já sabia, mas permanecia aquela duvida que corroi, aquela vozinha que me dizia "Margarida, tu se calhar até vais gostar dessa vida pasmacenta, da suposta qualidade de vida, de não ter trânsito, qualquer dia até pode ser que tenhas umas galinhas e uma horta..." Definitivamente, NÃO! Agora posso dizer à parvalhona da vozinha que esteja caladinha, eu já experimentei, e não fosse o maravilhoso ginásio Kalorias ter imprimido algum ritmo ao meu quotidiano, bem que tinha definhado por ali.
- Eu não tenho mesmo perfil para aturar gente tonta, o que torna claramente impossivel a minha continuidade num sítio em que o tonto em particular é o chefe. Sim, eventualmente boa pessoa, divertido, coitadinho está a fazer o melhor que sabe, mas o melhor que sabe é muito fraquinho e infeliz de mim, nunca consigo disfarçar o meu desagrado! Sinceramente, não estou para aturar malucos. Antes eles que eu.
- Aprendi que não interessa o nome da empresa para a qual se trabalha, não interessa que seja uma das dez melhores da Europa para se trabalhar, que seja a mais transparente, ou a que mais investe em conhecimento. O que interessa é o chefe que se tem (vide parágrafo anterior) e o ambiente geral de trabalho. Mas foi bom, fiz tábua rasa às minhas expectativas, quiçá bastante exageradas. Às vezes é preciso.
- Last but not the least, além dos seis gatinhos e duas gatas a quem salvei a vida, eu fui a Sines para voltar com o meu Charlie, o gato que eu ansiava e que foi abandonado à minha porta com apenas cinco meses. O meu Charlie, e perdoem-me aqueles que acham que um gato "é só um animal", é a razão pela qual eu jamais me arrependerei de ter passado por Sines, entre Agosto de 2006 e Maio de 2007.
28.5.07
Ter dois dedos de testa...
27.5.07
Adeus Sines
24.5.07
Previously on Lost
Oh, o que vai ser de mim? Pronto, já está, acabei de ver o season finale do lost! Lindo. Soberbo. E agora? Como é que vou aguentar até Fevereiro de 2008?
18.5.07
Viver junto ao mar
E o mais engraçado é que depois de ter passado todo este tempo a refilar, vou ter imensas saudades do mar! Se dúvidas houvessem, é a prova provada de que sou portuguesa, aliás, desconfio até que haja uma forte possibilidade de, noutra vida, ter sido o Vasco da Gama.
Viver ao pé do mar é um filme totalmente distinto daquele que sempre idealizamos (normalmente cheio de romantismos e lamechices). A verdade é que, de um ponto de vista prático, viver ao pé do mar é uma bodega. Em todos os cantos da casa, nas paredes, no fundo das gavetas, em todas as bolsas e tops e saias e sapatos, em todas as partes descobre-se, entranhado até à medula, esse terrível inquilino (que ainda para mais não paga renda!): o BOLOR!
E qual desumidificador, qual quê. Com os litros de água que eu saquei do ar da minha casa nos últimos meses podia-se combater a seca no interior do Alentejo durante os próximos cinco verões, no mínimo. Aliás, acaba de me surgir uma ideia com um potencial interessantíssimo: instalar um sistema de desumidificação atmosférica ao longo de toda a costa alentejana e vicentina, canalizar a aguinha directamente para o interior e voilá, aí estavam todos os sistemas de rega que ainda não existem, apesar do Alqueva. Que pena, já não serei eu a implementar tão genial projecto.
Mas sim, a bem da verdade há que admiti-lo, ver o mar todos os dias é um privilégio sem igual. Apesar da humidade e do vento (há que aprender a viver-se despenteada), eu sei que vou ter muitas, mas mesmo muitas saudades desta vista incrível da minha janela. Mas é vida e já se sabe, não se pode ter tudo, e seguramente não se pode ter o melhor de dois mundos.
14.5.07
Quando a esmola é demais...
13.5.07
Absolutamente
12.5.07
Boa publicidade
Cada vez que oiço aquelas três adolescentes putéfias com o seu “trim, trim...trim, trim”, tenho que ir ver o melhor anúncio do ano (até ao momento) para aliviar o stress. Infelizmente não abunda, mas eu adoro boa publicidade!
9.5.07
É a cultura, estúpido!
Então é assim. Aquelas imagens aterrorizadoras que vocês adoram propagandear como poluição atmosférica, aquelas chaminés a debitarem enormes quantidades de fumo branco, sabem? Não é fumo assassino, é só ÁGUA.
A pior poluição na maioria das vezes nem se vê, amiguinhos. E não me venham com a treta do impacto visual, que se isso matasse não havia gente neste país, tendo em conta a quantidade de mamarrachos que se constroem a torto e a direito.
Para lutar contra quem de facto viola as leis e polui impunemente, seria necessário vossas excelências terem, no meio da tanta histeria colectiva, alguém com verdadeiro espírito científico, que medisse e analisasse cada situação antes de se prender com algemas às portas de um qualquer complexo industrial a berrar palavras de ordem e desatar a telefonar para os jornais locais do seu telemóvel, por sinal feito de plástico (mais uma informação bombástica – o plástico vem do petróleo, é melhor fazerem uma campanha contra).
Já agora, alguém me explica porque é que estes gajos são quase sempre comunas? E porque é que os comunas se colam sempre a causas que não têm nada a ver com a política? Que asco, deturpam tudo, transformam tudo em “povo versus interesses económicos”! Não há paciência!
8.5.07
Madeleine
5.5.07
Insiste, insiste!
Agora, se tudo o que é dona de casa e administrativo da função pública com acesso a um PC tem um blog, euzinha também tenho que ter.
Eu, que tive de aturar as minhas profs de português e filosofia do secundário durante três anos: “Tenho a certeza que faria um óptimo curso de filosofia!”, “Tem tanto jeito para escrever, o jornalismo foi feito para si”! Coitadas, queriam à força que eu mudasse para Humanidades! E eu pensava “Yeah, right” e continuava a fazer contas à média que necessitava para entrar no Técnico. Sempre muito prática eu... primeiro, fazer licenciatura que garanta emprego, depois, logo se pensa em devaneios literários.
Mas uma vez, uma cartomante disse-me que ia ganhar o Nobel da Literatura. Ora, há que começar por algum lado, não é? Não há volta a dar, eu também tenho que ter uma porcaria d’um blog!! E por muito mauzinho que seja, é só mais um blog no meio de tantos. Não é obrigatório gostar, nem sequer ler. Mas foi mais forte que eu. Eu tinha que ter um blog.